Iraque: 15 mil mortes de civis abafadas

23-10-2010
marcar artigo

Leia mais:

A WikiLeaks anunciou, esta semana, que ia revelar mais de 400 mil documentos «secretos» sobre a Guerra no Iraque. O jornal britânico «The Guardian» teve acesso aos documentos e já começou, esta sexta-feira, a divulgar alguns factos relativos à intervenção militar.

Segundo avança o «The Guardian» foi «escondido» pelos militares dos Estados Unidos e do Reino Unido a morte de, pelo menos, 15 mil civis iraquianos. Apesar de até hoje os militares negarem que estejam a fazer uma contagem das mortes no Iraque, os documentos provam o contrário. Estão contabilizados 109 mil óbitos entre 2004 e 2009. Sendo que destes, 66.081 são «não combatentes».

Os arquivos provam ainda que as tropas da coligação ignoraram, sistematicamente, relatórios de tortura e maus tratos praticados por polícias e militares iraquianos, mesmo quando estavam identificados os respectivos autores.

Nos documentos são descritos «numerosos casos de tortura, humilhação e homicídios contra civis por parte das forças iraquianas» e que, apesar de terem sido registados pelas tropas da coligação, foram «ignorados». Há, segundo escreve o «The Guardian» relatórios detalhados de «tortura, execuções sumárias e crimes de guerra».

Ninguém sabe ao certo a origem dos documentos secretos, mas consta que estes sejam disponibilizados ao WikiLeaks por um dissidente do exército norte-americano.

O «The Guardian» descreve alguns episódios chocantes. Temos, por exemplo, o caso de um helicóptero que atingiu mortalmente insurgentes que se queriam render.

Em Dezembro de 2009, noutra situação, o exército norte-americano recebeu um vídeo que mostrava militares iraquianos a deter um suspeito. Nas imagens pode ver-se os oficiais a empurrarem o detido, com as mãos algemadas, a espancarem-no e, por fim, a darem-lhe um tiro.

Mas os documentos agora revelados não se referem apenas a abusos cometidos pelas autoridades iraquianas. São também descritos muitos casos de tortura cometidos por militares das tropas da coligação.

Há, por exemplo, dois registos médicos ¿ um com data de 27 de Agosto de 2009 e outro com data de 3 de Dezembro de 2008, assinados por médicos norte-americanos, que indicam «morte por tortura» ou por «um qualquer tipo de intervenção cirurgíca».

Leia mais:

A WikiLeaks anunciou, esta semana, que ia revelar mais de 400 mil documentos «secretos» sobre a Guerra no Iraque. O jornal britânico «The Guardian» teve acesso aos documentos e já começou, esta sexta-feira, a divulgar alguns factos relativos à intervenção militar.

Segundo avança o «The Guardian» foi «escondido» pelos militares dos Estados Unidos e do Reino Unido a morte de, pelo menos, 15 mil civis iraquianos. Apesar de até hoje os militares negarem que estejam a fazer uma contagem das mortes no Iraque, os documentos provam o contrário. Estão contabilizados 109 mil óbitos entre 2004 e 2009. Sendo que destes, 66.081 são «não combatentes».

Os arquivos provam ainda que as tropas da coligação ignoraram, sistematicamente, relatórios de tortura e maus tratos praticados por polícias e militares iraquianos, mesmo quando estavam identificados os respectivos autores.

Nos documentos são descritos «numerosos casos de tortura, humilhação e homicídios contra civis por parte das forças iraquianas» e que, apesar de terem sido registados pelas tropas da coligação, foram «ignorados». Há, segundo escreve o «The Guardian» relatórios detalhados de «tortura, execuções sumárias e crimes de guerra».

Ninguém sabe ao certo a origem dos documentos secretos, mas consta que estes sejam disponibilizados ao WikiLeaks por um dissidente do exército norte-americano.

O «The Guardian» descreve alguns episódios chocantes. Temos, por exemplo, o caso de um helicóptero que atingiu mortalmente insurgentes que se queriam render.

Em Dezembro de 2009, noutra situação, o exército norte-americano recebeu um vídeo que mostrava militares iraquianos a deter um suspeito. Nas imagens pode ver-se os oficiais a empurrarem o detido, com as mãos algemadas, a espancarem-no e, por fim, a darem-lhe um tiro.

Mas os documentos agora revelados não se referem apenas a abusos cometidos pelas autoridades iraquianas. São também descritos muitos casos de tortura cometidos por militares das tropas da coligação.

Há, por exemplo, dois registos médicos ¿ um com data de 27 de Agosto de 2009 e outro com data de 3 de Dezembro de 2008, assinados por médicos norte-americanos, que indicam «morte por tortura» ou por «um qualquer tipo de intervenção cirurgíca».

marcar artigo