Utentes da Saúde do Médio Tejo

21-03-2011
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No âmbito das Jornadas Parlamentares do PCP, alguns deputados vão encontrar-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e visitar o Hospital de Tomar, no próximo dia 11 de Outubro, às 14,30 horas.

Na petição hoje entregue na Assembleia da República pode ler-se que a ponte “é utilizada por mais de quatro mil utentes por dia, permite o acesso à A23, serve empresas e unidades militares” localizadas na região. A petição reclama ainda a “construção de uma nova ponte que responda às necessidades do século XXI” e solicita que “até à sua concretização se efectue a conservação da mesma, de forma a garantir a segurança dos seus utentes”.

Júlia Amorim afirmou ainda sair de Lisboa com “boas expectativas” relativamente a uma definição de resolução do problema. “Saímos daqui satisfeitos porque finalmente todos estão a olhar para o problema decididos a resolvê-lo e ficámos também com a ideia que, se o objecto da petição ficar resolvido na Comissão de Obras Públicas, não haverá a necessidade de o mesmo subir a plenário”, observou.

Júlia Amorim afirmou que o objectivo da entrega da petição intitulada "Pela reabertura, reparação e construção da ponte sobre o Tejo”, que contou com 7350 assinaturas recolhidas entre o dia 30 de Julho e 30 de Setembro em várias localidades da região, “é levar o assunto a discussão em sede de plenário de modo a que os partidos com assento parlamentar tomem uma posição definitiva sobre a matéria”.

A porta voz da Comissão de Utentes Unidos pela Ponte (CUUP), Júlia Amorim considerou que a interdição “inesperada” do trânsito na ponte sobre o rio Tejo decidida pela Rede Ferroviária Nacional (REFER), devido a razões de segurança, “está a atrofiar” o concelho, motivando uma “forte contestação da população devido à escassez de alternativas”.

O encerramento do tabuleiro rodoviário naquela travessia sobre o Tejo dividiu o concelho de Constância ao meio, com os cerca de 3700 habitantes separados pelo rio e obrigados a que, para atravessar as duas margens para aceder a cuidados de saúde, educação e serviços, entre outros, tenham que fazer dezenas de quilómetros pelas pontes mais próximas, em Chamusca ou Abrantes, ou utilizar um pequeno barco municipal.

Sociedade

”Um exemplo de tecnologia e humanização”, diz Bento Sampaio

Hospital Rainha Santa Isabel foi inaugurado há 10 anos

Há precisamente dez anos assistiu-se em Torres Novas a um momento histórico, que veio ao encontro dos anseios da população e dos profissionais da saúde: a inauguração do novo hospital. A funcionar desde 1882 no antigo Convento do Carmo, cujas instalações deixavam muito a desejar, com a mudança a unidade de saúde passou a estar preparada com equipamento de ponta e instalações de excelência. Dizia-se, à data, que estava entre os melhores da Europa. Vivia-se, então, o início do processo de complementaridade entre os três hospitais do Médio Tejo e a inauguração foi assombrada pela polémica da deslocação da maternidade para Abrantes. Mas, apesar de tudo, o dia foi de festa. Centenas de pessoas quiseram estar na cerimónia que contou com a presença de António Guterres, primeiro-ministro e Manuela Arcanjo, ministra da saúde de então.

A entrada em funcionamento do novo hospital de Torres Novas dava-se ainda em Setembro de 2000, mas foi no dia 1 de Outubro que se deu a inauguração oficial, que ficou marcada pela presença, em grande número, da população torrejana. O momento simbolizava a concretização de um sonho há muito sonhado, quer pela população, quer pelas forças vivas do concelho. Nunca a cidade, na sua história recente, tinha visto uma obra tão grande, que custou, à data, cerca de 7 milhões de contos e cuja cerimónia de abertura merecia a presença de altas figuras nacionais.

Manuela Arcanjo descrevia o Hospital Rainha Santa Isabel (HRSI) como um dos melhores da Europa, uma instalação de luxo, com equipamento e condições de logística muito acima do habitual. Já António Guterres, primeiro-ministro, pedia atenção à humanização da saúde e lamentava a falta de profissionais de saúde no país. Dez anos depois, as preocupações mantém-se.

