Nunca Mais: O regresso do repelente

29-05-2010
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Ao propósito deste senhor, subdirector do Diário de Notícias, que se dá pelo nome de João Morgado Fernandes, já aqui havia escrito isto relativamente a um assunto completamente diferente do que me traz aqui hoje.Através do blogue de Jorge Ferreira – que o enlaçou – o homem dos linguados escreve esta prosa de uma sobranceria e de uma tacanhez dilacerantes:«As comemorações de vitória do FCPorto são das coisas mais rascas e abjectas que passam na televisão. A reboque de uma mera vitória desportiva, levamos com um chorrilho de palavrões e gestos de ódio, verbal e físico, como raramente se vê e ouve. Não há pinga de alegria naquela gente, só álcool. Daquelas bocas só saem duas coisas: palavras de ódio para com os adversários, num vernáculo repetitivo, sem graça; incitações ao ódio regionalista, num timbre desmiolado, animalesco. Mas, enfim, como se trata de futebol, ninguém repara, ninguém se importa, ninguém leva a mal.» A propósito desse texto, no mínimo e para não fazer estalar o verniz, deplorável, deixei-lhe na caixinha de comentários o seguinte linguado… perdão, texto, com algumas alterações de forma:«Ó senhor subdirector,Com o cargo que ocupa não deveria documentar-se e verificar que todas as comemorações de todos os clubes, sem excepção, são de um trogloditismo primário?Ainda não decorreu 1 ano e já se esqueceu dos impropérios avermelhados?Não se lembra da triste final da Taça entre o Sporting e o Benfica com a morte de um adepto, assassinado pelo lançamento de um very-light?Esqueceu-se das pedras arremessadas e cânticos de ódio, de uma obscenidade gritante, aquando da entrega da Taça [de Portugal] aos jogadores do Porto – conquistada ao Sporting – pela então Ministra da Educação Manuela Ferreira Leite?Esqueceu-se do apedrejamento do Dr. Domingos Gomes quando este, em Alvalade, socorria jovens sportinguistas que caíram de um varandim para insultar e apedrejar os jogadores do Porto quando estes chegavam ao estádio de autocarro?E poderia continuar!Como jornalista que é, considero incrível essas características de memória selectiva e de completa parcialidade na análise dos factos, agravadas pela condição de ser subdirector de um jornal nacional, o Diário de Notícias.»Não é necessário acrescentar muito mais.Ora, se a profissão do dador de linguados fosse a de calceteiro, canalizador ou até palhaço, até poderia compreender a sua chocante ignorância – chamemos-lhe eufemisticamente assim.Porém, este senhor dirige um jornal nacional com pergaminhos, o Diário de Notícias, dirigindo, por certo, jovens jornalistas e exercendo, ademais, a profissão de escriba do periódico.No meu entender, o que define um bom jornalista são as qualidades da imparcialidade, da honestidade e da independência; o bom jornalista é aquele que antes de publicar uma notícia, confirma as fontes, efectua um aturado enquadramento do tema em questão, seguindo um código deontológico que rege a profissão. Em abono da verdade, o autor do Dando Linguados não o mantém em pé na qualidade de jornalista, mas na qualidade de blogger. Logo, a manápula da deontologia profissional decerto não o deverá atingir. Todavia, o autor não pode despir a sua pele e umas vezes ser a “Emília patroa” cheio de mesuras e de cuidados jornalísticos, e noutras a “Emília costureira”, brejeira, boateira, alcoviteira e até ronceira.No meu caso, há muito que já não dava esmola para o peditório do jornal nacional, de origens lisboetas, agora detido por capital residente no norte do país. Depois desta execrável cabotinagem, nem de borla pela Internet.Nota: Dou apenas dois exemplos dos salutares cânticos e comemorações de outras claques: esta e esta. Através de uma curtíssima pesquisa e sem esforço cheguei a estes dois excelentes exemplos do caciquismo e da boçalidade que é transversal no futebol português. Investigue, certifique-se e depois publique.


