PALAVROSSAVRVS REX: DIÁLOGO DA SERIEDADE

24-12-2009
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- Ser sério, isso é o que falta ao senhor. - Mas por que se exalta, que lhe fiz eu para pôr em causa a minha seriedade? - O senhor não é sério nem coerente. - Mas sério em quê? E coerente em quê? - Então o senhor espalha impropérios nos seus posts medíocres e depois escreve sublimemente sobre o Espírito Santo e acha isso normal?- Acho normal que eu seja dono e senhor do que me apeteça escrever. O amigo não acha?- Não acho que caibam no mesmo lugar as suas tretas obscenas e os seus devaneios religiosos. Isso fere a sensibilidade. Pelo menos a minha fere.- Mas então o meu amigo não admite que a nossa alma seja incoerente, contraditória e inconstante, desassossegada na infelicidade e sôfrega por felicidade?- Admito.- Não me admite que o exprima conforme mo dita a mente?- Admito-lho, mas custa ver a conjugação de tantos contrários e por vezes uma linguagem brutal, baixa...- Vá-se habituando ao vórtice do efeito provocatório da palavra que, mesmo baixa, puxa para cima e não se compraz na baixeza. - Isso é ser lírico.- Isto é acreditar na ascensão da humanidade e na catabase da Cidade Celestial.Não é fácil viver num mundo onde de um lado há laicos raivosos, trucidando ideologicamente a pessoa por lhe verem somente a materialidade e o respectivo lastro no ecossistema, gente para quem um embrião é já só tripa, fáceis amígdalas, acessível adenóide,e, por outro, os religiosos que no seu proselitismo visam uniformizar a bem ou a mal as opções políticas e religiosas dos povos do mundo, islamizar-nos pela bomba, pelo medo e pela demografia. Nem é fácil criar literatura em tempo real, arriscando biografar uma frase que nada tem de biográfico...- Compreendo...- Não. Não compreende. Não há nada a compreender. É, aliás, necessário que nada compreenda. O amigo leve-me a sério. Leve-me muito a sério.


- Ser sério, isso é o que falta ao senhor. - Mas por que se exalta, que lhe fiz eu para pôr em causa a minha seriedade? - O senhor não é sério nem coerente. - Mas sério em quê? E coerente em quê? - Então o senhor espalha impropérios nos seus posts medíocres e depois escreve sublimemente sobre o Espírito Santo e acha isso normal?- Acho normal que eu seja dono e senhor do que me apeteça escrever. O amigo não acha?- Não acho que caibam no mesmo lugar as suas tretas obscenas e os seus devaneios religiosos. Isso fere a sensibilidade. Pelo menos a minha fere.- Mas então o meu amigo não admite que a nossa alma seja incoerente, contraditória e inconstante, desassossegada na infelicidade e sôfrega por felicidade?- Admito.- Não me admite que o exprima conforme mo dita a mente?- Admito-lho, mas custa ver a conjugação de tantos contrários e por vezes uma linguagem brutal, baixa...- Vá-se habituando ao vórtice do efeito provocatório da palavra que, mesmo baixa, puxa para cima e não se compraz na baixeza. - Isso é ser lírico.- Isto é acreditar na ascensão da humanidade e na catabase da Cidade Celestial.Não é fácil viver num mundo onde de um lado há laicos raivosos, trucidando ideologicamente a pessoa por lhe verem somente a materialidade e o respectivo lastro no ecossistema, gente para quem um embrião é já só tripa, fáceis amígdalas, acessível adenóide,e, por outro, os religiosos que no seu proselitismo visam uniformizar a bem ou a mal as opções políticas e religiosas dos povos do mundo, islamizar-nos pela bomba, pelo medo e pela demografia. Nem é fácil criar literatura em tempo real, arriscando biografar uma frase que nada tem de biográfico...- Compreendo...- Não. Não compreende. Não há nada a compreender. É, aliás, necessário que nada compreenda. O amigo leve-me a sério. Leve-me muito a sério.

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