Mas a festa tinha um sabor azed com o projecto de ”desenvolvimento hospitalar na unidade de saúde Ribatejo Norte”, apresentado pelo ministério da tutela em 1998, os torrejanos tinham visto recentemente a maternidade fugir para a cidade vizinha de Abrantes. Apresentava-se um conceito diferente, em que o hospital de terrinha se transformava num hospital regional, com os tais ”corredores de 30 quilómetros”. As valências deixavam de estar ao pé da porta e a deslocalização da maternidade não foi o começo mais feliz, deixando muita gente de de pé atrás com a dita complementaridade técnica. Mal se sabia que outras mudanças estavam também na forja. Manuela Arcanjo defendeu a complementaridade e, em Torres Novas, perante uma plateia algo desconfiada, apresentou-a como a melhor solução para os utentes da região.

OS PROTAGONISTAS

Bento Sampaio - ”Um hospital muito humanizado”

Bento Sampaio era, então, presidente do conselho de administração do HRSI. Apesar de se ter dado já início à complementaridade entre os três hospitais, a administração de cada um deles era, ainda, autónoma. O então responsável pela unidade de saúde, em conversa com o JT no início desta semana, recordou a transição para o novo hospital, como um momento que veio dar resposta às necessidades mais modernas da saúde. O médico pediatra recordou que as instalações do Convento Carmo, datadas do século XIX, apesar das remodelações feitas, eram desadequadas ao exercício das funções que lhe eram solicitadas. O Hospital Rainha Santa Isabel encontrava-se, assim, segundo Bento Sampaio, dentro da lógica de desenvolvimento que se pretendia: ”O novo hospital tinha uma maior dimensão, mais camas, capacidade para mais valências e estava mais capacitado para as vertentes de ambulatório, hospital de dia e consultas externas”, recorda.

As expectativas que se viviam na altura, por parte dos profissionais de saúde, eram muitas: ”As expectativas são sempre as mesmas: quando é para ganhar todos ficam contentes, mas isso nem sempre pode ser”, disse o médico, que concordou que ter três hospitais independentes de média dimensão no espaço do Médio Tejo, não se coaduna com os custos que a saúde envolve. Bento Sampaio recorda que o momento foi um misto de alegria e descontenamento, tudo por causa da tal complementaridade: ”No momento as pessoas aplaudiram o hospital que era muito moderno e vai continuar a ser por alguns anos, quer do ponto de vista da tecnologia, quer da humanização, mas houve também descontentamento e até aproveitamento político de algumas partes”, recorda.

Questionado sobre se as expectativas de há 10 anos foram desvirtuadas, Bento Sampaio respondeu: ”Como defensor do Serviço Nacional de Saúde (SNS), penso que se a complementaridade falhar, há um futuro negro para os hospitais integrados do SNS. A salvação deste modelo está ligada à complementariade técnica entre eles. Por questões de dinheiro, lutas entre pessoas e por bairrismos, prevejo dificuldades”, alertou o antigo dirigente do hospital de Torres Novas. A solução, no seu entender, só tem um caminh ”Se as pessoas conseguirem ter uma perspectiva regional do seu hospital, se se conservar a lógica do SNS em que custos e benefícios são assumidos e se se conseguir ultrapassar estas guerras de quintal, o centro tem futuro. Se não se conseguir, arriscamo-nos a que hospital caia nas mãos de privados”, ameaçou.

João Santos - ”Houve muitas inovações na altura”

João Santos foi outros dos protagonistas desta mudança. Era enfermeiro-director do hospital e recorda a transição como a resposta a uma expectativa que a população tinha há muito tempo, corolário de um processo que se arrastava há anos: ”O novo hospital era uma estrutura moderna, muito bem pensada. Houve entusiasmo e optimismo porque era uma mudança de um edifício com muitas deficiências (que apesar de tudo desempenhou bem as suas funções) para uma casa que tinha tudo do melhor para as pessoas e para os profissionais. Havia muito carinho pela casa nova e as pessoas participaram de um modo empenhado, sem olhar a horas. Deram muito do seu tempo para contribuir para a mudança. Foi um momento importante na carreira daqueles profissionais”, relembrou. Também para a população, continuou João Santos, o momento foi importante, como se pôde ver pela quantidade de gente que compareceu na inauguração.

