Recomendação do provedor. Os textos de opinião do PÚBLICO deveriam passar, antes de publicados, por um crivo de verificação factual idêntico ao que é aplicado às matérias de natureza jornalística (Joaquim Vieira, coluna do "Provedor do Leitor" do Público de hoje).Este parágrafo, o último inserido na sua coluna, diz respeito a um artigo assinado por António Barreto há duas semanas, no qual este comentava uma carta de Rosa Coutinho, alto-comissário de Angola na época de transição para a independência daquele país, carta que foi, entretanto, considerada apócrifa.Que me lembre, é a primeira vez que um provedor do leitor intervém numa área considerada não jornalística - os colunistas não jornalistas não têm sido considerados na actividade do provedor. Igualmente corajosa é a posição que Joaquim Vieira vem tomando contra a publicidade que "embrulha" a primeira página (devo dizer que, da última vez em que a publicidade "embrulhou" a capa do jornal, eu quase não comprava o jornal pensando ser apenas publicidade a ele e não o próprio jornal).Ponderado e objectivo, o provedor do leitor do Público está a fazer, quanto a mim, um bom papel. O jornal sai engrandecido - e os leitores também ganham.Bizarra, por outro lado, a afirmação do director do jornal quando se refere a um antigo colaborador, "cujos erros eram, por vezes, grosseiros - e nem valia a pena tentar falar com ele". As perguntas que faço são: se o o ex-colunista cometia erros tremendos, porque não suspenderam logo a colaboração dele? Como o Público dispensou alguns colaboradores no ano passado, fica uma suspeita: ele era dessa leva ou desapareceu do jornal antes? Quem era?
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Recomendação do provedor. Os textos de opinião do PÚBLICO deveriam passar, antes de publicados, por um crivo de verificação factual idêntico ao que é aplicado às matérias de natureza jornalística (Joaquim Vieira, coluna do "Provedor do Leitor" do Público de hoje).Este parágrafo, o último inserido na sua coluna, diz respeito a um artigo assinado por António Barreto há duas semanas, no qual este comentava uma carta de Rosa Coutinho, alto-comissário de Angola na época de transição para a independência daquele país, carta que foi, entretanto, considerada apócrifa.Que me lembre, é a primeira vez que um provedor do leitor intervém numa área considerada não jornalística - os colunistas não jornalistas não têm sido considerados na actividade do provedor. Igualmente corajosa é a posição que Joaquim Vieira vem tomando contra a publicidade que "embrulha" a primeira página (devo dizer que, da última vez em que a publicidade "embrulhou" a capa do jornal, eu quase não comprava o jornal pensando ser apenas publicidade a ele e não o próprio jornal).Ponderado e objectivo, o provedor do leitor do Público está a fazer, quanto a mim, um bom papel. O jornal sai engrandecido - e os leitores também ganham.Bizarra, por outro lado, a afirmação do director do jornal quando se refere a um antigo colaborador, "cujos erros eram, por vezes, grosseiros - e nem valia a pena tentar falar com ele". As perguntas que faço são: se o o ex-colunista cometia erros tremendos, porque não suspenderam logo a colaboração dele? Como o Público dispensou alguns colaboradores no ano passado, fica uma suspeita: ele era dessa leva ou desapareceu do jornal antes? Quem era?