Bela Lugosi is Dead: Crítica: Ex Machina

24-01-2011
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Título original: Ex Machina (2006)Autor: Robert FinnTradutor: Isabel SequeiraEditora: Publicações Europa-América (2010)Sequela do best-seller O Perito (ler crítica), de Robert Finn, Ex Machina apresenta uma aventura desencadeada pelo aparecimento de uma antiguidade com propriedades únicas: o Marcador. Um estranho assassínio une David Braun, que trabalha para uma empresa de seguros, e Susan Milton, uma académica. Envolvidos numa antiga intriga que lhes dá a conhecer o “Exército Que Testemunhou a Criação”, uma sinistra organização que não olha a meios para voltar a ter poder sobre o Marcador.No final de O Perito, o destino do Marcador é incerto, mas David e Susan unem esforços com o Professor Joseph e formam a CPA, uma equipa que tenta perceber todos os segredos do artefacto, assim como para proteger a humanidade de uma ameaça.Enquanto o primeiro livro acompanha de forma directa David e Susan, Ex Machina é narrado na primeira pessoa por uma nova aliada a esta causa, Jo Hallett, uma investigadora brilhante que, graças a um desafortunado revés num trabalho cientifico, foi acolhida na CPA pelo professor Joseph, amigo de longa data da sua falecida mãe.Jo cedo percebe que o monótono trabalho que faz de encriptação esconde um grande segredo, e não desiste de procurar a verdade daquele estranho grupo de trabalho ao qual pertence. Jo explora todas as possibilidades. Mas aquela que parecia uma busca de entusiasmo e aventura, revela-se um caminho perigoso que colocará em causa a sua origem, identidade e vida.Ex Machina funde o thriller policial com o oculto, numa história bem pensada e inteligente. Robert Finn correu um risco quando decidiu modificar as personagens principais nesta sequela. O leitor cativado pela dupla Susan/David podia não ver Jo com bons olhos, mas a verdade é que esta rapariga inteligente, perspicaz, instável e com um humor mordaz consegue cativar.Ao mesmo tempo que nos é apresentado o mistério do intrigante artefacto, o autor expõe Jo, uma mulher perto dos 30 anos que já sofreu algumas das amarguras da vida, que vê o ataque como uma defesa, o que assusta quem não a conhece. Jo foge do seu passado, apesar de nunca o admitir, tenta transmitir uma imagem forte e independente mas depressa se refugia no álcool. Inteligente, é boa naquilo que faz, mas sente que precisa de mais e recusa-se a sentir excluída, o que a faz ter atitudes pouco convencionais. Robert Finn conseguiu desenvolver bem a sua personagem principal, que amadureceu com os seus desafios e obstáculos que revelaram a sua verdadeira força e coragem e, principalmente a força do seu carácter e da sua vontade.Finn dá uma nova visão do mistério do Marcador, mas tal só é interessante graças à personalidade de Jo, uma vez que em grande parte do livro o leitor não ultrapassa informações que já conhece e que, por isso, se tornam repetitivas e maçadoras, principalmente na primeira parte do livro. Contudo, o autor introduz questões e conceitos novos ao mesmo tempo que explora as potencialidades mágicas apresentadas em O Perito, o que, juntamente com uma personagem principal bem construída e um vilão imprevisível, deixam o leitor agarrado até, finalmente, conseguir desvendar o mistério.Uma leitura agradável e um enredo bem construído, apesar de ficar a sensação de que faltou alguma coisa. – Cláudia Sérgio


Título original: Ex Machina (2006)Autor: Robert FinnTradutor: Isabel SequeiraEditora: Publicações Europa-América (2010)Sequela do best-seller O Perito (ler crítica), de Robert Finn, Ex Machina apresenta uma aventura desencadeada pelo aparecimento de uma antiguidade com propriedades únicas: o Marcador. Um estranho assassínio une David Braun, que trabalha para uma empresa de seguros, e Susan Milton, uma académica. Envolvidos numa antiga intriga que lhes dá a conhecer o “Exército Que Testemunhou a Criação”, uma sinistra organização que não olha a meios para voltar a ter poder sobre o Marcador.No final de O Perito, o destino do Marcador é incerto, mas David e Susan unem esforços com o Professor Joseph e formam a CPA, uma equipa que tenta perceber todos os segredos do artefacto, assim como para proteger a humanidade de uma ameaça.Enquanto o primeiro livro acompanha de forma directa David e Susan, Ex Machina é narrado na primeira pessoa por uma nova aliada a esta causa, Jo Hallett, uma investigadora brilhante que, graças a um desafortunado revés num trabalho cientifico, foi acolhida na CPA pelo professor Joseph, amigo de longa data da sua falecida mãe.Jo cedo percebe que o monótono trabalho que faz de encriptação esconde um grande segredo, e não desiste de procurar a verdade daquele estranho grupo de trabalho ao qual pertence. Jo explora todas as possibilidades. Mas aquela que parecia uma busca de entusiasmo e aventura, revela-se um caminho perigoso que colocará em causa a sua origem, identidade e vida.Ex Machina funde o thriller policial com o oculto, numa história bem pensada e inteligente. Robert Finn correu um risco quando decidiu modificar as personagens principais nesta sequela. O leitor cativado pela dupla Susan/David podia não ver Jo com bons olhos, mas a verdade é que esta rapariga inteligente, perspicaz, instável e com um humor mordaz consegue cativar.Ao mesmo tempo que nos é apresentado o mistério do intrigante artefacto, o autor expõe Jo, uma mulher perto dos 30 anos que já sofreu algumas das amarguras da vida, que vê o ataque como uma defesa, o que assusta quem não a conhece. Jo foge do seu passado, apesar de nunca o admitir, tenta transmitir uma imagem forte e independente mas depressa se refugia no álcool. Inteligente, é boa naquilo que faz, mas sente que precisa de mais e recusa-se a sentir excluída, o que a faz ter atitudes pouco convencionais. Robert Finn conseguiu desenvolver bem a sua personagem principal, que amadureceu com os seus desafios e obstáculos que revelaram a sua verdadeira força e coragem e, principalmente a força do seu carácter e da sua vontade.Finn dá uma nova visão do mistério do Marcador, mas tal só é interessante graças à personalidade de Jo, uma vez que em grande parte do livro o leitor não ultrapassa informações que já conhece e que, por isso, se tornam repetitivas e maçadoras, principalmente na primeira parte do livro. Contudo, o autor introduz questões e conceitos novos ao mesmo tempo que explora as potencialidades mágicas apresentadas em O Perito, o que, juntamente com uma personagem principal bem construída e um vilão imprevisível, deixam o leitor agarrado até, finalmente, conseguir desvendar o mistério.Uma leitura agradável e um enredo bem construído, apesar de ficar a sensação de que faltou alguma coisa. – Cláudia Sérgio

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