Pirataria de conteúdos culturais em Espanha custou 5121 milhões de euros no final de 2009

07-06-2010
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É a conclusão de um estudo encomendado pela Associação de Criadores e Indústrias de Conteúdos (ACIC), representante de alguns dos maiores prejudicados pelo fenómeno da pirataria digital.

A ACIC, que agrupa as principais entidades de gestão de direitos de autor e de propriedade intelectual ligadas ao cinema e à música e a federação contra a pirataria, pediu um estudo ao braço espanhol da consultora norte-americana IDC, que fez um inquérito a 5911 pessoas e chegou a estes números sobre a pirataria e os hábitos de consumo de conteúdos digitais naquele país.

"Se 95,6 por cento da música digital em Espanha é pirateada, no cinema a pirataria alcança os 83,7 por cento; nos videojogos, 52,3 por cento e nos livros digitais, 19,7 por cento", disse ao El País o presidente da Associação de Criadores e Indústrias de Conteúdos, Aldo Olcese.

O inquérito excluiu menores de 16 anos - e, lembra o El País, esta é provavelmente a faixa etária que mais descarrega conteúdos da Internet, e pessoas maiores de 55 anos. Apesar disso, o estudo mostrou que, com a pirataria, a indústria cinematográfica perdeu em Espanha 2382 milhões de euros, a música 2291 milhões, a indústria de videojogos 246,2 milhões e os livros 200 milhões. "Os números reais seriam piores", disse ao mesmo jornal espanhol o presidente da ACIC, afirmando que a indústria cultural perde 1000 milhões de euros em cada 30 dias por causa da pirataria.

Quarenta e três por cento dos entrevistados deste estudo disseram recorrer a sites de download que existem na rede e 83 por cento reconheceram usar o P2P (troca directa de ficheiros), o que, segundo a revista Variety faz de Espanha o segundo maior infractor do mundo nesta área, tanto em volume total como em termos de infracção per capita.

Como os dados deste estudo se referem ao último semestre de 2009, a pirataria de livros em formato digital ainda não aparece muito acentuada. Mas Aldo Olcese teme que os números subam a partir daqui com o aumento de venda de aparelhos que permitem ler e-books. Contou ao El País : "No dia seguinte a eu ter apresentado o meu último livro, ele já estava na Internet. E eu não sou um escritor de best-sellers. Também é muito preocupante o futuro dos meios de comunicação digitais. Se há gente que não paga por um disco, também não pagará por um jornal digital."

É a conclusão de um estudo encomendado pela Associação de Criadores e Indústrias de Conteúdos (ACIC), representante de alguns dos maiores prejudicados pelo fenómeno da pirataria digital.

A ACIC, que agrupa as principais entidades de gestão de direitos de autor e de propriedade intelectual ligadas ao cinema e à música e a federação contra a pirataria, pediu um estudo ao braço espanhol da consultora norte-americana IDC, que fez um inquérito a 5911 pessoas e chegou a estes números sobre a pirataria e os hábitos de consumo de conteúdos digitais naquele país.

"Se 95,6 por cento da música digital em Espanha é pirateada, no cinema a pirataria alcança os 83,7 por cento; nos videojogos, 52,3 por cento e nos livros digitais, 19,7 por cento", disse ao El País o presidente da Associação de Criadores e Indústrias de Conteúdos, Aldo Olcese.

O inquérito excluiu menores de 16 anos - e, lembra o El País, esta é provavelmente a faixa etária que mais descarrega conteúdos da Internet, e pessoas maiores de 55 anos. Apesar disso, o estudo mostrou que, com a pirataria, a indústria cinematográfica perdeu em Espanha 2382 milhões de euros, a música 2291 milhões, a indústria de videojogos 246,2 milhões e os livros 200 milhões. "Os números reais seriam piores", disse ao mesmo jornal espanhol o presidente da ACIC, afirmando que a indústria cultural perde 1000 milhões de euros em cada 30 dias por causa da pirataria.

Quarenta e três por cento dos entrevistados deste estudo disseram recorrer a sites de download que existem na rede e 83 por cento reconheceram usar o P2P (troca directa de ficheiros), o que, segundo a revista Variety faz de Espanha o segundo maior infractor do mundo nesta área, tanto em volume total como em termos de infracção per capita.

Como os dados deste estudo se referem ao último semestre de 2009, a pirataria de livros em formato digital ainda não aparece muito acentuada. Mas Aldo Olcese teme que os números subam a partir daqui com o aumento de venda de aparelhos que permitem ler e-books. Contou ao El País : "No dia seguinte a eu ter apresentado o meu último livro, ele já estava na Internet. E eu não sou um escritor de best-sellers. Também é muito preocupante o futuro dos meios de comunicação digitais. Se há gente que não paga por um disco, também não pagará por um jornal digital."

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