No dia 25 de Agosto, morreu Eduardo Prado Coelho (EPC). Vi, de relance, a notícia num café de praia. De facto, EPC estava doente e magro, muito diferente do seu retrato a carvão inicial. Infelizmente, não recuperou.O Público, jornal que cresceu com as suas crónicas desde Março de 1990, dedicou-lhe uma edição no dia seguinte. Com grandes textos sobre o grande EPC. Não há muito a dizer. Recupero a designação de "intelectual público" que usei para falar da morte de Pavarotti.Sim, EPC foi um dos últimos grandes intelectuais públicos de Portugal, um dos grandes crónistas e comunicadores, um dos mais independentes. Fazer a história da crónica política e social na década de 1990 implica passar pelos seus textos. Na cultura também deixou marca - com a sua elogiada passagem por Paris.No final, EPC foi, mais que um escritor e pensador, um leitor - um ávido leitor. Não se reconhece nele quem leia isto?Pedro
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No dia 25 de Agosto, morreu Eduardo Prado Coelho (EPC). Vi, de relance, a notícia num café de praia. De facto, EPC estava doente e magro, muito diferente do seu retrato a carvão inicial. Infelizmente, não recuperou.O Público, jornal que cresceu com as suas crónicas desde Março de 1990, dedicou-lhe uma edição no dia seguinte. Com grandes textos sobre o grande EPC. Não há muito a dizer. Recupero a designação de "intelectual público" que usei para falar da morte de Pavarotti.Sim, EPC foi um dos últimos grandes intelectuais públicos de Portugal, um dos grandes crónistas e comunicadores, um dos mais independentes. Fazer a história da crónica política e social na década de 1990 implica passar pelos seus textos. Na cultura também deixou marca - com a sua elogiada passagem por Paris.No final, EPC foi, mais que um escritor e pensador, um leitor - um ávido leitor. Não se reconhece nele quem leia isto?Pedro