O PCP acusou o Governo de colocar os interesses nacionais na dependência das agências de rating e dos mercados financeiros e defendeu que as medidas previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) serão combatidas pelos portugueses
Durante o debate parlamentar sobre o PEC, o deputado comunista Honório Novo afirmou que, com a sua proposta, «o Governo coloca os interesses nacionais e da maioria dos portugueses na total dependência dos ditames das agências de rating e dos mercados financeiros».
Na sua intervenção, o deputado do PCP não poupou críticas ao PSD por viabilizar, com a abstenção, o projeto de resolução socialista sobre o PEC.
«Como era esperado e no fundo sempre se soube, o PEC e a resolução do PS podem ser aprovados com o apoio esperado da direita, não obstante as longas encenações mediáticas do PSD, ditadas apenas por questões partidárias internas e nunca pelo interesse do país», declarou Honório Novo.
Cada medida do PEC, acrescentou o deputado comunista, enfrentará «a luta e a oposição dos trabalhadores e do povo, que não se submetem perante um Governo que quer mais uma vez fazer pagar aos mesmos de sempre a fatura de uma crise que outros provocaram, mas a quem nada é pedido nem cobrado».
O PCP, que apresenta neste debate um projeto de resolução de rejeição do PEC, considera que a proposta do Governo é «um programa de instabilidade social e de retrocesso ou estagnação económica», condenando «as obsessões do controlo do défice e da dívida pública».
Os deputados comunistas propõem a «revisão do pacto de estabilidade e a construção de um documento que determine o progresso social e o emprego, determinando ritmos de consolidação orçamental ajustados às realidades e problemas nacionais».
O aumento do salário mínimo e das pensões, o reforço da produção nacional, o combate ao desemprego, o combate à fraude e evasão fiscal e o congelamento dos preços de bens e serviços essenciais, como a energia, as telecomunicações e os transportes, são algumas das propostas que o PCP defende.
Lusa / SOL
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O PCP acusou o Governo de colocar os interesses nacionais na dependência das agências de rating e dos mercados financeiros e defendeu que as medidas previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) serão combatidas pelos portugueses
Durante o debate parlamentar sobre o PEC, o deputado comunista Honório Novo afirmou que, com a sua proposta, «o Governo coloca os interesses nacionais e da maioria dos portugueses na total dependência dos ditames das agências de rating e dos mercados financeiros».
Na sua intervenção, o deputado do PCP não poupou críticas ao PSD por viabilizar, com a abstenção, o projeto de resolução socialista sobre o PEC.
«Como era esperado e no fundo sempre se soube, o PEC e a resolução do PS podem ser aprovados com o apoio esperado da direita, não obstante as longas encenações mediáticas do PSD, ditadas apenas por questões partidárias internas e nunca pelo interesse do país», declarou Honório Novo.
Cada medida do PEC, acrescentou o deputado comunista, enfrentará «a luta e a oposição dos trabalhadores e do povo, que não se submetem perante um Governo que quer mais uma vez fazer pagar aos mesmos de sempre a fatura de uma crise que outros provocaram, mas a quem nada é pedido nem cobrado».
O PCP, que apresenta neste debate um projeto de resolução de rejeição do PEC, considera que a proposta do Governo é «um programa de instabilidade social e de retrocesso ou estagnação económica», condenando «as obsessões do controlo do défice e da dívida pública».
Os deputados comunistas propõem a «revisão do pacto de estabilidade e a construção de um documento que determine o progresso social e o emprego, determinando ritmos de consolidação orçamental ajustados às realidades e problemas nacionais».
O aumento do salário mínimo e das pensões, o reforço da produção nacional, o combate ao desemprego, o combate à fraude e evasão fiscal e o congelamento dos preços de bens e serviços essenciais, como a energia, as telecomunicações e os transportes, são algumas das propostas que o PCP defende.
Lusa / SOL