Nunca Mais: Justas referências cum laude – II

19-12-2009
marcar artigo


A blogosfera tem destas coisas, ainda ontem inaugurei uma nova secção deste cantinho de pura divagação e já houve motivos para o segundo capítulo.Assim, o louvor vai inteirinho para este texto do meu conterrâneo Tiago Barbosa Ribeiro, no seu blogue Kontratempos. O meu palavreado laudatório vai, no seu âmago, para esta frase:«Um adepto do Porto aprende a gostar do seu clube antes de gostar de futebol.»No entanto, houve reacção! E por um dos meus prosadores dilectos, o Afonso Bivar [ver aqui a réplica].Eu, que vivi durante 25 anos nas Antas, mais concretamente na fronteira entre as freguesias do Bonfim e de Campanhã, com Paranhos à ilharga, só queria fazer uma pequena correcção ao texto do Afonso:O Velásquez – para quem não conhece situa-se em pleno coração da andradolândia, na antiga praça do mesmo nome, hoje denominada por Francisco Sá Carneiro – é o ponto de encontro de um conjunto heterogéneo de paixões clubísticas, no qual porém predomina a azul e branca – tal como na cidade inteira e tal como os cafés circundantes, Eça e Bom Dia.As célebres tertúlias literárias, políticas e futeboleiras davam-se no falecido – hoje uma dependência bancária – Café Orfeu e na Petúlia – ambos sitos na Rua Júlio Dinis, Boavista –, na Brasileira – na Rua Sá da Bandeira, na Baixa – e no eterno Majestic – na Rua Santa Catarina, também na Baixa.Ao contrário do que o Afonso refere, a zona das Antas não é uma zona depressiva, é burguesa em contraponto à nobre Foz – onde, aliás, também predomina o azul e branco. Para quem não conhece o Porto, a denominada zona das Antas é um pequeno enclave que circunda a parte mais alta da enorme Avenida Fernão de Magalhães – esta última começa no coração da cidade, Campo 24 de Agosto e termina na zona da Areosa na qual confluem 3 concelhos: Porto, Gondomar e Maia.A tal zona deprimida é de facto a zona oriental do Porto, constituída essencialmente pela freguesia de Campanhã, sendo as Antas sua parte integrante, porém é um oásis no meio dessa degradação. Ademais, é a zona na qual gostaria de ter continuado a viver, porém o preço por metro quadrado para habitação é dos maiores do país, rivalizando por exemplo com Lisboa (Lapa, Estrela e Restelo) e Porto (Foz e Boavista).


A blogosfera tem destas coisas, ainda ontem inaugurei uma nova secção deste cantinho de pura divagação e já houve motivos para o segundo capítulo.Assim, o louvor vai inteirinho para este texto do meu conterrâneo Tiago Barbosa Ribeiro, no seu blogue Kontratempos. O meu palavreado laudatório vai, no seu âmago, para esta frase:«Um adepto do Porto aprende a gostar do seu clube antes de gostar de futebol.»No entanto, houve reacção! E por um dos meus prosadores dilectos, o Afonso Bivar [ver aqui a réplica].Eu, que vivi durante 25 anos nas Antas, mais concretamente na fronteira entre as freguesias do Bonfim e de Campanhã, com Paranhos à ilharga, só queria fazer uma pequena correcção ao texto do Afonso:O Velásquez – para quem não conhece situa-se em pleno coração da andradolândia, na antiga praça do mesmo nome, hoje denominada por Francisco Sá Carneiro – é o ponto de encontro de um conjunto heterogéneo de paixões clubísticas, no qual porém predomina a azul e branca – tal como na cidade inteira e tal como os cafés circundantes, Eça e Bom Dia.As célebres tertúlias literárias, políticas e futeboleiras davam-se no falecido – hoje uma dependência bancária – Café Orfeu e na Petúlia – ambos sitos na Rua Júlio Dinis, Boavista –, na Brasileira – na Rua Sá da Bandeira, na Baixa – e no eterno Majestic – na Rua Santa Catarina, também na Baixa.Ao contrário do que o Afonso refere, a zona das Antas não é uma zona depressiva, é burguesa em contraponto à nobre Foz – onde, aliás, também predomina o azul e branco. Para quem não conhece o Porto, a denominada zona das Antas é um pequeno enclave que circunda a parte mais alta da enorme Avenida Fernão de Magalhães – esta última começa no coração da cidade, Campo 24 de Agosto e termina na zona da Areosa na qual confluem 3 concelhos: Porto, Gondomar e Maia.A tal zona deprimida é de facto a zona oriental do Porto, constituída essencialmente pela freguesia de Campanhã, sendo as Antas sua parte integrante, porém é um oásis no meio dessa degradação. Ademais, é a zona na qual gostaria de ter continuado a viver, porém o preço por metro quadrado para habitação é dos maiores do país, rivalizando por exemplo com Lisboa (Lapa, Estrela e Restelo) e Porto (Foz e Boavista).

marcar artigo