APR.REALIZADORES.PORTUGAL: VANITAS de Paulo Rocha

18-12-2009
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VANITAS de Paulo Rocha - Estreia: 30 de Março de 2006Vanitas é um filme que vai buscar imagens e poética a um género de pintura alegórica que floresce na Europa do século XVI, representando a luta das Vaidades deste Mundo contra o Tempo e o Triunfo da Morte. A lista das Vanitas é infinita e inclui nomes como Holbein, van Eyck, Antonello de Messina, Carpaccio, Lorenzo Lotto, Caravaggio, Georges LatourValdez Leal... e até Cézanne, Braque e Picasso. Num bairro secreto esquecido no tempo, o tema calvinista, de origem holandesa é agora adaptado a uma cidade do Porto nos nossos dias dominada por um imenso cemitério, o Prado do Repouso, debruçado sobre o rio, cortado por comboios e velhos túneis abandonados, com os carris cobertos de ervas e o Colégio dos Órfãos a dominar o rio lá em baixo e a ponte Dona Maria de ferro, onde vertiginosamente brincava a miudagem. Aí, nesta paisagem sublime e degradada, as frágeis Vaidades Humanas, que são as de sempre: a beleza absoluta, o prazer, a moda, a riqueza, a glória, tentam resistir ao naufrágio do tempo, à doença, à morte, à traição, ao esquecimento. Com a ajuda da Regina Guimarães, voltámos a um mundo romanesco talhado à medida das heroínas excessivas do Rio do Ouro. Cruzámos o imaginário da ilusão e da moda - do dinheiro e dos amores fáceis -, com personagens de melodrama :coveiros, caixões, caveiras, top models, amores impossíveis, surdos-mudos, costureira, bêbados e traficantes.Paulo Rocha


VANITAS de Paulo Rocha - Estreia: 30 de Março de 2006Vanitas é um filme que vai buscar imagens e poética a um género de pintura alegórica que floresce na Europa do século XVI, representando a luta das Vaidades deste Mundo contra o Tempo e o Triunfo da Morte. A lista das Vanitas é infinita e inclui nomes como Holbein, van Eyck, Antonello de Messina, Carpaccio, Lorenzo Lotto, Caravaggio, Georges LatourValdez Leal... e até Cézanne, Braque e Picasso. Num bairro secreto esquecido no tempo, o tema calvinista, de origem holandesa é agora adaptado a uma cidade do Porto nos nossos dias dominada por um imenso cemitério, o Prado do Repouso, debruçado sobre o rio, cortado por comboios e velhos túneis abandonados, com os carris cobertos de ervas e o Colégio dos Órfãos a dominar o rio lá em baixo e a ponte Dona Maria de ferro, onde vertiginosamente brincava a miudagem. Aí, nesta paisagem sublime e degradada, as frágeis Vaidades Humanas, que são as de sempre: a beleza absoluta, o prazer, a moda, a riqueza, a glória, tentam resistir ao naufrágio do tempo, à doença, à morte, à traição, ao esquecimento. Com a ajuda da Regina Guimarães, voltámos a um mundo romanesco talhado à medida das heroínas excessivas do Rio do Ouro. Cruzámos o imaginário da ilusão e da moda - do dinheiro e dos amores fáceis -, com personagens de melodrama :coveiros, caixões, caveiras, top models, amores impossíveis, surdos-mudos, costureira, bêbados e traficantes.Paulo Rocha

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