Milhares acorrem "em tranquilidade" à Praça Tahrir para o "dia da partida" de Mubarak

04-02-2011
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Mohamed Hussein Tantawi esteve desde as primeiras horas da manhã a falar com os militares posicionados em redor da praça, cenário das brutais cenas de batalha campal entre opositores e gangs de apoiantes a Mubarak, naquela que foi a primeira visita de um governante egípcio ao local desde que os protestos eclodiram a 25 de Janeiro, inspirados pela revolução tunisina que depôs o chefe de Estado daquele país, Zine al-Abidine Ben Ali.

Testemunhos colhidos pelas agências noticiosas indicam que Tantawi, promovido também a vice-primeiro-ministro na recente remodelação governamental, foi rodeado por uma multidão à chegada a Tahrir, através da entrada junto ao Museu nacional Egípcio, palco dos mais violentos confrontos entre as duas facções nos últimos dois dias. "O marechal de campo Tantawi está aqui a falar com os militares. A atmosfera é agradável", descreveu um dos manifestantes anti-regime, citado pela agência noticiosa britânica Reuters.

A presença de Tantawi na Praça Tahrir foi igualmente confirmada pelo Ministério da Defesa que, em comunicado, avançava que ali se encontram também "líderes das forças armadas" em conversações.

É notado um aumento muito significativo de militares em volta da praça, muitos tanques e veículos militares em "check points" onde as pessoas são zelosamente revistadas para não entrarem armas no recinto de Tahrir, conforme as multidões ali acorrem após as orações da manhã.

Pelo amanhecer, os manifestantes acorriam já a Tahrir, com bandeiras e cânticos lançados através de altifalantes, instando que "hoje é o dia" e que "o Egipto está hoje em celebração". E, num apelo que parece destinado aos militares: "Deixem Mubarak cair!". Dezenas de tendas improvisadas continuam espalhadas por toda a praça, onde irredutíveis opositores permanecem prometendo não sair até que Mubarak abandone o poder. Os organizadores esperam fazer regressar hoje às ruas do Cairo e outras cidades do país mais de um milhão de pessoas, à semelhança do que aconteceu na terça-feira.

O dia de hoje no Egipto – o 11º de contestação ao Presidente – não é só o principal dia de oração para os muçulmanos, como acontece todas as sextas-feiras. É também o dia esperado pelos egípcios que aguardam uma decisão de Hosni Mubarak sobre o seu eventual abandono do poder, que exerce há mais de trinta anos.

Depois dos violentos confrontos e tensão dos últimos dias, entre manifestantes pró e contra Mubarak, que causaram pelo menos sete mortos (segundo as autoridades, mas pelo menos 150 em estimativas não oficiais), a atenção concentra-se agora na possibilidade de Mubarak ceder o poder e abandonar o país, como pedem os manifestantes – e como já aconselharam os Estados Unidos, que apelaram a uma transição imediata para que o país não mergulhe no caos.

De acordo com o jornal norte-americano "The New York Times" a Casa Branca está a negociar secretamente as condições para a deposição de Mubarak e a formação de um governo de transição com o vice-presidente Omar Suleiman na liderança. Mubarak já frisou que não sairá para assegurar a transição pacífica e diz temer que o poder caia nas mãos de grupos islâmicos, nomeadamente da Irmandade Muçulmana, o principal movimento organizado de oposição no país.

Notícia actualizada às 11h20

Mohamed Hussein Tantawi esteve desde as primeiras horas da manhã a falar com os militares posicionados em redor da praça, cenário das brutais cenas de batalha campal entre opositores e gangs de apoiantes a Mubarak, naquela que foi a primeira visita de um governante egípcio ao local desde que os protestos eclodiram a 25 de Janeiro, inspirados pela revolução tunisina que depôs o chefe de Estado daquele país, Zine al-Abidine Ben Ali.

Testemunhos colhidos pelas agências noticiosas indicam que Tantawi, promovido também a vice-primeiro-ministro na recente remodelação governamental, foi rodeado por uma multidão à chegada a Tahrir, através da entrada junto ao Museu nacional Egípcio, palco dos mais violentos confrontos entre as duas facções nos últimos dois dias. "O marechal de campo Tantawi está aqui a falar com os militares. A atmosfera é agradável", descreveu um dos manifestantes anti-regime, citado pela agência noticiosa britânica Reuters.

A presença de Tantawi na Praça Tahrir foi igualmente confirmada pelo Ministério da Defesa que, em comunicado, avançava que ali se encontram também "líderes das forças armadas" em conversações.

É notado um aumento muito significativo de militares em volta da praça, muitos tanques e veículos militares em "check points" onde as pessoas são zelosamente revistadas para não entrarem armas no recinto de Tahrir, conforme as multidões ali acorrem após as orações da manhã.

Pelo amanhecer, os manifestantes acorriam já a Tahrir, com bandeiras e cânticos lançados através de altifalantes, instando que "hoje é o dia" e que "o Egipto está hoje em celebração". E, num apelo que parece destinado aos militares: "Deixem Mubarak cair!". Dezenas de tendas improvisadas continuam espalhadas por toda a praça, onde irredutíveis opositores permanecem prometendo não sair até que Mubarak abandone o poder. Os organizadores esperam fazer regressar hoje às ruas do Cairo e outras cidades do país mais de um milhão de pessoas, à semelhança do que aconteceu na terça-feira.

O dia de hoje no Egipto – o 11º de contestação ao Presidente – não é só o principal dia de oração para os muçulmanos, como acontece todas as sextas-feiras. É também o dia esperado pelos egípcios que aguardam uma decisão de Hosni Mubarak sobre o seu eventual abandono do poder, que exerce há mais de trinta anos.

Depois dos violentos confrontos e tensão dos últimos dias, entre manifestantes pró e contra Mubarak, que causaram pelo menos sete mortos (segundo as autoridades, mas pelo menos 150 em estimativas não oficiais), a atenção concentra-se agora na possibilidade de Mubarak ceder o poder e abandonar o país, como pedem os manifestantes – e como já aconselharam os Estados Unidos, que apelaram a uma transição imediata para que o país não mergulhe no caos.

De acordo com o jornal norte-americano "The New York Times" a Casa Branca está a negociar secretamente as condições para a deposição de Mubarak e a formação de um governo de transição com o vice-presidente Omar Suleiman na liderança. Mubarak já frisou que não sairá para assegurar a transição pacífica e diz temer que o poder caia nas mãos de grupos islâmicos, nomeadamente da Irmandade Muçulmana, o principal movimento organizado de oposição no país.

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