Ao propósito deste senhor, subdirector do Diário de Notícias, que se dá pelo nome de João Morgado Fernandes, já aqui havia escrito isto relativamente a um assunto completamente diferente do que me traz aqui hoje.Através do blogue de Jorge Ferreira – que o enlaçou – o homem dos linguados escreve esta prosa de uma sobranceria e de uma tacanhez dilacerantes:«As comemorações de vitória do FCPorto são das coisas mais rascas e abjectas que passam na televisão. A reboque de uma mera vitória desportiva, levamos com um chorrilho de palavrões e gestos de ódio, verbal e físico, como raramente se vê e ouve. Não há pinga de alegria naquela gente, só álcool. Daquelas bocas só saem duas coisas: palavras de ódio para com os adversários, num vernáculo repetitivo, sem graça; incitações ao ódio regionalista, num timbre desmiolado, animalesco. Mas, enfim, como se trata de futebol, ninguém repara, ninguém se importa, ninguém leva a mal.» A propósito desse texto, no mínimo e para não fazer estalar o verniz, deplorável, deixei-lhe na caixinha de comentários o seguinte linguado… perdão, texto, com algumas alterações de forma:«Ó senhor subdirector,Com o cargo que ocupa não deveria documentar-se e verificar que todas as comemorações de todos os clubes, sem excepção, são de um trogloditismo primário?Ainda não decorreu 1 ano e já se esqueceu dos impropérios avermelhados?Não se lembra da triste final da Taça entre o Sporting e o Benfica com a morte de um adepto, assassinado pelo lançamento de um very-light?Esqueceu-se das pedras arremessadas e cânticos de ódio, de uma obscenidade gritante, aquando da entrega da Taça [de Portugal] aos jogadores do Porto – conquistada ao Sporting – pela então Ministra da Educação Manuela Ferreira Leite?Esqueceu-se do apedrejamento do Dr. Domingos Gomes quando este, em Alvalade, socorria jovens sportinguistas que caíram de um varandim para insultar e apedrejar os jogadores do Porto quando estes chegavam ao estádio de autocarro?E poderia continuar!Como jornalista que é, considero incrível essas características de memória selectiva e de completa parcialidade na análise dos factos, agravadas pela condição de ser subdirector de um jornal nacional, o Diário de Notícias.»Não é necessário acrescentar muito mais.Ora, se a profissão do dador de linguados fosse a de calceteiro, canalizador ou até palhaço, até poderia compreender a sua chocante ignorância – chamemos-lhe eufemisticamente assim.Porém, este senhor dirige um jornal nacional com pergaminhos, o Diário de Notícias, dirigindo, por certo, jovens jornalistas e exercendo, ademais, a profissão de escriba do periódico.No meu entender, o que define um bom jornalista são as qualidades da imparcialidade, da honestidade e da independência; o bom jornalista é aquele que antes de publicar uma notícia, confirma as fontes, efectua um aturado enquadramento do tema em questão, seguindo um código deontológico que rege a profissão. Em abono da verdade, o autor do Dando Linguados não o mantém em pé na qualidade de jornalista, mas na qualidade de blogger. Logo, a manápula da deontologia profissional decerto não o deverá atingir. Todavia, o autor não pode despir a sua pele e umas vezes ser a “Emília patroa” cheio de mesuras e de cuidados jornalísticos, e noutras a “Emília costureira”, brejeira, boateira, alcoviteira e até ronceira.No meu caso, há muito que já não dava esmola para o peditório do jornal nacional, de origens lisboetas, agora detido por capital residente no norte do país. Depois desta execrável cabotinagem, nem de borla pela Internet.Nota: Dou apenas dois exemplos dos salutares cânticos e comemorações de outras claques: esta e esta. Através de uma curtíssima pesquisa e sem esforço cheguei a estes dois excelentes exemplos do caciquismo e da boçalidade que é transversal no futebol português. Investigue, certifique-se e depois publique.

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