PALAVROSSAVRVS REX: JUSTIÇA? AOS BOCHECHOS E ELÁSTICA

24-12-2009
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Se novas evidências faltassem de que a Justiça em Portugal, quando os visados são políticos ou altos dirigentes desportivos, se transforma na arena de todos os ajustes de contas internos igualmente 'políticos' [na raiz das denúncias está em causa poder, influência, o meu nepotismo e esquemas são melhores que os teus], eis aí o Tribunal da Relação de Lisboa a confirmar hoje mesmo, depois de um arrastamento em baba de caracol, a decisão do tribunal de primeira instância de julgar Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, por corrupção, abuso de poder, fraude fiscal e branqueamento de capitais, eis o que noticia a edição online do “Diário Económico”. A primeira decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal tomada em Junho de 2008 previa já que o autarca, o jornalista Fernando Trigo e outros três arguidos, fossem a julgamento. O recurso sobre o despacho de pronúncia do juiz Carlos Alexandre foi apreciado pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que confirmou a decisão. A fome de catarse pública é assim atenuada com certos simulacros de justiça de este modo e aparentemente com toda a naturalidade: sabemos que todos os símbolos do Centrão, atirados sucessivamente para a fogueira mediática punitiva e para o estigma geral de um modo geral com grosso fundamento porque com evidências fatais, são escassos quer para desviar as atenções de outros problemas de monta no Regime quer para equilibrarem o computo de figuras que já marinam em lume brando entre todas as incertezas e todos os juízos prévios pelo Opinião Pública: Isaltino e Fátima Felgueiras são apenas dois nomes. Mas quem negará que, por todas as razões, menos por aquelas a que as instituições de isso incumbidas ousam dar conta, o PM não é outro e que 'outro'?! Custa?! Pois deve custar. Seria, no entanto, remédio santo para, por uma vez, um País se levar e lavar a sério. Já agora, falta indiciar provavelmente por coisas equivalentes o grande Abismo Autarquico dos ajustes directos e das despesas supérfluas, dos nepotismos grosseiros, dos esquemas e das pequenas fraudes que varam o País. Para isso seria necessário que a vergonha assaltasse as instituições de lés a lés como uma gripe moral tão devastadora como de igual modo regeneradora. A quem interessará começar tudo de novo e inocular moralidade numa 'democracia' tão agónica como a nossa?!


Se novas evidências faltassem de que a Justiça em Portugal, quando os visados são políticos ou altos dirigentes desportivos, se transforma na arena de todos os ajustes de contas internos igualmente 'políticos' [na raiz das denúncias está em causa poder, influência, o meu nepotismo e esquemas são melhores que os teus], eis aí o Tribunal da Relação de Lisboa a confirmar hoje mesmo, depois de um arrastamento em baba de caracol, a decisão do tribunal de primeira instância de julgar Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, por corrupção, abuso de poder, fraude fiscal e branqueamento de capitais, eis o que noticia a edição online do “Diário Económico”. A primeira decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal tomada em Junho de 2008 previa já que o autarca, o jornalista Fernando Trigo e outros três arguidos, fossem a julgamento. O recurso sobre o despacho de pronúncia do juiz Carlos Alexandre foi apreciado pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que confirmou a decisão. A fome de catarse pública é assim atenuada com certos simulacros de justiça de este modo e aparentemente com toda a naturalidade: sabemos que todos os símbolos do Centrão, atirados sucessivamente para a fogueira mediática punitiva e para o estigma geral de um modo geral com grosso fundamento porque com evidências fatais, são escassos quer para desviar as atenções de outros problemas de monta no Regime quer para equilibrarem o computo de figuras que já marinam em lume brando entre todas as incertezas e todos os juízos prévios pelo Opinião Pública: Isaltino e Fátima Felgueiras são apenas dois nomes. Mas quem negará que, por todas as razões, menos por aquelas a que as instituições de isso incumbidas ousam dar conta, o PM não é outro e que 'outro'?! Custa?! Pois deve custar. Seria, no entanto, remédio santo para, por uma vez, um País se levar e lavar a sério. Já agora, falta indiciar provavelmente por coisas equivalentes o grande Abismo Autarquico dos ajustes directos e das despesas supérfluas, dos nepotismos grosseiros, dos esquemas e das pequenas fraudes que varam o País. Para isso seria necessário que a vergonha assaltasse as instituições de lés a lés como uma gripe moral tão devastadora como de igual modo regeneradora. A quem interessará começar tudo de novo e inocular moralidade numa 'democracia' tão agónica como a nossa?!

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