Banco de Portugal não detectou transferência anormal de clientes do BPN para a CGD

06-02-2011
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O Banco de Portugal teve assim o cuidado de averiguar se a CGD beneficiou, ao nível da transferência de clientes, da sua relação face ao BPN, banco nacionalizado cuja gestão foi nomeada pelo banco do Estado e que tem vindo a perder depositantes.

O governador confirmou que lhe foi entregue um plano estratégico do BPN para 2011 a 2013, que propõe aspectos como o reposicionamento do banco e a mudança de marca. Segundo Carlos Costa, o plano foi apreciado mas o banco central considera que é necessário aprofundar alguns aspectos, tendo sido pedidas informações adicionais.

O Banco de Portugal quer assegurar que haverá a capitalização necessária ao plano que o BPN quer desenvolver, tendo Carlos Costa sublinhado que o banco vai operar num mercado saturado e numa conjuntura macroeconómica difícil. O governador disse ainda que há várias soluções, como a alienação do banco, a venda de alguns dos activos, ou o reposicionamento do BPN dentro da esfera do Estado, mas que não cabe ao banco central pronunciar-se sobre estas matérias, mas sim sobre a sua sustentabilidade.

Carlos Costa confirmou também que lhe foi pedido para apreciar um aumento de capital do BPN no valor de 500 milhões de euros, que ainda não está concretizado. Esta operação, juntamente com a venda a terceiros dos veículos para onde foram transpostos vários activos do banco (considerados tóxicos e não tóxicos), permitiria repor as condições necessárias ao funcionamento do BPN.

O banco já perdeu 3,9 mil milhões de euros de recursos totais e dois mil milhões de euros em depósitos desde a sua nacionalização.

Sobre os custos a pesar sobre os contribuintes da passagem do banco para o Estado o governador disse desconhecer qual será o valor. Tudo dependerá do impacto da gestão dos activos que estão nos três veículos e do seu destino. As perdas estimadas até agora são de 2078 milhões de euros, num universo de créditos de cinco mil milhões de euros. Uma situação, diz, que revela que, apesar de tudo, houve confiança no sistema, apesar de a estimativa inicial ter sido de 750 milhões de euros.

Este valor de 750 milhões corresponde ao que Carlos Costa apelidou de "presumíveis fraudes”, praticadas antes da nacionalização. O governador defendeu ainda que o risco da CGD face ao BPN passa pela eventualidade de perdas relacionadas com os meios que disponibilizou para ajudar o Estado a resolver o problema do banco.

Notícia actualizada às 17H40

O Banco de Portugal teve assim o cuidado de averiguar se a CGD beneficiou, ao nível da transferência de clientes, da sua relação face ao BPN, banco nacionalizado cuja gestão foi nomeada pelo banco do Estado e que tem vindo a perder depositantes.

O governador confirmou que lhe foi entregue um plano estratégico do BPN para 2011 a 2013, que propõe aspectos como o reposicionamento do banco e a mudança de marca. Segundo Carlos Costa, o plano foi apreciado mas o banco central considera que é necessário aprofundar alguns aspectos, tendo sido pedidas informações adicionais.

O Banco de Portugal quer assegurar que haverá a capitalização necessária ao plano que o BPN quer desenvolver, tendo Carlos Costa sublinhado que o banco vai operar num mercado saturado e numa conjuntura macroeconómica difícil. O governador disse ainda que há várias soluções, como a alienação do banco, a venda de alguns dos activos, ou o reposicionamento do BPN dentro da esfera do Estado, mas que não cabe ao banco central pronunciar-se sobre estas matérias, mas sim sobre a sua sustentabilidade.

Carlos Costa confirmou também que lhe foi pedido para apreciar um aumento de capital do BPN no valor de 500 milhões de euros, que ainda não está concretizado. Esta operação, juntamente com a venda a terceiros dos veículos para onde foram transpostos vários activos do banco (considerados tóxicos e não tóxicos), permitiria repor as condições necessárias ao funcionamento do BPN.

O banco já perdeu 3,9 mil milhões de euros de recursos totais e dois mil milhões de euros em depósitos desde a sua nacionalização.

Sobre os custos a pesar sobre os contribuintes da passagem do banco para o Estado o governador disse desconhecer qual será o valor. Tudo dependerá do impacto da gestão dos activos que estão nos três veículos e do seu destino. As perdas estimadas até agora são de 2078 milhões de euros, num universo de créditos de cinco mil milhões de euros. Uma situação, diz, que revela que, apesar de tudo, houve confiança no sistema, apesar de a estimativa inicial ter sido de 750 milhões de euros.

Este valor de 750 milhões corresponde ao que Carlos Costa apelidou de "presumíveis fraudes”, praticadas antes da nacionalização. O governador defendeu ainda que o risco da CGD face ao BPN passa pela eventualidade de perdas relacionadas com os meios que disponibilizou para ajudar o Estado a resolver o problema do banco.

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