A Nossa Candeia: Das ajudas de custo parlamentares à ética e à deontologia

21-05-2011
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Peca por tardia a decisão da deputada do PS, Inês de Medeiros, em recusar o pagamento das viagens Lisboa-Paris/Paris-Lisboa pela Assembleia da República. Uma decisão desta natureza é da ordem do simples bom-senso, da razoabilidade e da boa-fé, não carecendo de exercícios de reflexão ética ou jurídica sofisticados e, eventualmente, demorados... talvez por isso, considere a possibilidade da deputada ter sido muito pressionada, quiçá familiarmente, para conseguir dar este corajoso (?) passo na senda da transparência, da honestidade e da solidariedade política com o Parlamento mas, acima de tudo, com os cidadãos que, a gosto e contragosto, contribuem decisivamente para o combate à crise. Já agora, a título explicativo, devo dizer que se me não pronunciara antes sobre esta matéria foi por puro esforço de contenção e delicadeza - ou talvez pelo crédito de confiança que uma figura como o Maestro António Vitorino de Almeida me merece. Valeu a pena? ... sim porque, afinal, "mais vale tarde que nunca"!... de lamentável apenas o facto de uma deputada independente ter perdido a oportunidade de demonstrar que a política se faz de atitudes éticas, de altruísmo e respeito pelos eleitores.


Peca por tardia a decisão da deputada do PS, Inês de Medeiros, em recusar o pagamento das viagens Lisboa-Paris/Paris-Lisboa pela Assembleia da República. Uma decisão desta natureza é da ordem do simples bom-senso, da razoabilidade e da boa-fé, não carecendo de exercícios de reflexão ética ou jurídica sofisticados e, eventualmente, demorados... talvez por isso, considere a possibilidade da deputada ter sido muito pressionada, quiçá familiarmente, para conseguir dar este corajoso (?) passo na senda da transparência, da honestidade e da solidariedade política com o Parlamento mas, acima de tudo, com os cidadãos que, a gosto e contragosto, contribuem decisivamente para o combate à crise. Já agora, a título explicativo, devo dizer que se me não pronunciara antes sobre esta matéria foi por puro esforço de contenção e delicadeza - ou talvez pelo crédito de confiança que uma figura como o Maestro António Vitorino de Almeida me merece. Valeu a pena? ... sim porque, afinal, "mais vale tarde que nunca"!... de lamentável apenas o facto de uma deputada independente ter perdido a oportunidade de demonstrar que a política se faz de atitudes éticas, de altruísmo e respeito pelos eleitores.

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