o tempo das cerejas*: As eleições no PSD

06-08-2010
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A vitória da «gravitas»Os resultados das eleições para a liderança do PSD se ficam marcados pela de algum modo esperada vitória de Manuela Ferreira Leite ( que obteve 37.6% dos votos) também ficam indiscutivelmente marcados por uma ostensiva divisão eleitoral e proximidade de resultados (sobretudo tendo em conta que Passos Coelho atinge 31% e Santana Lopes 29,8%).Dito isto, é caso para dizer que, se não fosse a proximidade das eleições legislativas e a fome de poder que lavra no PSD, estariam em princípio criadas todas as condições para que a Manuela Ferreira Leite sucedesse pelo menos o mesmo que a Luís Filipe Menezes, por obra e graça dos seus opositores internos. Terá sido aliás provavelmente essa fome de poder e o facto de Manuel Ferreira Leite ser a única candidata com a «gravitas» julgada necessária para a (indirecta ou suposta) «candidatura a primeiro-ministro» que terão feito a diferença eleitoral no PSD, já que diferença de políticas não se viram entre os diversos candidatos nem se vêem substancialmente entre a vencedora e o governo do PS.Pelo meio disto tudo, não posso deixar de assinalar que, certamente contaminado pelas generalizadas inquietações que no «Eixo do Mal» tem sido expressas pela falta de oposição por parte do PSD, até Daniel Oliveira (mero deslize semântico ?) venha escrever no «arrastão»(*) que «Se Manuela Ferreira Leite perder as próximas eleições o PSD volta à crise. Ferreira Leite não ficará a liderar a oposição.»A velha e persistente mistificação de considerar o líder do maior partido da oposição como «líder da oposição» já chegou portanto lamentavelmente a pessoas do BE. E eu que julgava que, pelo menos para o pessoal de esquerda, tinha explicado tudo muito bem aqui. Peço desculpa por ofender tanta gente no dia do Senhor, mas estamos perto do grau zero do pensamento político quando não se consegue entender que, quando estão na oposição, os «líderes» do PS, do PSD, do PCP, do CDS, do BE e de «Os Verdes» lideram cada um o seu partido e não «a oposição», e isso já não é nada mau (pois no PSD nem isso muitas vezes acontece.(*)Actualização: devo informar que, entretanto, Daniel Oliveira rectificou o seu «post», o que só lhe fica bem, e passou a escrever antes «Ferreira Leite não ficará a liderar o maior partido da oposição».[sublinhado meu]


A vitória da «gravitas»Os resultados das eleições para a liderança do PSD se ficam marcados pela de algum modo esperada vitória de Manuela Ferreira Leite ( que obteve 37.6% dos votos) também ficam indiscutivelmente marcados por uma ostensiva divisão eleitoral e proximidade de resultados (sobretudo tendo em conta que Passos Coelho atinge 31% e Santana Lopes 29,8%).Dito isto, é caso para dizer que, se não fosse a proximidade das eleições legislativas e a fome de poder que lavra no PSD, estariam em princípio criadas todas as condições para que a Manuela Ferreira Leite sucedesse pelo menos o mesmo que a Luís Filipe Menezes, por obra e graça dos seus opositores internos. Terá sido aliás provavelmente essa fome de poder e o facto de Manuel Ferreira Leite ser a única candidata com a «gravitas» julgada necessária para a (indirecta ou suposta) «candidatura a primeiro-ministro» que terão feito a diferença eleitoral no PSD, já que diferença de políticas não se viram entre os diversos candidatos nem se vêem substancialmente entre a vencedora e o governo do PS.Pelo meio disto tudo, não posso deixar de assinalar que, certamente contaminado pelas generalizadas inquietações que no «Eixo do Mal» tem sido expressas pela falta de oposição por parte do PSD, até Daniel Oliveira (mero deslize semântico ?) venha escrever no «arrastão»(*) que «Se Manuela Ferreira Leite perder as próximas eleições o PSD volta à crise. Ferreira Leite não ficará a liderar a oposição.»A velha e persistente mistificação de considerar o líder do maior partido da oposição como «líder da oposição» já chegou portanto lamentavelmente a pessoas do BE. E eu que julgava que, pelo menos para o pessoal de esquerda, tinha explicado tudo muito bem aqui. Peço desculpa por ofender tanta gente no dia do Senhor, mas estamos perto do grau zero do pensamento político quando não se consegue entender que, quando estão na oposição, os «líderes» do PS, do PSD, do PCP, do CDS, do BE e de «Os Verdes» lideram cada um o seu partido e não «a oposição», e isso já não é nada mau (pois no PSD nem isso muitas vezes acontece.(*)Actualização: devo informar que, entretanto, Daniel Oliveira rectificou o seu «post», o que só lhe fica bem, e passou a escrever antes «Ferreira Leite não ficará a liderar o maior partido da oposição».[sublinhado meu]

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