Anish Kapoor conhece as regras (os limites) da representação.Sabe que, a partir de um certo ponto, não se pode ver nada, mais nada pode ser representado, salvo o rasto.Do que foi, resta esse rasto (nem isso), resta a ideia desse rasto, e um imenso resíduo, um bloco de cera, cor de sangue, como o rasto, inteiramente compactado e moldado pelas passagens, que funcionam como cortantes. Brutalmente nada (decifrável). A presença nem sequer é uma miragem.É impossível não confrontar a escultura/instalação de Kapoor com Abendland de Kiefer (as linhas de comboio, o ponto de fuga para nada, o resto e o triunfo da matéria espessa e, em última instância, insignificante.)
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Anish Kapoor conhece as regras (os limites) da representação.Sabe que, a partir de um certo ponto, não se pode ver nada, mais nada pode ser representado, salvo o rasto.Do que foi, resta esse rasto (nem isso), resta a ideia desse rasto, e um imenso resíduo, um bloco de cera, cor de sangue, como o rasto, inteiramente compactado e moldado pelas passagens, que funcionam como cortantes. Brutalmente nada (decifrável). A presença nem sequer é uma miragem.É impossível não confrontar a escultura/instalação de Kapoor com Abendland de Kiefer (as linhas de comboio, o ponto de fuga para nada, o resto e o triunfo da matéria espessa e, em última instância, insignificante.)