o café dos loucos

19-12-2009
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NOTA SOBRE A TRADUÇÃOAs traduções de poemas de Anna Akhmátova e Marina Tsvétaïeva que se apresentam neste livro foram feitas a pensar num espectáculo: a principal intenção, resguardando sempre a fidelidade ao espírito das duas autoras, foi que os textos funcionassem em português como poemas a serem lidos em voz alta para uma plateia de cerca de 150 pessoas. Por esse motivo se suprimiram, aliás, os títulos dos poemas (nos casos em que existiam), bem como outras indicações (epígrafes, datações e dedicatórias); e mantiveram-se nesta edição essas omissões, com excepção do poema-epígrafe deste livro («Música», de Anna Akhmátova), para tentar não «quebrar», tanto quanto possível, a sequência «musical» do espectáculo.Assim, procurou-se, sobretudo, que os poemas lidos fossem claramente inteligíveis; e que pudessem ser «ditos» (e tanto Inês de Medeiros como Beatriz Batarda trouxeram importantes contribuições nesse sentido); mas que não deixassem de reflectir, por um lado, o verso majestoso, elegíaco, de Akhmátova, por outro, e com igual intensidade, a escrita nervosa, combustível, de Tsvétaïeva — a serena grandiosidade trágica da primeira e a desarmante vulnerabilidade melodramática da segunda.António Mega Ferreira, in "e cantou como canta a tempestade" assírio & alvim, 2007

NOTA SOBRE A TRADUÇÃOAs traduções de poemas de Anna Akhmátova e Marina Tsvétaïeva que se apresentam neste livro foram feitas a pensar num espectáculo: a principal intenção, resguardando sempre a fidelidade ao espírito das duas autoras, foi que os textos funcionassem em português como poemas a serem lidos em voz alta para uma plateia de cerca de 150 pessoas. Por esse motivo se suprimiram, aliás, os títulos dos poemas (nos casos em que existiam), bem como outras indicações (epígrafes, datações e dedicatórias); e mantiveram-se nesta edição essas omissões, com excepção do poema-epígrafe deste livro («Música», de Anna Akhmátova), para tentar não «quebrar», tanto quanto possível, a sequência «musical» do espectáculo.Assim, procurou-se, sobretudo, que os poemas lidos fossem claramente inteligíveis; e que pudessem ser «ditos» (e tanto Inês de Medeiros como Beatriz Batarda trouxeram importantes contribuições nesse sentido); mas que não deixassem de reflectir, por um lado, o verso majestoso, elegíaco, de Akhmátova, por outro, e com igual intensidade, a escrita nervosa, combustível, de Tsvétaïeva — a serena grandiosidade trágica da primeira e a desarmante vulnerabilidade melodramática da segunda.António Mega Ferreira, in "e cantou como canta a tempestade" assírio & alvim, 2007

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