Eurostat revê desemprego para novo máximo de 11,1 por cento entre Maio e Setembro

04-02-2011
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O INE, que só divulga valores trimestrais, anunciou no dia 17 uma taxa de 10,9 por cento para o período de Julho a Setembro deste ano, que constituiu na altura um máximo dos valores registados por entidades portuguesas, pois antes o Eurostat já divulgara valores de 11 por cento para Maio e Junho deste ano.

O Eurostat apresentou hoje aqueles dados revistos juntamente com um valor de 11 por cento em Outubro em Portugal e de 10,1 por cento para a zona euro. No mesmo mês, para o qual estes são os primeiros valores, o desemprego calculado para a União Europeia (EU) ficou em 9,6 por cento.

Os valores de 11,1 por cento que o Eursotat divulgou hoje para o desemprego em Portugal entre Maio e Setembro resultam da revisão em alta dos valores antes divulgados para cada um destes meses, e que eram de respectivamente 11 por cento para Maio e Junho, 10,8 para Junho e 10,6 para Agosto e Setembro.

Em Outubro, Portugal passou assim a ter a oitava taxa de desemprego mais elevada da União Europeia e a quinta da zona euro, atrás da Espanha (20,7), Eslováquia (14,7), Irlanda (14,1) e Grécia (12,2, mas referente a Junho).

Os novos valores hoje divulgados não representam uma alteração substancial da situação de fundo do desemprego em Portugal, mas se se confirmarem vêm revelar que a aceleração do desemprego está a ser mais rápida e intensa do que as previsões oficiais têm antecipado.

Na Orçamento para 2011, o cenário macroeconómico do Governo punha o desemprego em Portugal em 10,6 por cento este ano, perspectiva que estes valores compromete irremediavelmente. Para 2011, a previsão do Governo no Orçamento é de 10,8 por cento. Por seu lado, nas previsões que divulgou ontem, a Comissão Europeia apostava num valor de 10,5 por cento para este ano e 11,1 por cento em 2011.

Os novos valores do Eurostat representam assim uma nova subida do número de desempregados em Portugal, que o INE tinha estimado em 609,4 mil pessoas em média entre Julho e Setembro, quando há cerca de duas semanas divulgou a sua taxas de 10,9 por cento para este período.

Uma extrapolação feita pelo PÚBLICO a partir destes dados indica que entre Maio e Setembro o número de desempregados deverá ter andado em torno de 620,6 no mesmo período, não devendo ter sido muito diferente nos dois meses precedentes. Estes números não têm em conta os desempregados desencorajados, ou seja, os disponíveis mas que já não procuram activamente emprego.

O valor de 11,1 por cento constitui um novo recorde dos registos do desemprego em Portugal, que antes estava nos 11 por cento que o Eurostat divulgara para Maio e Junho.

Por sua vez, o valor de 10,9 por cento divulgado pelo INE para o terceiro trimestre do ano constitui um recorde dos registos feitos em Portugal relativos ao desemprego, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual.

Notícia actualizada às 11h38

O INE, que só divulga valores trimestrais, anunciou no dia 17 uma taxa de 10,9 por cento para o período de Julho a Setembro deste ano, que constituiu na altura um máximo dos valores registados por entidades portuguesas, pois antes o Eurostat já divulgara valores de 11 por cento para Maio e Junho deste ano.

O Eurostat apresentou hoje aqueles dados revistos juntamente com um valor de 11 por cento em Outubro em Portugal e de 10,1 por cento para a zona euro. No mesmo mês, para o qual estes são os primeiros valores, o desemprego calculado para a União Europeia (EU) ficou em 9,6 por cento.

Os valores de 11,1 por cento que o Eursotat divulgou hoje para o desemprego em Portugal entre Maio e Setembro resultam da revisão em alta dos valores antes divulgados para cada um destes meses, e que eram de respectivamente 11 por cento para Maio e Junho, 10,8 para Junho e 10,6 para Agosto e Setembro.

Em Outubro, Portugal passou assim a ter a oitava taxa de desemprego mais elevada da União Europeia e a quinta da zona euro, atrás da Espanha (20,7), Eslováquia (14,7), Irlanda (14,1) e Grécia (12,2, mas referente a Junho).

Os novos valores hoje divulgados não representam uma alteração substancial da situação de fundo do desemprego em Portugal, mas se se confirmarem vêm revelar que a aceleração do desemprego está a ser mais rápida e intensa do que as previsões oficiais têm antecipado.

Na Orçamento para 2011, o cenário macroeconómico do Governo punha o desemprego em Portugal em 10,6 por cento este ano, perspectiva que estes valores compromete irremediavelmente. Para 2011, a previsão do Governo no Orçamento é de 10,8 por cento. Por seu lado, nas previsões que divulgou ontem, a Comissão Europeia apostava num valor de 10,5 por cento para este ano e 11,1 por cento em 2011.

Os novos valores do Eurostat representam assim uma nova subida do número de desempregados em Portugal, que o INE tinha estimado em 609,4 mil pessoas em média entre Julho e Setembro, quando há cerca de duas semanas divulgou a sua taxas de 10,9 por cento para este período.

Uma extrapolação feita pelo PÚBLICO a partir destes dados indica que entre Maio e Setembro o número de desempregados deverá ter andado em torno de 620,6 no mesmo período, não devendo ter sido muito diferente nos dois meses precedentes. Estes números não têm em conta os desempregados desencorajados, ou seja, os disponíveis mas que já não procuram activamente emprego.

O valor de 11,1 por cento constitui um novo recorde dos registos do desemprego em Portugal, que antes estava nos 11 por cento que o Eurostat divulgara para Maio e Junho.

Por sua vez, o valor de 10,9 por cento divulgado pelo INE para o terceiro trimestre do ano constitui um recorde dos registos feitos em Portugal relativos ao desemprego, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual.

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