PALAVROSSAVRVS REX: QUEIXA A PEIDOPROPULSOR

24-12-2009
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Ó literatura inócua, diáfana,ó literatos macrovendedoresde transparências e suavidades,de estes dias, como sois fenómeno de roço!Roçam-se os aspirantes à publicacionite em papel:roçam-se nos dotados de alguma penetração social,de alguma influência capital,de estatuto universitário, de acesso à sociedade, aos círculos chiquese a mariquice de esse roço dá fruto. Roçam-se.Terem alguém de peso que os caucione,terem os favorecidos pela notoriedade mediática que os caucione,terem os bafejados pela notoriedade jackpótica para que portas e janelasda leveza escrita lhes fiquem abertas, merece que rocem muito.Eu é que náuseabomino esse caminho.Quero distância do meio académico tal como o conheço e reconheço,no que às lógicas de poder e estatuto diz respeito,dá-me irritação púbica haver o pus do estatuto para me vir dizer se valho ou não valho no meu verbo, se há ou não há em mim dimensões de delicioso inaudito que possam ou não agradar.Qualquer poder que se foda! A universidade nacional é o território do roço e do tráfico de roço.O jornalismo nacional é o território do roço e do tráfico de roço.A política nacional é o território do roço e do tráfico de roço.E a sociedade bloguítica, sendo acima de tudo um lugar de liberdade,é onde também se pratica o modo mais sofisticado e subtil de roço, de tráfico do roço,a escola do elogio mútuo, o broche à erecção de muitos egos pelos aspirantes a literatos e a intelectuais, aqui é onde o favor opinial dos estatutados baba de baba quem os babe de baba.A pax blogueana é impossível.Todos querem ser lidos.Todos querem ser adorados.Todos permutam bajulação e paulada.A Verdade está morta. Viva a Verdade!


Ó literatura inócua, diáfana,ó literatos macrovendedoresde transparências e suavidades,de estes dias, como sois fenómeno de roço!Roçam-se os aspirantes à publicacionite em papel:roçam-se nos dotados de alguma penetração social,de alguma influência capital,de estatuto universitário, de acesso à sociedade, aos círculos chiquese a mariquice de esse roço dá fruto. Roçam-se.Terem alguém de peso que os caucione,terem os favorecidos pela notoriedade mediática que os caucione,terem os bafejados pela notoriedade jackpótica para que portas e janelasda leveza escrita lhes fiquem abertas, merece que rocem muito.Eu é que náuseabomino esse caminho.Quero distância do meio académico tal como o conheço e reconheço,no que às lógicas de poder e estatuto diz respeito,dá-me irritação púbica haver o pus do estatuto para me vir dizer se valho ou não valho no meu verbo, se há ou não há em mim dimensões de delicioso inaudito que possam ou não agradar.Qualquer poder que se foda! A universidade nacional é o território do roço e do tráfico de roço.O jornalismo nacional é o território do roço e do tráfico de roço.A política nacional é o território do roço e do tráfico de roço.E a sociedade bloguítica, sendo acima de tudo um lugar de liberdade,é onde também se pratica o modo mais sofisticado e subtil de roço, de tráfico do roço,a escola do elogio mútuo, o broche à erecção de muitos egos pelos aspirantes a literatos e a intelectuais, aqui é onde o favor opinial dos estatutados baba de baba quem os babe de baba.A pax blogueana é impossível.Todos querem ser lidos.Todos querem ser adorados.Todos permutam bajulação e paulada.A Verdade está morta. Viva a Verdade!

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