O enfermeiro recordou ainda que o momento foi também de turbulência, derivada do encerramento da maternidade e criticou o facto do processo de complementaridade nem sempre ter sido bem explicado às populações. Quanto ao novo hospital, João Santos recordou as expectativas existentes na altura: ”Tentou-se criar uma estrutura capaz de responder às necessidades que se conheciam e ao desenvolvimento que se esperava. Houve inovações na altura: separámos a urgência pediátrica da urgência, fez-se a cirurgia de ambulatório... A estrutura física permitia que se fizessem novas opções”, lembrou. Dez anos depois, muitas discussões existem em torno do centro hospitalar, mas João Santos acredita que a saúde está melhor nos dias de hoje: ”A saúde é muito cara e por isso há que tentar ter ganhos de eficiência. Os cuidados de saúde são caros e não podemos esbanjar dinheiro. Claro que as pessoas gostavam de ter tudo e do melhor à sua porta, mas isso não é possível. Torres Novas tem um hospital melhor do que tinha, apesar da distribuição de especialidades não corresponder ao desejo de muita gente”, disse.

João Santos acredita, também, que algumas expectativas de há 10 anos foram cumpridas e outras nem tant ”No meu entender, onde se avançou menos foi na criação de um bom modelo de integração dos três hospitais, quer ao nível da qualidade dos cuidados, que ao nível das acessibilidades. Claro que não podemos comparar, mas acredito que, caso mantivessemos a situação anterior (com os três hospitais independentes) estaríamos pior do que com o CHMT, especialmente no que toca à distribuição de recursos, que são finitos”, concluiu.

Inês Vidal

Por: Jornal Torrejano

No âmbito das Jornadas Parlamentares do PCP, alguns deputados vão encontrar-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e visitar o Hospital de Tomar, no próximo dia 11 de Outubro, às 14,30 horas.

Na petição hoje entregue na Assembleia da República pode ler-se que a ponte “é utilizada por mais de quatro mil utentes por dia, permite o acesso à A23, serve empresas e unidades militares” localizadas na região. A petição reclama ainda a “construção de uma nova ponte que responda às necessidades do século XXI” e solicita que “até à sua concretização se efectue a conservação da mesma, de forma a garantir a segurança dos seus utentes”.

Júlia Amorim afirmou ainda sair de Lisboa com “boas expectativas” relativamente a uma definição de resolução do problema. “Saímos daqui satisfeitos porque finalmente todos estão a olhar para o problema decididos a resolvê-lo e ficámos também com a ideia que, se o objecto da petição ficar resolvido na Comissão de Obras Públicas, não haverá a necessidade de o mesmo subir a plenário”, observou.

Júlia Amorim afirmou que o objectivo da entrega da petição intitulada "Pela reabertura, reparação e construção da ponte sobre o Tejo”, que contou com 7350 assinaturas recolhidas entre o dia 30 de Julho e 30 de Setembro em várias localidades da região, “é levar o assunto a discussão em sede de plenário de modo a que os partidos com assento parlamentar tomem uma posição definitiva sobre a matéria”.

A porta voz da Comissão de Utentes Unidos pela Ponte (CUUP), Júlia Amorim considerou que a interdição “inesperada” do trânsito na ponte sobre o rio Tejo decidida pela Rede Ferroviária Nacional (REFER), devido a razões de segurança, “está a atrofiar” o concelho, motivando uma “forte contestação da população devido à escassez de alternativas”.

