A história de Shaheera Amin, a jornalista que se juntou aos revoltosos

06-02-2011
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Shaheera Amin era há vários anos uma das faces do Egipto no estrangeiro. Era a apresentadora das notícias, em inglês, na cadeia de televisão estatal Nile TV. Era igualmente vice-directora da estação e correspondente sénior. Tudo mudou esta semana. Quando se deslocava para a estação de televisão, como fazia todos os dias, Shaheera viu os revoltosos nas ruas e decidiu juntar-se a eles.

Em entrevista à jornalista da BBC Lyse Doucet, Shaheera Amin explicou o que aconteceu: “Bom, foi uma decisão do momento. Eu ia trabalhar, como de costume. O edifício da Nile TV não fica longe da Praça Tahrir e ao ouvir os cânticos dos manifestantes eu decidi apear-me e juntar-me a eles. Estou do lado do povo, não do lado do regime”.

A jornalista egípcia indicou ainda à BBC que, antes de se demitir, a Nile TV não tinha autorização do regime para cobrir as manifestações da perspectiva dos revoltosos. Apenas do lado dos apoiantes do Presidente Hosni Mubarak - uma abordagem “ridícula”, na opinião de Shaheera Amin. “Não quero fazer parte dessa propaganda e dessa máquina”, disse. “Quando o sistema não te convém, afastas-te”, acrescentou Amin.

Durante todo este tempo, desde o início dos protestos no Egipto, a jornalista e toda a sua equipa tiveram que seguir as regras impostas pelo governo. “Desde o primeiro dia que tivemos que seguir as regras e elas eram muito severas. Normalmente não é tão mau mas com estes incidentes em particular sim. Fomos instruídos para dizer certas coisas e para impedir que certas informações saíssem cá para fora”.

“Foi sempre uma luta para os jornalistas egípcios conseguirem publicar as suas histórias mas eu sempre senti que, a cada história, estava a conseguir empurrar um bocadinho os limites da liberdade de expressão. Mas era como caminhar sobre gelo”, disse a jornalista, que admite que a situação é ainda mais difícil para os jornalistas que transmitem as suas notícias em árabe. O controlo é ainda maior nestes casos, indicou.

Shaheera Amin era há vários anos uma das faces do Egipto no estrangeiro. Era a apresentadora das notícias, em inglês, na cadeia de televisão estatal Nile TV. Era igualmente vice-directora da estação e correspondente sénior. Tudo mudou esta semana. Quando se deslocava para a estação de televisão, como fazia todos os dias, Shaheera viu os revoltosos nas ruas e decidiu juntar-se a eles.

Em entrevista à jornalista da BBC Lyse Doucet, Shaheera Amin explicou o que aconteceu: “Bom, foi uma decisão do momento. Eu ia trabalhar, como de costume. O edifício da Nile TV não fica longe da Praça Tahrir e ao ouvir os cânticos dos manifestantes eu decidi apear-me e juntar-me a eles. Estou do lado do povo, não do lado do regime”.

A jornalista egípcia indicou ainda à BBC que, antes de se demitir, a Nile TV não tinha autorização do regime para cobrir as manifestações da perspectiva dos revoltosos. Apenas do lado dos apoiantes do Presidente Hosni Mubarak - uma abordagem “ridícula”, na opinião de Shaheera Amin. “Não quero fazer parte dessa propaganda e dessa máquina”, disse. “Quando o sistema não te convém, afastas-te”, acrescentou Amin.

Durante todo este tempo, desde o início dos protestos no Egipto, a jornalista e toda a sua equipa tiveram que seguir as regras impostas pelo governo. “Desde o primeiro dia que tivemos que seguir as regras e elas eram muito severas. Normalmente não é tão mau mas com estes incidentes em particular sim. Fomos instruídos para dizer certas coisas e para impedir que certas informações saíssem cá para fora”.

“Foi sempre uma luta para os jornalistas egípcios conseguirem publicar as suas histórias mas eu sempre senti que, a cada história, estava a conseguir empurrar um bocadinho os limites da liberdade de expressão. Mas era como caminhar sobre gelo”, disse a jornalista, que admite que a situação é ainda mais difícil para os jornalistas que transmitem as suas notícias em árabe. O controlo é ainda maior nestes casos, indicou.

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