SILÊNCIO CULPADO: O GRITO DE PROTESTO

20-05-2011
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Desde 1 de Agosto que José Lima, de 52 anos, iniciou a sua volta a Portugal em cadeira de rodas de Viana do Castelo a Faro, num total de 21 etapas, a uma média de 40 km por dia.Esta desgastante viagem, de mais de 800 km, tem como objectivo chamar a atenção para os direitos dos deficientes motores no Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades, num país que falha, cada vez mais, nestas matérias.Desde que ficou paraplégico em 1997, quando foi “esmagado” por um elevador que estava a reparar no Ministério Angolano das Finanças, que este licenciado em electrónica industrial tem tido dificuldade em arranjar emprego."Enquanto que o contacto é meramente telefónico, as coisas parecem bem encaminhadas. Mas quando apareço na empresa em cadeira de rodas, as coisas mudam radicalmente de figura". Apesar de todos os esforços no sentido de conseguir emprego está desempregado há três anos, sublinhando que esta é apenas uma das muitas formas de discriminação feitas aos deficientes em Portugal.Também as Câmaras Municipais, com as quais José Lima estava a contar para as pernoitas, se têm mostrado muito pouco solidárias com esta iniciativa. Segundo José Lima contam-se pelos dedos as que já lhe responderam mas, habituado como está a enfrentar problemas graves, decide que nada o fará desistir. Assim leva consigo um saco-cama e propõe-se dormir na rua, em frente às câmaras que não lhe derem apoio. A viver sem qualquer auxílio da segurança social e afastado contra-vontade do trabalho, José está inteiramente entregue a si próprio. Assim, montou uma pequena gráfica na sua casa, onde já editou dois livros de sua autoria bem como algumas obras de autores seus conterrâneos: “Sempre dá para ganhar algum”.Para além dos dois livros já editados José Lima garante que já tem guardado material para mais dois livros. Isto a somar às experiências que vierem a ser adquiridas com esta volta a Portugal em cadeira de rodas que, com certeza, darão um excelente “argumento”.Fonte: Expresso on-line 05-08-07Em 12-08-07Viagem de deficiente entre Viana do Castelo e Faro está a meioHoje chegou a Santarém, de onde sairá amanhã em direcção a Coruche. "Vejo os meus direitos serem violados todos os dias", afirmou ao Expresso.Fonte: EXPRESSO on-line Em 21-08-07José Lima chegou a Faro, esta terça-feira, 20 dias e 800 quilómetros depois de ter partido de Viana do Castelo numa cadeira de rodas adaptada.Entre Viana do Castelo e Faro diz ter encontrado um apoio "inesperado", sentiu a solidariedade dos portugueses mas, diz, gostava que essa sensibilidade estivesse também presente nos que ditam os destinos do país."Espero que essa sensibilidade esteja também nas esferas superiores, nas pessoas que nos governam", apelou, perante dezenas de pessoas que o esperavam à porta do Governo Civil, entre as quais a secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz."A sociedade está pouco disponível para coabitar com a diferença", reconheceu a governante, realçando a importância da legislação que concede aos cidadãos o poder de denunciar o incumprimento das regras de acessibilidade. Fonte: JN


Desde 1 de Agosto que José Lima, de 52 anos, iniciou a sua volta a Portugal em cadeira de rodas de Viana do Castelo a Faro, num total de 21 etapas, a uma média de 40 km por dia.Esta desgastante viagem, de mais de 800 km, tem como objectivo chamar a atenção para os direitos dos deficientes motores no Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades, num país que falha, cada vez mais, nestas matérias.Desde que ficou paraplégico em 1997, quando foi “esmagado” por um elevador que estava a reparar no Ministério Angolano das Finanças, que este licenciado em electrónica industrial tem tido dificuldade em arranjar emprego."Enquanto que o contacto é meramente telefónico, as coisas parecem bem encaminhadas. Mas quando apareço na empresa em cadeira de rodas, as coisas mudam radicalmente de figura". Apesar de todos os esforços no sentido de conseguir emprego está desempregado há três anos, sublinhando que esta é apenas uma das muitas formas de discriminação feitas aos deficientes em Portugal.Também as Câmaras Municipais, com as quais José Lima estava a contar para as pernoitas, se têm mostrado muito pouco solidárias com esta iniciativa. Segundo José Lima contam-se pelos dedos as que já lhe responderam mas, habituado como está a enfrentar problemas graves, decide que nada o fará desistir. Assim leva consigo um saco-cama e propõe-se dormir na rua, em frente às câmaras que não lhe derem apoio. A viver sem qualquer auxílio da segurança social e afastado contra-vontade do trabalho, José está inteiramente entregue a si próprio. Assim, montou uma pequena gráfica na sua casa, onde já editou dois livros de sua autoria bem como algumas obras de autores seus conterrâneos: “Sempre dá para ganhar algum”.Para além dos dois livros já editados José Lima garante que já tem guardado material para mais dois livros. Isto a somar às experiências que vierem a ser adquiridas com esta volta a Portugal em cadeira de rodas que, com certeza, darão um excelente “argumento”.Fonte: Expresso on-line 05-08-07Em 12-08-07Viagem de deficiente entre Viana do Castelo e Faro está a meioHoje chegou a Santarém, de onde sairá amanhã em direcção a Coruche. "Vejo os meus direitos serem violados todos os dias", afirmou ao Expresso.Fonte: EXPRESSO on-line Em 21-08-07José Lima chegou a Faro, esta terça-feira, 20 dias e 800 quilómetros depois de ter partido de Viana do Castelo numa cadeira de rodas adaptada.Entre Viana do Castelo e Faro diz ter encontrado um apoio "inesperado", sentiu a solidariedade dos portugueses mas, diz, gostava que essa sensibilidade estivesse também presente nos que ditam os destinos do país."Espero que essa sensibilidade esteja também nas esferas superiores, nas pessoas que nos governam", apelou, perante dezenas de pessoas que o esperavam à porta do Governo Civil, entre as quais a secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz."A sociedade está pouco disponível para coabitar com a diferença", reconheceu a governante, realçando a importância da legislação que concede aos cidadãos o poder de denunciar o incumprimento das regras de acessibilidade. Fonte: JN

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