A Cinco Tons: As marcas da Guerra Civil Espanhola a menos de uma hora de caminho

24-05-2011
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Fui alertado esta manhã, via SMS, para esta reportagem no "Público" sobre as memórias da Guerra Civil Espanhola, na zona de Badajoz. A mensagem foi-me enviada por Luísa Tiago de Oliveira, minha amiga há anos e das pessoas com quem mais fortes discussões devo ter tido sobre questões políticas. É uma intelectual séria e empenhada, com uma obra académica de relevo. Actualmente é professora de História Oral, no mestrado em História Moderna e Contemporânea do ISCTE.  E a excelente reportagem do jornalista Carlos Pessoa incide precisamente sobre uma visita dos alunos desse curso de mestrado aos "locais da memória" e às histórias de quem sobreviveu a este holocausto bem às nossas portas, mas de que há um desconhecimento quase generalizado. Quer de um, quer de outro lado da fronteira. É dito na reportagem: "O terror do franquismo condicionou duas gerações que o viveram na primeira pessoa e as marcas dessa manipulação não desapareceram com 30 anos de democracia." É verdade. Mas pior: a democracia ainda não fez com que as várias entidades ibéricas, políticas, culturais, sociais, etc., vencessem medos e desconhecimentos mútuos, um passo indispensável para uma posterior construção de espaços comuns, sejam eles de memória, sejam de futuro. Daí a importância de textos e reportagens como estes. Podem ser pequenos marcos ao longo de uma estrada que ainda falta muito para ser percorrida. Mas que um dia terá que acabar por sê-lo e o desconhecimento mútuo terá que ser substituído pela partilha de experiências e de projectos.


Fui alertado esta manhã, via SMS, para esta reportagem no "Público" sobre as memórias da Guerra Civil Espanhola, na zona de Badajoz. A mensagem foi-me enviada por Luísa Tiago de Oliveira, minha amiga há anos e das pessoas com quem mais fortes discussões devo ter tido sobre questões políticas. É uma intelectual séria e empenhada, com uma obra académica de relevo. Actualmente é professora de História Oral, no mestrado em História Moderna e Contemporânea do ISCTE.  E a excelente reportagem do jornalista Carlos Pessoa incide precisamente sobre uma visita dos alunos desse curso de mestrado aos "locais da memória" e às histórias de quem sobreviveu a este holocausto bem às nossas portas, mas de que há um desconhecimento quase generalizado. Quer de um, quer de outro lado da fronteira. É dito na reportagem: "O terror do franquismo condicionou duas gerações que o viveram na primeira pessoa e as marcas dessa manipulação não desapareceram com 30 anos de democracia." É verdade. Mas pior: a democracia ainda não fez com que as várias entidades ibéricas, políticas, culturais, sociais, etc., vencessem medos e desconhecimentos mútuos, um passo indispensável para uma posterior construção de espaços comuns, sejam eles de memória, sejam de futuro. Daí a importância de textos e reportagens como estes. Podem ser pequenos marcos ao longo de uma estrada que ainda falta muito para ser percorrida. Mas que um dia terá que acabar por sê-lo e o desconhecimento mútuo terá que ser substituído pela partilha de experiências e de projectos.

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