A Metro do Porto não aceita alterações ao traçado da Linha de Campanhã-Valbom que impliquem realizar novo estudo de impacte ambiental. Esta posição deita por terra a pretensão da Câmara do Porto, que mantém a proposta de mudança no anteprojecto para servir a zona de Azevedo, Campanhã. Se tal acontecer, a Metro fica sem condições para lançar ainda este ano o concurso para a segunda fase da rede.
O eventual novo atraso do lançamento da segunda fase do metro do Porto foi ontem posto em cima da mesa pelo PCP. Após reuniões de deputados deste partido com a administração da Metro e com a Junta Metropolitana (accionista minoritária da empresa), o comunista Honório Novo lembrou que o cenário não estava ainda afastado.
No entanto, pelo que o PÚBLICO apurou, na semana passada, durante uma apresentação de projectos em Gondomar, o administrador da Metro Jorge Moreno Delgado fez notar que só haveria abertura para mudanças que atrasassem o lançamento do concurso. Dias antes, o mesmo responsável tinha avançado o final do ano como data provável para o início da consulta ao mercado, de onde sairá o consórcio que vai construir e manter a nova rede de metro.
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Questionada pelo PÚBLICO, a Câmara do Porto avisa que não deu o acordo final a qualquer anteprojecto, e nota que não "faz sentido aprovar traçados que não mereçam a aprovação dos municípios" por onde passa a linha. O actual traçado desagrada à autarquia também pelas implicações que terá no trânsito, no Freixo, pelo que foi proposto que o canal fosse deslocado para Azevedo, Campanhã.
No extremo leste da linha, foi aceite uma alteração de traçado que visa servir, com uma estação, o futuro hospital-escola que a Universidade Fernando Pessoa está a construir em Gondomar. Mas essa mudança só aconteceu depois de garantido que ela não implicaria repetir o estudo de impacte ambiental cuja discussão pública já terminou.
Os parlamentares Honório Novo e Jorge Machado, acompanhados pelos eleitos do PCP na Assembleia Metropolitana, contestaram os atrasos no lançamento do concurso. Quanto ao futuro, lamentam que a Metro esteja colocada entre o abismo (da insustentabilidade financeira) e uma parceria público privada que, dizem, vai piorar a situação da empresa.
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A Metro do Porto não aceita alterações ao traçado da Linha de Campanhã-Valbom que impliquem realizar novo estudo de impacte ambiental. Esta posição deita por terra a pretensão da Câmara do Porto, que mantém a proposta de mudança no anteprojecto para servir a zona de Azevedo, Campanhã. Se tal acontecer, a Metro fica sem condições para lançar ainda este ano o concurso para a segunda fase da rede.
O eventual novo atraso do lançamento da segunda fase do metro do Porto foi ontem posto em cima da mesa pelo PCP. Após reuniões de deputados deste partido com a administração da Metro e com a Junta Metropolitana (accionista minoritária da empresa), o comunista Honório Novo lembrou que o cenário não estava ainda afastado.
No entanto, pelo que o PÚBLICO apurou, na semana passada, durante uma apresentação de projectos em Gondomar, o administrador da Metro Jorge Moreno Delgado fez notar que só haveria abertura para mudanças que atrasassem o lançamento do concurso. Dias antes, o mesmo responsável tinha avançado o final do ano como data provável para o início da consulta ao mercado, de onde sairá o consórcio que vai construir e manter a nova rede de metro.
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Questionada pelo PÚBLICO, a Câmara do Porto avisa que não deu o acordo final a qualquer anteprojecto, e nota que não "faz sentido aprovar traçados que não mereçam a aprovação dos municípios" por onde passa a linha. O actual traçado desagrada à autarquia também pelas implicações que terá no trânsito, no Freixo, pelo que foi proposto que o canal fosse deslocado para Azevedo, Campanhã.
No extremo leste da linha, foi aceite uma alteração de traçado que visa servir, com uma estação, o futuro hospital-escola que a Universidade Fernando Pessoa está a construir em Gondomar. Mas essa mudança só aconteceu depois de garantido que ela não implicaria repetir o estudo de impacte ambiental cuja discussão pública já terminou.
Os parlamentares Honório Novo e Jorge Machado, acompanhados pelos eleitos do PCP na Assembleia Metropolitana, contestaram os atrasos no lançamento do concurso. Quanto ao futuro, lamentam que a Metro esteja colocada entre o abismo (da insustentabilidade financeira) e uma parceria público privada que, dizem, vai piorar a situação da empresa.