Pó dos Livros: Livreiro espécie em vias de extinção?

28-05-2010
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Muitas vezes se diz que já não há livreiros como antigamente. Que são uma espécie em vias de extinção. Que as grandes cadeias acabaram com eles. Que o empregado que nos atendeu não sabe o que está a fazer, etc., etc. De facto, tudo isto é verdade. Mas isto acontece simplesmente porque o livreiro é uma figura rara. Existiram e existem muito poucos livreiros, e sempre foi assim.Se definirmos os livreiros apenas como aqueles que negoceiam em livros, então, existem muitos. Mas se definirmos o livreiro como aquele que gosta, conhece, lê e vende livros, então, existem muito poucos. O livreiro é um autodidacta, não há nenhum curso que o possa formar. Isto é, claro que se pode e deve dar formação a uma pessoa que quer trabalhar numa livraria ou que, enquanto gestor ou empresário, pretende criar uma, no entanto, ser livreiro é outra coisa. Ser livreiro é muito mais do que simplesmente vender livros (para isso existem vários truques), tem de saber dignificá-los, amá-los, conhecer a sua história, saber o interior de muitos, interessar-se por quem os escreve e por que os escreve daquela maneira. Tem de conhecer toda a cadeia do livro, desde que nasce na mão do autor até chegar à mão do leitor, tem de saber vendê-lo honestamente, divulgá-lo, incentivar a leitura, só assim, poderá reivindicar para si um papel importante como agente cultural.Uma lista curta (como necessariamente tem de ser) de livreiros cujo trabalho conheço, para saber onde encontrá-los quando necessitar de ajuda especializada (perdoem-me aqueles que não cito):--Antero Braga – Livraria Lello, PortoCarlos Loureiro e Débora Figueiredo – Pó dos Livros, LisboaDuarte Nuno Oliveira e Caroline Tyssen – Livraria Galileu, CascaisHelena Girão Santos – Fonte de Letras, Montemor-o-NovoHelena Veloso, Maria João Lobato, Sofia Afonso – 100.ª Página, BragaIsabel Castanheira – Livraria Loja 107, Caldas da RainhaJoão Paulo Pinheiro – Livraria Férin, LisboaSr. Manuel Medeiros - Livraria Cultsete, Setúbal ----Jaime Bulhosa


Muitas vezes se diz que já não há livreiros como antigamente. Que são uma espécie em vias de extinção. Que as grandes cadeias acabaram com eles. Que o empregado que nos atendeu não sabe o que está a fazer, etc., etc. De facto, tudo isto é verdade. Mas isto acontece simplesmente porque o livreiro é uma figura rara. Existiram e existem muito poucos livreiros, e sempre foi assim.Se definirmos os livreiros apenas como aqueles que negoceiam em livros, então, existem muitos. Mas se definirmos o livreiro como aquele que gosta, conhece, lê e vende livros, então, existem muito poucos. O livreiro é um autodidacta, não há nenhum curso que o possa formar. Isto é, claro que se pode e deve dar formação a uma pessoa que quer trabalhar numa livraria ou que, enquanto gestor ou empresário, pretende criar uma, no entanto, ser livreiro é outra coisa. Ser livreiro é muito mais do que simplesmente vender livros (para isso existem vários truques), tem de saber dignificá-los, amá-los, conhecer a sua história, saber o interior de muitos, interessar-se por quem os escreve e por que os escreve daquela maneira. Tem de conhecer toda a cadeia do livro, desde que nasce na mão do autor até chegar à mão do leitor, tem de saber vendê-lo honestamente, divulgá-lo, incentivar a leitura, só assim, poderá reivindicar para si um papel importante como agente cultural.Uma lista curta (como necessariamente tem de ser) de livreiros cujo trabalho conheço, para saber onde encontrá-los quando necessitar de ajuda especializada (perdoem-me aqueles que não cito):--Antero Braga – Livraria Lello, PortoCarlos Loureiro e Débora Figueiredo – Pó dos Livros, LisboaDuarte Nuno Oliveira e Caroline Tyssen – Livraria Galileu, CascaisHelena Girão Santos – Fonte de Letras, Montemor-o-NovoHelena Veloso, Maria João Lobato, Sofia Afonso – 100.ª Página, BragaIsabel Castanheira – Livraria Loja 107, Caldas da RainhaJoão Paulo Pinheiro – Livraria Férin, LisboaSr. Manuel Medeiros - Livraria Cultsete, Setúbal ----Jaime Bulhosa

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