Grupo de Murdoch pede desculpa aos que foram escutados por tablóide

09-04-2011
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O pedido de desculpas, num comunicado divulgado esta sexta-feira em Londres, representa um volte face da News International, que desde que o escândalo foi revelado, em 2005, garantia que as escutas tinham sido obra de um único jornalista. A mudança de posição surge dias depois de um jornalista e de um antigo editor do jornal terem sido constituídos arguidos, no âmbito de uma nova investigação ao caso.

“O comportamento passado do NoW em relação à intercepção de [mensagens de] voicemail é um motivo de genuíno arrependimento”, lê-se no comunicado que, mais à frente, admite que as investigações passadas feitas ao caso “fracassaram na descoberta de provas importantes” e foram “insuficientes” para apurar a verdade. Afinal, reconhece agora o grupo, foram várias as pessoas que viram os seus telefones interceptados.

Segundo a BBC, o grupo criou um fundo de 20 milhões de libras (22 milhões euros) para pagar as indemnizações às vítimas das escutas, estando a prever oferecer a cada um dos visados uma compensação de cem mil libras (114 mil euros), o que indicia que admite reconhecer que mais pessoas foram escutadas além das oito agora identificadas, como a actriz Sienna Miller ou o ex-ministro John Prescott.

O escândalo remonta a 2005, quando o jornalista que cobria os assuntos relacionados com a família real e um detective privado foram detidos e acusados de terem interceptado mensagens de correio electrónico de funcionários da Casa Real. A direcção do jornal, campeão de vendas no Reino Unido, garantiu que não tinha conhecimento das escutas, que atribuiu ao jornalista detido – uma tese que a empresa proprietária manteve até hoje, apesar de vários ex-jornalistas terem vindo depois admitir que a prática era corrente no jornal.

O caso acabou por beliscar o actual primeiro-ministro, David Cameron, que contratou para seu assessor (e depois porta-voz em Downing Street) David Coulson, director do tablóide à data das escutas. Quando o escândalo foi conhecido, Coulson deixou a direcção do jornal, mas negou sempre qualquer envolvimento no caso.Mmas, sob a pressão de novas revelações, acabaria por pedir a demissão no início deste ano.

O pedido de desculpas, num comunicado divulgado esta sexta-feira em Londres, representa um volte face da News International, que desde que o escândalo foi revelado, em 2005, garantia que as escutas tinham sido obra de um único jornalista. A mudança de posição surge dias depois de um jornalista e de um antigo editor do jornal terem sido constituídos arguidos, no âmbito de uma nova investigação ao caso.

“O comportamento passado do NoW em relação à intercepção de [mensagens de] voicemail é um motivo de genuíno arrependimento”, lê-se no comunicado que, mais à frente, admite que as investigações passadas feitas ao caso “fracassaram na descoberta de provas importantes” e foram “insuficientes” para apurar a verdade. Afinal, reconhece agora o grupo, foram várias as pessoas que viram os seus telefones interceptados.

Segundo a BBC, o grupo criou um fundo de 20 milhões de libras (22 milhões euros) para pagar as indemnizações às vítimas das escutas, estando a prever oferecer a cada um dos visados uma compensação de cem mil libras (114 mil euros), o que indicia que admite reconhecer que mais pessoas foram escutadas além das oito agora identificadas, como a actriz Sienna Miller ou o ex-ministro John Prescott.

O escândalo remonta a 2005, quando o jornalista que cobria os assuntos relacionados com a família real e um detective privado foram detidos e acusados de terem interceptado mensagens de correio electrónico de funcionários da Casa Real. A direcção do jornal, campeão de vendas no Reino Unido, garantiu que não tinha conhecimento das escutas, que atribuiu ao jornalista detido – uma tese que a empresa proprietária manteve até hoje, apesar de vários ex-jornalistas terem vindo depois admitir que a prática era corrente no jornal.

O caso acabou por beliscar o actual primeiro-ministro, David Cameron, que contratou para seu assessor (e depois porta-voz em Downing Street) David Coulson, director do tablóide à data das escutas. Quando o escândalo foi conhecido, Coulson deixou a direcção do jornal, mas negou sempre qualquer envolvimento no caso.Mmas, sob a pressão de novas revelações, acabaria por pedir a demissão no início deste ano.

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