Feliz Natal!

04-01-2011
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A crise há-de fazer-se sentir muito mais nos bolsos dos portugueses no próximo Natal. Por isso mesmo, era o mínimo aumentar o salário mínimo para os 500 euros.

O Natal não é nada quando um homem quiser. É em Dezembro.

E aí está. Com as filas de trânsito intermináveis nos principais centros comerciais e nas lojas da moda, e das consolas, e dos i-Phones e dos tablets.

Apesar da crise, porque a coisa só vai apertar a partir de Janeiro, quando os preços reflectirem o aumento do IVA e de outros custos e os portugueses, os empregados, começarem a sentir no bolso o verdadeiro significado das medidas de que, até agora, só ouviram falar.

Sejamos realistas: um certo consumismo, quando não desenfreado, quando não sobreendividado, é até saudável... faz parte da quadra.

Para quem pode. E mesmo para quem não pode, mas faz por isso.

Porque Natal é festa, é família, é solidariedade, é dar e receber, é partilhar...

É Natal!

Jaime Gama decidiu que, neste ano de crise, a Assembleia da República, para dar o exemplo , não devia fazer a tradicional árvore de Natal, nem o lanche para todos os funcionários e deputados, nem os presentes para os filhos desses funcionários e dos deputados, nem presentes para os próprios funcionários e para os deputados, a não ser, para estes últimos, a agenda da praxe.

Uma tontaria. Uma mesquinhez. Como se fosse esse o mal de que padece a Assembleia da República e essa a origem da má imagem dos seus eleitos junto dos eleitores.

Com certeza que não deve faltar quem elogie o exemplo e aponte o dedo a quem fez a árvore e o presépio e até tem a ousadia de dar um presente ou uma lembrança.

Cambada de demagogos!

Os gastos excessivos em árvores absurdamente caras e em prendas ao estilo de Manuel Godinho são obviamente de cortar: em tempo de crise ou fora dele.

Mas deixar pura e simplesmente de ter uma árvore digna de visita aos claustros do Parlamento, deixar de assinalar a quadra natalícia com uma lembrança para os filhos dos deputados e dos funcionários da casa... não faz sentido.

É pura demagogia.

E atenta contra o espírito natalício.

É Natal e Natal é isso. Ou querem acabar com o Natal?

Natal não é esbanjar, nem deitar fora. Nem muito menos criticar quem dá o que pode...

Neste Natal, houve escolas que deixaram as portas abertas para poderem servir uma refeição quente aos alunos que, de outro modo, não as teriam. E toda a gente elogia a iniciativa - que, com toda a certeza, é meritória.

Mas cabe na cabeça de alguém que em pleno século XXI haja crianças que passem fome e frio num país europeu? E que haja quem, na Europa, precise que as escolas mantenham as portas abertas para poder ter uma refeição quente?

É incrível! É inaceitável!

Tanto como criticar quem fala da pobreza e com os pobres.

E mais ainda quem critica a caridade, porque não resolve coisa nenhuma, e não a praticando também não faz coisa alguma para minorar a miséria alheia.

Tão incrível e tão inaceitável como a falta de açúcar nas prateleiras dos supermercados portugueses numa época em que os doces vão à mesa e as dietas não são para respeitar.

E ninguém explica, porque é inexplicável, por que falta o açúcar quando há açúcar português de sobra nas lojas em Espanha - e, já agora, como é que acaba o açúcar espanhol por chegar às prateleiras dos supermercados portugueses. Não tem explicação.

Em Portugal tem. E tem porque neste país europeu, entre medidas sobre medidas que vão sendo conhecidas para combater a crise - é certo que umas mais do que outras -, somam-se cortes e impostos e reduções nas prestações sociais.

E há algumas excepções ou adaptações ou o que se lhes quiser chamar para empresas públicas ou participadas.

E há compensações nos Açores, que o Governo regional é socialista mas não é solidário com o Governo da República. Que também é socialista mas não honra o compromisso de aumentar já o salário mínimo para 500 euros.

E este, segundo todos os estudos que se conhecem, nem teria impacto tão negativo assim no Estado e nas empresas.

Era o mínimo... para que no próximo Natal - esse sim, crítico - não haja muito mais pobreza e pobres de quem não se queira falar.

