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09-10-2010
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A resposta da Rede Nacional de Cuidados...

Cuidados Paliativos: Resposta da Rede Nacional é insuficiente

9 OUTUBRO 2010 (CM)

A resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) aos doentes paliativos é ainda insuficiente, admitiu a coordenadora, Inês Guerreiro, revelando que na região de Lisboa a lista e o tempo de espera são mais longos. .

"Embora tenha aumentado o número de respostas no que se refere a tipologia de cuidados paliativos, consideram-se ainda insuficientes para atender todos os doentes que dele necessitam", disse à agência Lusa coordenadora da RNCCI, a propósito do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos que se comemora este sábado. Inês Guerreiro defende que a RNCCI está "a um terço da sua implementação", sendo expectável que "em 2013 se encontre a funcionar em pleno". Segundo dados facultados pela responsável, existem 132 camas de internamento em unidades de cuidados paliativos: 61 na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), 35 no Norte, 25 no Centro, 12 no Alentejo e 10 no Algarve. Já em relação aos doentes em lista de espera, os dados mostram que a 8 de Outubro eram 164, sendo que, destes, 147 estão em LVT, 11 no Centro, três no Norte, dois no Algarve e um no Alentejo. "A região de Lisboa e Vale do Tejo, em que existe menor número de camas em relação à população, é naturalmente aquela em que o número de doentes em espera e também o tempo médio de espera para colocação são maiores", apontou Inês Guerreiro. Os dados revelam que, em matéria de unidade de cuidados paliativos, o tempo médio de espera, na região de Lisboa, é de 59 dias, seguida da região Centro, onde o tempo de espera ronda 21 dias. Bastante menos tempo esperam os doentes do Alentejo, Algarve e do Norte, onde os tempos médios rondam cinco dias nas primeiras duas regiões e seis dias na última. A presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), Isabel Galriça Neto, entende que o Serviço Nacional de Saúde apresenta várias deficiências em matéria de acesso dos doentes aos cuidados de que necessitam, mas acredita que, mais do que a questão financeira, é a desigualdade geográfica que cria o maior fosso. "O problema não é dinheiro, é muitas vezes o da desigualdade geográfica. É gravíssimo. Em alguns distritos, como Braga, Viseu, Guarda ou Aveiro, as pessoas não têm acesso, porque não há. É uma verdadeira indignidade e este é o maior critério de desigualdade", disse Isabel Galriça Neto.

A resposta da Rede Nacional de Cuidados...

Cuidados Paliativos: Resposta da Rede Nacional é insuficiente

9 OUTUBRO 2010 (CM)

A resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) aos doentes paliativos é ainda insuficiente, admitiu a coordenadora, Inês Guerreiro, revelando que na região de Lisboa a lista e o tempo de espera são mais longos. .

"Embora tenha aumentado o número de respostas no que se refere a tipologia de cuidados paliativos, consideram-se ainda insuficientes para atender todos os doentes que dele necessitam", disse à agência Lusa coordenadora da RNCCI, a propósito do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos que se comemora este sábado. Inês Guerreiro defende que a RNCCI está "a um terço da sua implementação", sendo expectável que "em 2013 se encontre a funcionar em pleno". Segundo dados facultados pela responsável, existem 132 camas de internamento em unidades de cuidados paliativos: 61 na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), 35 no Norte, 25 no Centro, 12 no Alentejo e 10 no Algarve. Já em relação aos doentes em lista de espera, os dados mostram que a 8 de Outubro eram 164, sendo que, destes, 147 estão em LVT, 11 no Centro, três no Norte, dois no Algarve e um no Alentejo. "A região de Lisboa e Vale do Tejo, em que existe menor número de camas em relação à população, é naturalmente aquela em que o número de doentes em espera e também o tempo médio de espera para colocação são maiores", apontou Inês Guerreiro. Os dados revelam que, em matéria de unidade de cuidados paliativos, o tempo médio de espera, na região de Lisboa, é de 59 dias, seguida da região Centro, onde o tempo de espera ronda 21 dias. Bastante menos tempo esperam os doentes do Alentejo, Algarve e do Norte, onde os tempos médios rondam cinco dias nas primeiras duas regiões e seis dias na última. A presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), Isabel Galriça Neto, entende que o Serviço Nacional de Saúde apresenta várias deficiências em matéria de acesso dos doentes aos cuidados de que necessitam, mas acredita que, mais do que a questão financeira, é a desigualdade geográfica que cria o maior fosso. "O problema não é dinheiro, é muitas vezes o da desigualdade geográfica. É gravíssimo. Em alguns distritos, como Braga, Viseu, Guarda ou Aveiro, as pessoas não têm acesso, porque não há. É uma verdadeira indignidade e este é o maior critério de desigualdade", disse Isabel Galriça Neto.

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