Restaurantes ponderam cobrar pagamentos com multibanco para ultrapassar crise

09-04-2011
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Para analisar e debater estas e outras questões, a AHRESP reúne hoje, amanhã e quarta-feira numas jornadas que vão decorrer em Lisboa e cujo tema é “Gerir custos para vencer a crise”. O principal objectivo do encontro, segundo explicou ao PÚBLICO o secretário-geral da associação, é “encontrar as melhores soluções para combater a crise que se está a viver no sector sem reduzir a qualidade dos produtos e serviços prestados aos clientes”. Em causa estão 90 mil empresas de hotelaria e restauração, o que corresponde a cerca de 350 mil postos de trabalho, concretizou José Manuel Esteves.

O responsável da AHRESP acrescentou, ainda, que “é a sobrevivência das empresas e a qualidade dos nossos produtos que está em risco”, considerando que o único caminho possível passa por “gerir custos”, ou seja, por “retirar gordura das operações”. José Manuel Esteves deu como exemplo as taxas que as empresas têm de suportar quando o cliente opta por pagar com multibanco, dizendo que vão primeiro tentar reduzir o valor junto dos responsáveis pelos meios de pagamento electrónico. Caso não consigam, pode mesmo avança-se para uma cobrança ao cliente.

A AHRESP tentará também acabar com embalagens individuais de produtos como a manteiga, o açúcar ou o azeite e renegociar preços com os fornecedores, estimulando a dinamização de centrais de compras. “Lá fora em países evoluídos como a Alemanha nada disto é obrigatório. São povos pragmáticos e parcimoniosos. Além dos custos financeiros são claros ataques ao ambiente”, disse José Manuel Esteves.

Rumo a Espanha

Por outro lado, o secretário-geral da AHRESP criticou vários serviços que têm sido obrigados a introduzir ao longo dos anos e que pretendem suspender, como as “avenças de medicina, higiene e segurança no trabalho, a certificação energética e a medição da qualidade do ar e as avenças de segurança alimentar”. Defendem também que, em termos fiscais, o IVA seja igual ao de Espanha e que se elimine o pagamento especial por conta bem como se diminuam as taxas autárquicas. Segundo a associação, a zona de fronteira com Espanha é cada vez mais extensa, isto é, há cada vez mais proprietários a mudarem-se para o lado de lá e cada vez mais clientes a preferirem recorrer aos serviços espanhóis.

José Manuel Esteves estima que só no ano passado tenham fechado cerca de dez mil estabelecimentos. “Estamos muito preocupados porque eram sobretudo micro e pequenas empresas que desapareceram de forma silenciosa e que no seu lugar não abre nada. Deixámos de assistir à rotatividade e reabertura. É alarmante e o nosso receio é que o caminho seja reduzir a qualidade dos produtos e serviços que prestamos”, sublinhou.

O responsável deu como exemplo de que é impossível manter as coisas como estão o facto de que “desde a entrada em vigor do euro em 2002” só tenham tido “um aumento acumulado de 6,5 por cento na restauração e bebidas” – um valor que diz ser muito inferior ao de outros sectores, ao dos produtos alimentares, ao da inflação e ao dos salários nacionais.

Para analisar e debater estas e outras questões, a AHRESP reúne hoje, amanhã e quarta-feira numas jornadas que vão decorrer em Lisboa e cujo tema é “Gerir custos para vencer a crise”. O principal objectivo do encontro, segundo explicou ao PÚBLICO o secretário-geral da associação, é “encontrar as melhores soluções para combater a crise que se está a viver no sector sem reduzir a qualidade dos produtos e serviços prestados aos clientes”. Em causa estão 90 mil empresas de hotelaria e restauração, o que corresponde a cerca de 350 mil postos de trabalho, concretizou José Manuel Esteves.

O responsável da AHRESP acrescentou, ainda, que “é a sobrevivência das empresas e a qualidade dos nossos produtos que está em risco”, considerando que o único caminho possível passa por “gerir custos”, ou seja, por “retirar gordura das operações”. José Manuel Esteves deu como exemplo as taxas que as empresas têm de suportar quando o cliente opta por pagar com multibanco, dizendo que vão primeiro tentar reduzir o valor junto dos responsáveis pelos meios de pagamento electrónico. Caso não consigam, pode mesmo avança-se para uma cobrança ao cliente.

A AHRESP tentará também acabar com embalagens individuais de produtos como a manteiga, o açúcar ou o azeite e renegociar preços com os fornecedores, estimulando a dinamização de centrais de compras. “Lá fora em países evoluídos como a Alemanha nada disto é obrigatório. São povos pragmáticos e parcimoniosos. Além dos custos financeiros são claros ataques ao ambiente”, disse José Manuel Esteves.

Rumo a Espanha

Por outro lado, o secretário-geral da AHRESP criticou vários serviços que têm sido obrigados a introduzir ao longo dos anos e que pretendem suspender, como as “avenças de medicina, higiene e segurança no trabalho, a certificação energética e a medição da qualidade do ar e as avenças de segurança alimentar”. Defendem também que, em termos fiscais, o IVA seja igual ao de Espanha e que se elimine o pagamento especial por conta bem como se diminuam as taxas autárquicas. Segundo a associação, a zona de fronteira com Espanha é cada vez mais extensa, isto é, há cada vez mais proprietários a mudarem-se para o lado de lá e cada vez mais clientes a preferirem recorrer aos serviços espanhóis.

José Manuel Esteves estima que só no ano passado tenham fechado cerca de dez mil estabelecimentos. “Estamos muito preocupados porque eram sobretudo micro e pequenas empresas que desapareceram de forma silenciosa e que no seu lugar não abre nada. Deixámos de assistir à rotatividade e reabertura. É alarmante e o nosso receio é que o caminho seja reduzir a qualidade dos produtos e serviços que prestamos”, sublinhou.

O responsável deu como exemplo de que é impossível manter as coisas como estão o facto de que “desde a entrada em vigor do euro em 2002” só tenham tido “um aumento acumulado de 6,5 por cento na restauração e bebidas” – um valor que diz ser muito inferior ao de outros sectores, ao dos produtos alimentares, ao da inflação e ao dos salários nacionais.

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