A ler. Sublinhado: Como pode uma garantia de empréstimo resolver um problema de endividamento excessivo? Certamente que salvou a zona euro, que de outra forma teria sido atirada para o precipício esta semana. Mas, para lá desta semana, os benefícios são menos claros. Na melhor das hipóteses, fornece estabilidade suficiente para que a Espanha e Portugal acelerem reformas. Assim, o juízo sobre o sucesso deste programa depende criticamente de saber se os dois países conseguem reformar os seus mercados laborais, encontrar soluções para os seus sectores bancários, melhorar a produtividade e dinamizar os ajustamentos orçamentais. Vale a pena lembrar que, ao contrário da Grécia, a questão em Espanha e Portugal não é imediatamente orçamental, mas de um endividamento excessivo do sector privado. Este artigo de Wolfgang Münchau revela de facto uma coisa: ele e eu não vivemos na mesma galáxia. Ele tem razão em tudo o que diz. Mas não faz a mais pequena ideia do que é Portugal. Só sabe o que deveria ser, para que o desastre não se consumasse. E julga que as duas coisas são remotamente parecidas. Comove. Rever.
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A ler. Sublinhado: Como pode uma garantia de empréstimo resolver um problema de endividamento excessivo? Certamente que salvou a zona euro, que de outra forma teria sido atirada para o precipício esta semana. Mas, para lá desta semana, os benefícios são menos claros. Na melhor das hipóteses, fornece estabilidade suficiente para que a Espanha e Portugal acelerem reformas. Assim, o juízo sobre o sucesso deste programa depende criticamente de saber se os dois países conseguem reformar os seus mercados laborais, encontrar soluções para os seus sectores bancários, melhorar a produtividade e dinamizar os ajustamentos orçamentais. Vale a pena lembrar que, ao contrário da Grécia, a questão em Espanha e Portugal não é imediatamente orçamental, mas de um endividamento excessivo do sector privado. Este artigo de Wolfgang Münchau revela de facto uma coisa: ele e eu não vivemos na mesma galáxia. Ele tem razão em tudo o que diz. Mas não faz a mais pequena ideia do que é Portugal. Só sabe o que deveria ser, para que o desastre não se consumasse. E julga que as duas coisas são remotamente parecidas. Comove. Rever.