"Hermínio solicitou-me que não me demitisse"

01-04-2010
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Hermínio Loureiro não lhe pediu que se demitisse e, mais que isso, o presidente da Comissão Disciplinar (CD) da Liga, Ricardo Costa, e a sua equipa, sentiram "todas as condições" para seguir em funções. É o que se conclui da entrevista dada pelo dirigente da CD, ontem, à SIC-Notícias, numa intervenção "excepcional" para acabar com o "rol de falsidades" na sequência da decisão do Conselho de Justiça (CJ) da Federação de reduzir os castigos a Hulk e Sapunaru.

Quando Hermínio Loureiro lhe comunicou que abdicava da presidência da Liga, Ricardo Costa ficou "surpreendido" e mostrou-se "disponível" para se solidarizar. "[Hermínio Loureiro] Solicitou-me de imediato que não o fizesse", revelou, contrariando as declarações do presidente do FC Porto (ver texto ao lado).

Sobre a decisão do CJ, Ricardo Costa contestou a fundamentação jurídica e os critérios utilizados na mesma. "Não concordamos porque juridicamente não a compreendemos. A analogia entre assistente de recinto desportivo e público incomoda-nos, é um precedente grave", admitiu o dirigente, frisando que a Liga deve estar "tranquila" quanto a uma eventual indemnização ao FC Porto.

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"O trabalho da CD tem sido reconhecido ao longo dos anos", vincou Ricardo Costa, salientando que já conviveu com quatro figurinos no CJ: "Eu ainda aqui estou e vou estar", reforçou, apoiando-se na "elevada taxa de sucesso" das decisões da CD, que em "85 por cento dos casos" não foram alteradas pelo CJ.

Não deixando de admitir desgaste pelos quatro anos que leva na CD, Ricardo Costa confessou ser "um seriíssimo candidato a deixar o futebol em Junho". "Sou um outsider, vou sair do futebol como um outsider", acrescentou, não deixando de admitir ter aprendido muito "sobre a vida e sobre as pessoas" nestes quatro anos.

"O nosso desafio era elevar o nível jurídico e combater o problema da opacidade. Havia necessidade de transparência", disse Ricardo Costa. "Corro riscos, mas dou a cara", concluiu o dirigente, que acredita ter provado que é possível "fazer diferente". "Um problema que não vale a pena revelar", foi a resposta quando foi questionado se recorre a segurança na rua. Sobre a sua simpatia clubística, respondeu: "O futebol português não está preparado para saber de que clube são os dirigentes".

Hermínio Loureiro não lhe pediu que se demitisse e, mais que isso, o presidente da Comissão Disciplinar (CD) da Liga, Ricardo Costa, e a sua equipa, sentiram "todas as condições" para seguir em funções. É o que se conclui da entrevista dada pelo dirigente da CD, ontem, à SIC-Notícias, numa intervenção "excepcional" para acabar com o "rol de falsidades" na sequência da decisão do Conselho de Justiça (CJ) da Federação de reduzir os castigos a Hulk e Sapunaru.

Quando Hermínio Loureiro lhe comunicou que abdicava da presidência da Liga, Ricardo Costa ficou "surpreendido" e mostrou-se "disponível" para se solidarizar. "[Hermínio Loureiro] Solicitou-me de imediato que não o fizesse", revelou, contrariando as declarações do presidente do FC Porto (ver texto ao lado).

Sobre a decisão do CJ, Ricardo Costa contestou a fundamentação jurídica e os critérios utilizados na mesma. "Não concordamos porque juridicamente não a compreendemos. A analogia entre assistente de recinto desportivo e público incomoda-nos, é um precedente grave", admitiu o dirigente, frisando que a Liga deve estar "tranquila" quanto a uma eventual indemnização ao FC Porto.

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"O trabalho da CD tem sido reconhecido ao longo dos anos", vincou Ricardo Costa, salientando que já conviveu com quatro figurinos no CJ: "Eu ainda aqui estou e vou estar", reforçou, apoiando-se na "elevada taxa de sucesso" das decisões da CD, que em "85 por cento dos casos" não foram alteradas pelo CJ.

Não deixando de admitir desgaste pelos quatro anos que leva na CD, Ricardo Costa confessou ser "um seriíssimo candidato a deixar o futebol em Junho". "Sou um outsider, vou sair do futebol como um outsider", acrescentou, não deixando de admitir ter aprendido muito "sobre a vida e sobre as pessoas" nestes quatro anos.

"O nosso desafio era elevar o nível jurídico e combater o problema da opacidade. Havia necessidade de transparência", disse Ricardo Costa. "Corro riscos, mas dou a cara", concluiu o dirigente, que acredita ter provado que é possível "fazer diferente". "Um problema que não vale a pena revelar", foi a resposta quando foi questionado se recorre a segurança na rua. Sobre a sua simpatia clubística, respondeu: "O futebol português não está preparado para saber de que clube são os dirigentes".

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