Seguro não quer partidos como "exércitos eleitorais"

01-04-2010
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O deputado socialista António José Seguro defendeu ontem no Algarve a necessidade de uma nova organização nos partidos que privilegie as ideias e não as pessoas, caso contrário os partidos podem tornar-se em "exércitos eleitorais".

Defendendo a existência de eleições directas para a escolha dos líderes dos partidos, o parlamentar socialista lamentou que os partidos se juntem mais para discutir as pessoas e o poder do que as ideias e as propostas políticas.

O deputado do PS, eleito pelo círculo de Braga, falava durante uma conferência organizada pelo Clube de Política de Quarteira do partido subordinada ao tema A Importância da Participação Cívica e Política em Democracia.

O ex-ministro adjunto de António Guterres aproveitou ainda para criticar o facto de o Parlamento estar demasiado "metido no Palácio de São Bento" e voltado mais para a retórica do que para o contacto com os eleitores, defendendo a realização de semanas de círculos eleitorais.

"Se pudermos retirar recursos das campanhas eleitorais e guardar uma parte para que os deputados possam contactar directamente com as populações durante o seu mandato, isso propiciaria o bom relacionamento entre eleitos e eleitores", sublinhou o deputado, responsável pela reforma do regimento do Parlamento.

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"Favores" e "obediência"

O antigo líder parlamentar socialista disse ainda considerar que as relações entre os cidadãos e o poder são mais baseadas na lógica de "favores" e "obediência" do que assentes em deveres e direitos, o que não favorece a participação dos cidadãos.

"Por razões culturais que remontam ao Estado Novo, não há favorecimento da participação dos cidadãos na política porque as pessoas não acreditam que a relação com o poder é feita com base em direitos e deveres", concluiu.

António José Seguro foi o orador convidado para a primeira conferência do Clube de Política de Quarteira do PS, iniciativa onde estiveram também o presidente da Federação Regional do PS/Algarve, Miguel Freitas, e a deputada e ex-secretária-geral da Juventude socialista Jamila Madeira. Lusa

O deputado socialista António José Seguro defendeu ontem no Algarve a necessidade de uma nova organização nos partidos que privilegie as ideias e não as pessoas, caso contrário os partidos podem tornar-se em "exércitos eleitorais".

Defendendo a existência de eleições directas para a escolha dos líderes dos partidos, o parlamentar socialista lamentou que os partidos se juntem mais para discutir as pessoas e o poder do que as ideias e as propostas políticas.

O deputado do PS, eleito pelo círculo de Braga, falava durante uma conferência organizada pelo Clube de Política de Quarteira do partido subordinada ao tema A Importância da Participação Cívica e Política em Democracia.

O ex-ministro adjunto de António Guterres aproveitou ainda para criticar o facto de o Parlamento estar demasiado "metido no Palácio de São Bento" e voltado mais para a retórica do que para o contacto com os eleitores, defendendo a realização de semanas de círculos eleitorais.

"Se pudermos retirar recursos das campanhas eleitorais e guardar uma parte para que os deputados possam contactar directamente com as populações durante o seu mandato, isso propiciaria o bom relacionamento entre eleitos e eleitores", sublinhou o deputado, responsável pela reforma do regimento do Parlamento.

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"Favores" e "obediência"

O antigo líder parlamentar socialista disse ainda considerar que as relações entre os cidadãos e o poder são mais baseadas na lógica de "favores" e "obediência" do que assentes em deveres e direitos, o que não favorece a participação dos cidadãos.

"Por razões culturais que remontam ao Estado Novo, não há favorecimento da participação dos cidadãos na política porque as pessoas não acreditam que a relação com o poder é feita com base em direitos e deveres", concluiu.

António José Seguro foi o orador convidado para a primeira conferência do Clube de Política de Quarteira do PS, iniciativa onde estiveram também o presidente da Federação Regional do PS/Algarve, Miguel Freitas, e a deputada e ex-secretária-geral da Juventude socialista Jamila Madeira. Lusa

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