O encerramento do tabuleiro rodoviário naquela travessia sobre o Tejo dividiu o concelho de Constância ao meio, com os cerca de 3700 habitantes separados pelo rio e obrigados a que, para atravessar as duas margens para aceder a cuidados de saúde, educação e serviços, entre outros, tenham que fazer dezenas de quilómetros pelas pontes mais próximas, em Chamusca ou Abrantes, ou utilizar um pequeno barco municipal.

Sociedade

”Um exemplo de tecnologia e humanização”, diz Bento Sampaio

Hospital Rainha Santa Isabel foi inaugurado há 10 anos

Há precisamente dez anos assistiu-se em Torres Novas a um momento histórico, que veio ao encontro dos anseios da população e dos profissionais da saúde: a inauguração do novo hospital. A funcionar desde 1882 no antigo Convento do Carmo, cujas instalações deixavam muito a desejar, com a mudança a unidade de saúde passou a estar preparada com equipamento de ponta e instalações de excelência. Dizia-se, à data, que estava entre os melhores da Europa. Vivia-se, então, o início do processo de complementaridade entre os três hospitais do Médio Tejo e a inauguração foi assombrada pela polémica da deslocação da maternidade para Abrantes. Mas, apesar de tudo, o dia foi de festa. Centenas de pessoas quiseram estar na cerimónia que contou com a presença de António Guterres, primeiro-ministro e Manuela Arcanjo, ministra da saúde de então.

A entrada em funcionamento do novo hospital de Torres Novas dava-se ainda em Setembro de 2000, mas foi no dia 1 de Outubro que se deu a inauguração oficial, que ficou marcada pela presença, em grande número, da população torrejana. O momento simbolizava a concretização de um sonho há muito sonhado, quer pela população, quer pelas forças vivas do concelho. Nunca a cidade, na sua história recente, tinha visto uma obra tão grande, que custou, à data, cerca de 7 milhões de contos e cuja cerimónia de abertura merecia a presença de altas figuras nacionais.

Manuela Arcanjo descrevia o Hospital Rainha Santa Isabel (HRSI) como um dos melhores da Europa, uma instalação de luxo, com equipamento e condições de logística muito acima do habitual. Já António Guterres, primeiro-ministro, pedia atenção à humanização da saúde e lamentava a falta de profissionais de saúde no país. Dez anos depois, as preocupações mantém-se.

Mas a festa tinha um sabor azed com o projecto de ”desenvolvimento hospitalar na unidade de saúde Ribatejo Norte”, apresentado pelo ministério da tutela em 1998, os torrejanos tinham visto recentemente a maternidade fugir para a cidade vizinha de Abrantes. Apresentava-se um conceito diferente, em que o hospital de terrinha se transformava num hospital regional, com os tais ”corredores de 30 quilómetros”. As valências deixavam de estar ao pé da porta e a deslocalização da maternidade não foi o começo mais feliz, deixando muita gente de de pé atrás com a dita complementaridade técnica. Mal se sabia que outras mudanças estavam também na forja. Manuela Arcanjo defendeu a complementaridade e, em Torres Novas, perante uma plateia algo desconfiada, apresentou-a como a melhor solução para os utentes da região.

OS PROTAGONISTAS

Bento Sampaio - ”Um hospital muito humanizado”

Bento Sampaio era, então, presidente do conselho de administração do HRSI. Apesar de se ter dado já início à complementaridade entre os três hospitais, a administração de cada um deles era, ainda, autónoma. O então responsável pela unidade de saúde, em conversa com o JT no início desta semana, recordou a transição para o novo hospital, como um momento que veio dar resposta às necessidades mais modernas da saúde. O médico pediatra recordou que as instalações do Convento Carmo, datadas do século XIX, apesar das remodelações feitas, eram desadequadas ao exercício das funções que lhe eram solicitadas. O Hospital Rainha Santa Isabel encontrava-se, assim, segundo Bento Sampaio, dentro da lógica de desenvolvimento que se pretendia: ”O novo hospital tinha uma maior dimensão, mais camas, capacidade para mais valências e estava mais capacitado para as vertentes de ambulatório, hospital de dia e consultas externas”, recorda.

