União Europeia impõe sanções ao Presidente Bashar al-Assad

23-05-2011
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Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros decidiram, nesta segunda-feira, numa reunião em Bruxelas, proibir a emissão de vistos e congelar os bens de Assad, numa altura em que o regime sírio intensifica a violenta repressão à contestação sem precedente que enfrenta desde meados de Março. Só no fim-de-semana passado as forças de segurança mataram perto de 50 pessoas e desde o início da vaga de contestação o número de mortos já ultrapassou os 900.

“Se alguém reprime o seu povo desta maneira, responde a manifestações pacíficas com a força, isto não pode ser deixado sem reposta pela União Europeia”, disse à Reuters Guido Westerwelle, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros.

O nome do Presidente, tal como de outros dez responsáveis do regime, deverá ser publicado na terça-feira no Jornal Oficial da UE, de acordo com a AFP. Os dez nomes juntam-se a uma primeira lista que continha já o nome de 13 figuras chave do regime, incluindo um irmão de Assad e vários primos. Na altura, a UE não incluiu o nome de Bashar al-Assad no pacote de sanções por estar a seguir uma estratégia de “adoptar sanções contra o regime de forma gradual”.

A decisão de esta segunda-feira põe assim fim à discussão dos 27 sobre a oportunidade de sancionar directamente, ou não, o Presidente sírio – no poder há onze anos.

“É a coisa certa a fazer”, disse o chefe da diplomacia britânica, William Hague, citado pela AFP, na sua chegada a Bruxelas. O regime “deve tomar o caminho das reformas e não a repressão”, acrescentou.

Para Franco Frattini, chefe da diplomacia italiana, é preciso mostrar a Assad que “a única opção é fazer reformas e parar com a violência.”

Esta decisão é também uma forma de acentuar a pressão sobre a ONU, cujo Conselho de Segurança está paralisado quando ao dossier sírio por causa das indecisões da China e da Rússia.

Na passada quarta-feira, os EUA anunciaram a imposição de sanções a Bashar al-Assad e classificaram a decisão como “um esforço para aumentar a pressão sobre o Governo sírio para que pare com a violência e comece a transição para um sistema democrático.”

Também o Presidente norte-americano, Barack Obama, num discurso feito na quinta-feira dedicado à situação no Norte de África e no Médio Oriente, disse que a Assad apenas restavam duas opções: “liderar a transição ou sair do caminho”.

Libertado activista dos direitos humanos

A decisão dos 27 Estados-membros acontece um dia depois de Anwar al-Bunni, um advogado e defensor sírio dos direitos humanos, ter sido libertado da prisão depois de cinco anos atrás das grades. O activista fora detido em 2006 por ter assinado uma petição da oposição síria que reclamava mudanças democráticas.

Al-Bunni pediu às autoridades de Damasco que levassem a cabo as reformas prometidas e que devolvessem a liberdade aos prisioneiros políticos e frisou, citado pela AFP, que a sua liberdade não era “verdadeiramente total”, já que “muitos continuam presos”.

O recém-libertado adiantou ainda que a “libertação dos presos políticos é uma etapa necessária que torna credível a intenção do governo de pôr em prática reformas.”

Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros decidiram, nesta segunda-feira, numa reunião em Bruxelas, proibir a emissão de vistos e congelar os bens de Assad, numa altura em que o regime sírio intensifica a violenta repressão à contestação sem precedente que enfrenta desde meados de Março. Só no fim-de-semana passado as forças de segurança mataram perto de 50 pessoas e desde o início da vaga de contestação o número de mortos já ultrapassou os 900.

“Se alguém reprime o seu povo desta maneira, responde a manifestações pacíficas com a força, isto não pode ser deixado sem reposta pela União Europeia”, disse à Reuters Guido Westerwelle, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros.

O nome do Presidente, tal como de outros dez responsáveis do regime, deverá ser publicado na terça-feira no Jornal Oficial da UE, de acordo com a AFP. Os dez nomes juntam-se a uma primeira lista que continha já o nome de 13 figuras chave do regime, incluindo um irmão de Assad e vários primos. Na altura, a UE não incluiu o nome de Bashar al-Assad no pacote de sanções por estar a seguir uma estratégia de “adoptar sanções contra o regime de forma gradual”.

A decisão de esta segunda-feira põe assim fim à discussão dos 27 sobre a oportunidade de sancionar directamente, ou não, o Presidente sírio – no poder há onze anos.

“É a coisa certa a fazer”, disse o chefe da diplomacia britânica, William Hague, citado pela AFP, na sua chegada a Bruxelas. O regime “deve tomar o caminho das reformas e não a repressão”, acrescentou.

Para Franco Frattini, chefe da diplomacia italiana, é preciso mostrar a Assad que “a única opção é fazer reformas e parar com a violência.”

Esta decisão é também uma forma de acentuar a pressão sobre a ONU, cujo Conselho de Segurança está paralisado quando ao dossier sírio por causa das indecisões da China e da Rússia.

Na passada quarta-feira, os EUA anunciaram a imposição de sanções a Bashar al-Assad e classificaram a decisão como “um esforço para aumentar a pressão sobre o Governo sírio para que pare com a violência e comece a transição para um sistema democrático.”

Também o Presidente norte-americano, Barack Obama, num discurso feito na quinta-feira dedicado à situação no Norte de África e no Médio Oriente, disse que a Assad apenas restavam duas opções: “liderar a transição ou sair do caminho”.

Libertado activista dos direitos humanos

A decisão dos 27 Estados-membros acontece um dia depois de Anwar al-Bunni, um advogado e defensor sírio dos direitos humanos, ter sido libertado da prisão depois de cinco anos atrás das grades. O activista fora detido em 2006 por ter assinado uma petição da oposição síria que reclamava mudanças democráticas.

Al-Bunni pediu às autoridades de Damasco que levassem a cabo as reformas prometidas e que devolvessem a liberdade aos prisioneiros políticos e frisou, citado pela AFP, que a sua liberdade não era “verdadeiramente total”, já que “muitos continuam presos”.

O recém-libertado adiantou ainda que a “libertação dos presos políticos é uma etapa necessária que torna credível a intenção do governo de pôr em prática reformas.”

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