Sonae Retalho aponta expansão para novos mercados como o Brasil e a Turquia

06-02-2011
marcar artigo

Este objectivo pode ser rapidamente ultrapassado, uma vez que o presidente executivo da Sonae SR, Miguel Mota Freitas, admitiu ao PÚBLICO que estão a ser estudadas "novas geografias de crescimento". Para além da forte presença em Espanha, onde se concentra a maioria das lojas, das insígnias Zippy, Sport Zone e Worten, o responsável por esta área de negócio adianta que estão a estudar a entrada "em mercados como o Brasil, a Turquia e os países de Leste, entre outros".

A aposta na internacionalização deste ramo de negócio começou há apenas três anos e centrou-se muito na Península Ibérica. Vai agora acelerar para outras geografias, com a Zippy e a Sport Zone na linha da frente, já que, admite Mota Freitas, a empresa de retalho de electrodomésticos, a Worten, vai continuar a "focar-se no mercado espanhol".

De fora deste plano de internacionalização vai continuar a estar a Modalfa, uma cadeia de pronto-a-vestir para homem, senhora e criança, que tem já mais de uma centena de unidades em Portugal, apesar de Mota Freitas considerar que se trata de "uma insígnia muito consolidada, com enormes índices de notoriedade em Portugal" e cujo desempenho "tem orgulhado" o grupo Sonae.

A Loop, cadeia de lojas especializada em calçado, também está longe de integrar este grupo de cadeias a internacionalizar. "A Loop está ainda numa fase experimental e só depois de consolidar a sua presença em Portugal poderemos pensar noutros desafios", explica o CEO da empresa. "No actual enquadramento internacional, a Zippy apresenta mais factores distintivos", diz Mota Freitas, justificando a prioridade dada à marca de roupa infantil e artigos de puericultura no processo de internacionalização.

A Sonae SR tem 414 lojas em Portugal, das quais 105 são Modalfa e 11 são Loop. A Worten tem 132, a Sport Zone (que comercializa artigos de desporto) tem 74 e a Zippy tem 36. Já no mercado internacional, a liderança em termos de número de lojas já pertence à Zippy. A Worten tem 25 unidades, todas concentradas em Espanha, a Sport Zone tem 29 e a Zippy tem 36 unidades, cinco das quais já em funcionamento na Arábia Saudita. O modelo de expansão da empresa começou através de investimento directo, mas já contempla outros formatos, como a constituição de joint-ventures ou acordos de franchising, designada pelo grupo como uma estratégia de capital light (ver caixa).

A internacionalização da Zippy é acompanhada em parte pelo sector têxtil nacional, já que é em unidades nacionais que são produzidas 40 por cento dos artigos têxteis e calçado vendidos nas lojas em Portugal e no estrangeiro. Mota Freitas sublinha o facto de o grupo ter conseguido criar em Portugal marcas "são reconhecidas internacionalmente e que geram valor para o País". "Esta realidade contraria a tendência frequente nas marcas internacionais que, embora sendo produzidas em Portugal, deixam o seu valor acrescentado nos respectivos países de origem. E esta vantagem não se resume ao produto. Uma grande parte das 90 lojas que hoje temos em funcionamento foi construída e equipada por empresas portuguesas, que temos desafiado para nos acompanhar neste projecto", argumenta. Em 2010, a Sonae SR registou um volume de negócios de 1272 milhões de euros, conseguindo um crescimento global de dois dígitos (12 por cento). A área internacional cresceu 60 por cento no último ano, representando perto de 20 por cento da facturação da Sonae SR. O grupo ainda não apresentou contas globais, mas, de acordo com os dados do terceiro trimestre, a Sonae SR valia cerca de 20 por cento do volume de negócios de toda a Sonae (proprietária do PÚBLICO), representando já um peso maior do que o ramo das telecomunicações, a Sonaecom.

Este objectivo pode ser rapidamente ultrapassado, uma vez que o presidente executivo da Sonae SR, Miguel Mota Freitas, admitiu ao PÚBLICO que estão a ser estudadas "novas geografias de crescimento". Para além da forte presença em Espanha, onde se concentra a maioria das lojas, das insígnias Zippy, Sport Zone e Worten, o responsável por esta área de negócio adianta que estão a estudar a entrada "em mercados como o Brasil, a Turquia e os países de Leste, entre outros".

A aposta na internacionalização deste ramo de negócio começou há apenas três anos e centrou-se muito na Península Ibérica. Vai agora acelerar para outras geografias, com a Zippy e a Sport Zone na linha da frente, já que, admite Mota Freitas, a empresa de retalho de electrodomésticos, a Worten, vai continuar a "focar-se no mercado espanhol".

De fora deste plano de internacionalização vai continuar a estar a Modalfa, uma cadeia de pronto-a-vestir para homem, senhora e criança, que tem já mais de uma centena de unidades em Portugal, apesar de Mota Freitas considerar que se trata de "uma insígnia muito consolidada, com enormes índices de notoriedade em Portugal" e cujo desempenho "tem orgulhado" o grupo Sonae.

A Loop, cadeia de lojas especializada em calçado, também está longe de integrar este grupo de cadeias a internacionalizar. "A Loop está ainda numa fase experimental e só depois de consolidar a sua presença em Portugal poderemos pensar noutros desafios", explica o CEO da empresa. "No actual enquadramento internacional, a Zippy apresenta mais factores distintivos", diz Mota Freitas, justificando a prioridade dada à marca de roupa infantil e artigos de puericultura no processo de internacionalização.

A Sonae SR tem 414 lojas em Portugal, das quais 105 são Modalfa e 11 são Loop. A Worten tem 132, a Sport Zone (que comercializa artigos de desporto) tem 74 e a Zippy tem 36. Já no mercado internacional, a liderança em termos de número de lojas já pertence à Zippy. A Worten tem 25 unidades, todas concentradas em Espanha, a Sport Zone tem 29 e a Zippy tem 36 unidades, cinco das quais já em funcionamento na Arábia Saudita. O modelo de expansão da empresa começou através de investimento directo, mas já contempla outros formatos, como a constituição de joint-ventures ou acordos de franchising, designada pelo grupo como uma estratégia de capital light (ver caixa).

A internacionalização da Zippy é acompanhada em parte pelo sector têxtil nacional, já que é em unidades nacionais que são produzidas 40 por cento dos artigos têxteis e calçado vendidos nas lojas em Portugal e no estrangeiro. Mota Freitas sublinha o facto de o grupo ter conseguido criar em Portugal marcas "são reconhecidas internacionalmente e que geram valor para o País". "Esta realidade contraria a tendência frequente nas marcas internacionais que, embora sendo produzidas em Portugal, deixam o seu valor acrescentado nos respectivos países de origem. E esta vantagem não se resume ao produto. Uma grande parte das 90 lojas que hoje temos em funcionamento foi construída e equipada por empresas portuguesas, que temos desafiado para nos acompanhar neste projecto", argumenta. Em 2010, a Sonae SR registou um volume de negócios de 1272 milhões de euros, conseguindo um crescimento global de dois dígitos (12 por cento). A área internacional cresceu 60 por cento no último ano, representando perto de 20 por cento da facturação da Sonae SR. O grupo ainda não apresentou contas globais, mas, de acordo com os dados do terceiro trimestre, a Sonae SR valia cerca de 20 por cento do volume de negócios de toda a Sonae (proprietária do PÚBLICO), representando já um peso maior do que o ramo das telecomunicações, a Sonaecom.

marcar artigo