As expectativas que se viviam na altura, por parte dos profissionais de saúde, eram muitas: ”As expectativas são sempre as mesmas: quando é para ganhar todos ficam contentes, mas isso nem sempre pode ser”, disse o médico, que concordou que ter três hospitais independentes de média dimensão no espaço do Médio Tejo, não se coaduna com os custos que a saúde envolve. Bento Sampaio recorda que o momento foi um misto de alegria e descontenamento, tudo por causa da tal complementaridade: ”No momento as pessoas aplaudiram o hospital que era muito moderno e vai continuar a ser por alguns anos, quer do ponto de vista da tecnologia, quer da humanização, mas houve também descontentamento e até aproveitamento político de algumas partes”, recorda.

Questionado sobre se as expectativas de há 10 anos foram desvirtuadas, Bento Sampaio respondeu: ”Como defensor do Serviço Nacional de Saúde (SNS), penso que se a complementaridade falhar, há um futuro negro para os hospitais integrados do SNS. A salvação deste modelo está ligada à complementariade técnica entre eles. Por questões de dinheiro, lutas entre pessoas e por bairrismos, prevejo dificuldades”, alertou o antigo dirigente do hospital de Torres Novas. A solução, no seu entender, só tem um caminh ”Se as pessoas conseguirem ter uma perspectiva regional do seu hospital, se se conservar a lógica do SNS em que custos e benefícios são assumidos e se se conseguir ultrapassar estas guerras de quintal, o centro tem futuro. Se não se conseguir, arriscamo-nos a que hospital caia nas mãos de privados”, ameaçou.

João Santos - ”Houve muitas inovações na altura”

João Santos foi outros dos protagonistas desta mudança. Era enfermeiro-director do hospital e recorda a transição como a resposta a uma expectativa que a população tinha há muito tempo, corolário de um processo que se arrastava há anos: ”O novo hospital era uma estrutura moderna, muito bem pensada. Houve entusiasmo e optimismo porque era uma mudança de um edifício com muitas deficiências (que apesar de tudo desempenhou bem as suas funções) para uma casa que tinha tudo do melhor para as pessoas e para os profissionais. Havia muito carinho pela casa nova e as pessoas participaram de um modo empenhado, sem olhar a horas. Deram muito do seu tempo para contribuir para a mudança. Foi um momento importante na carreira daqueles profissionais”, relembrou. Também para a população, continuou João Santos, o momento foi importante, como se pôde ver pela quantidade de gente que compareceu na inauguração.

O enfermeiro recordou ainda que o momento foi também de turbulência, derivada do encerramento da maternidade e criticou o facto do processo de complementaridade nem sempre ter sido bem explicado às populações. Quanto ao novo hospital, João Santos recordou as expectativas existentes na altura: ”Tentou-se criar uma estrutura capaz de responder às necessidades que se conheciam e ao desenvolvimento que se esperava. Houve inovações na altura: separámos a urgência pediátrica da urgência, fez-se a cirurgia de ambulatório... A estrutura física permitia que se fizessem novas opções”, lembrou. Dez anos depois, muitas discussões existem em torno do centro hospitalar, mas João Santos acredita que a saúde está melhor nos dias de hoje: ”A saúde é muito cara e por isso há que tentar ter ganhos de eficiência. Os cuidados de saúde são caros e não podemos esbanjar dinheiro. Claro que as pessoas gostavam de ter tudo e do melhor à sua porta, mas isso não é possível. Torres Novas tem um hospital melhor do que tinha, apesar da distribuição de especialidades não corresponder ao desejo de muita gente”, disse.

João Santos acredita, também, que algumas expectativas de há 10 anos foram cumpridas e outras nem tant ”No meu entender, onde se avançou menos foi na criação de um bom modelo de integração dos três hospitais, quer ao nível da qualidade dos cuidados, que ao nível das acessibilidades. Claro que não podemos comparar, mas acredito que, caso mantivessemos a situação anterior (com os três hospitais independentes) estaríamos pior do que com o CHMT, especialmente no que toca à distribuição de recursos, que são finitos”, concluiu.

Inês Vidal

Por: Jornal Torrejano

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