Feliz Natal!

A crise há-de fazer-se sentir muito mais nos bolsos dos portugueses no próximo Natal. Por isso mesmo, era o mínimo aumentar o salário mínimo para os 500 euros.

O Natal não é nada quando um homem quiser. É em Dezembro.

E aí está. Com as filas de trânsito intermináveis nos principais centros comerciais e nas lojas da moda, e das consolas, e dos i-Phones e dos tablets.

Apesar da crise, porque a coisa só vai apertar a partir de Janeiro, quando os preços reflectirem o aumento do IVA e de outros custos e os portugueses, os empregados, começarem a sentir no bolso o verdadeiro significado das medidas de que, até agora, só ouviram falar.

Sejamos realistas: um certo consumismo, quando não desenfreado, quando não sobreendividado, é até saudável... faz parte da quadra.

Para quem pode. E mesmo para quem não pode, mas faz por isso.

Porque Natal é festa, é família, é solidariedade, é dar e receber, é partilhar...

É Natal!

Jaime Gama decidiu que, neste ano de crise, a Assembleia da República, para dar o exemplo , não devia fazer a tradicional árvore de Natal, nem o lanche para todos os funcionários e deputados, nem os presentes para os filhos desses funcionários e dos deputados, nem presentes para os próprios funcionários e para os deputados, a não ser, para estes últimos, a agenda da praxe.

Uma tontaria. Uma mesquinhez. Como se fosse esse o mal de que padece a Assembleia da República e essa a origem da má imagem dos seus eleitos junto dos eleitores.

Com certeza que não deve faltar quem elogie o exemplo e aponte o dedo a quem fez a árvore e o presépio e até tem a ousadia de dar um presente ou uma lembrança.

Cambada de demagogos!

Os gastos excessivos em árvores absurdamente caras e em prendas ao estilo de Manuel Godinho são obviamente de cortar: em tempo de crise ou fora dele.

Mas deixar pura e simplesmente de ter uma árvore digna de visita aos claustros do Parlamento, deixar de assinalar a quadra natalícia com uma lembrança para os filhos dos deputados e dos funcionários da casa... não faz sentido.

É pura demagogia.

E atenta contra o espírito natalício.

É Natal e Natal é isso. Ou querem acabar com o Natal?

Natal não é esbanjar, nem deitar fora. Nem muito menos criticar quem dá o que pode...

Neste Natal, houve escolas que deixaram as portas abertas para poderem servir uma refeição quente aos alunos que, de outro modo, não as teriam. E toda a gente elogia a iniciativa - que, com toda a certeza, é meritória.

Mas cabe na cabeça de alguém que em pleno século XXI haja crianças que passem fome e frio num país europeu? E que haja quem, na Europa, precise que as escolas mantenham as portas abertas para poder ter uma refeição quente?

É incrível! É inaceitável!

Tanto como criticar quem fala da pobreza e com os pobres.

E mais ainda quem critica a caridade, porque não resolve coisa nenhuma, e não a praticando também não faz coisa alguma para minorar a miséria alheia.

Tão incrível e tão inaceitável como a falta de açúcar nas prateleiras dos supermercados portugueses numa época em que os doces vão à mesa e as dietas não são para respeitar.

E ninguém explica, porque é inexplicável, por que falta o açúcar quando há açúcar português de sobra nas lojas em Espanha - e, já agora, como é que acaba o açúcar espanhol por chegar às prateleiras dos supermercados portugueses. Não tem explicação.

Em Portugal tem. E tem porque neste país europeu, entre medidas sobre medidas que vão sendo conhecidas para combater a crise - é certo que umas mais do que outras -, somam-se cortes e impostos e reduções nas prestações sociais.

E há algumas excepções ou adaptações ou o que se lhes quiser chamar para empresas públicas ou participadas.

E há compensações nos Açores, que o Governo regional é socialista mas não é solidário com o Governo da República. Que também é socialista mas não honra o compromisso de aumentar já o salário mínimo para 500 euros.

E este, segundo todos os estudos que se conhecem, nem teria impacto tão negativo assim no Estado e nas empresas.

Era o mínimo... para que no próximo Natal - esse sim, crítico - não haja muito mais pobreza e pobres de quem não se queira falar.

Feliz Natal!

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