Empresa deu dois dias de férias e já não reabriu

02-07-2010
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O procedimento não é novo, mas, pelos vistos, vai-se tornando habitual: os 12 funcionários da ZS Mobiliário, uma empresa de Rebordosa, Paredes, deram com o nariz na porta quando, na segunda-feira, tentaram regressar ao trabalho depois de dois dias de férias concedidos pelos proprietários. As fechaduras das portas tinham sido mudadas e as máquinas terão mesmo sido retiradas das instalações.

A situação foi denunciada na sequência de uma visita efectuada pelo deputado Honório Novo, do PCP, o qual entregou já um requerimento na Assembleia da República. De acordo com os depoimentos recolhidos pelo parlamentar, as férias da empresa estavam marcadas para de Agosto, mas, na passada semana, terá sido comunicado aos funcionários que seriam concedidos dois dias de descanso antecipado, a 24 e 25 de Junho.

Nesse período, alguns trabalhadores vizinhos da fábrica terão constatado que os patrões estavam a retirar as máquinas das instalações. Os funcionários juntaram-se no local, para impedir que a fábrica ficasse sem aquele activo, mas, na segunda-feira, quando se apresentaram ao trabalho, já não puderam entrar, tendo também ficado credores dos salários de Maio e de Junho. As máquinas terão, entretanto, sido vendidas a outra empresa pertencente a um familiar dos actuais proprietários, sem que essa receita tenha sequer entrado nas contas da ZS.

No requerimento entregue no Parlamento, Honório Novo considera que a situação indicia uma "prática criminosa", com lock-out e uma "potencial venda fictícia (...) com vista a não ressarcir os trabalhadores dos salários e outros direitos". O deputado pretende que a Autoridade para as Condições de Trabalho investigue o caso, que seja aberto um processo de falência e arresto dos bens da ZS e que seja accionado o Fundo de Garantia Salarial para apoiar os trabalhadores. J.M.

O procedimento não é novo, mas, pelos vistos, vai-se tornando habitual: os 12 funcionários da ZS Mobiliário, uma empresa de Rebordosa, Paredes, deram com o nariz na porta quando, na segunda-feira, tentaram regressar ao trabalho depois de dois dias de férias concedidos pelos proprietários. As fechaduras das portas tinham sido mudadas e as máquinas terão mesmo sido retiradas das instalações.

A situação foi denunciada na sequência de uma visita efectuada pelo deputado Honório Novo, do PCP, o qual entregou já um requerimento na Assembleia da República. De acordo com os depoimentos recolhidos pelo parlamentar, as férias da empresa estavam marcadas para de Agosto, mas, na passada semana, terá sido comunicado aos funcionários que seriam concedidos dois dias de descanso antecipado, a 24 e 25 de Junho.

Nesse período, alguns trabalhadores vizinhos da fábrica terão constatado que os patrões estavam a retirar as máquinas das instalações. Os funcionários juntaram-se no local, para impedir que a fábrica ficasse sem aquele activo, mas, na segunda-feira, quando se apresentaram ao trabalho, já não puderam entrar, tendo também ficado credores dos salários de Maio e de Junho. As máquinas terão, entretanto, sido vendidas a outra empresa pertencente a um familiar dos actuais proprietários, sem que essa receita tenha sequer entrado nas contas da ZS.

No requerimento entregue no Parlamento, Honório Novo considera que a situação indicia uma "prática criminosa", com lock-out e uma "potencial venda fictícia (...) com vista a não ressarcir os trabalhadores dos salários e outros direitos". O deputado pretende que a Autoridade para as Condições de Trabalho investigue o caso, que seja aberto um processo de falência e arresto dos bens da ZS e que seja accionado o Fundo de Garantia Salarial para apoiar os trabalhadores. J.M.

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