Os Verdes em Lisboa: Peritos prevêem tempestade social e ambiental

21-01-2011
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Uma ‘tempestade perfeita’ resultante da convergência das alterações climáticas, da degradação dos solos e de uma crise alimentar está para breve e colocará à prova a sobrevivência humana, alertaram quinta-feira peritos mundiais em desertificação, reunidos em Buenos Aires.O apelo aos governos para que adoptem ‘urgentemente’ medidas para controlar o fenómeno foi um dos denominadores comuns da I Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação, na capital argentina.Para a tempestade contribuirão ainda “uma crise da biodiversidade” e “uma crise populacional”, alertou o director do Instituto Internacional de Investigação de Cultivo para Zonas Tropicais Semi-Áridas. O investigador filipino afirmou que a degradação das terras - causada pelo clima mas também por práticas humanas como a agricultura intensiva não sustentável, “vai acabar por ter impacto na segurança alimentar” e na “sobrevivência das pessoas”.“Estamos a perder tempo. Não podemos continuar como até agora ou essa tempestade cai-nos em cima”. Na opinião do perito, o objectivo de reduzir para metade a fome até 2015 não será cumprido e a situação vai piorar porque as áreas de solo degradado estão a crescer à taxa de um por cento anual, com a consequente perda de produtividade. “Temos de proteger os recursos naturais para poder alimentar mais 2.000 a 3.000 milhões de pessoas até 2050”.Também presente no encontro, o director do Consórcio da Ciência Aplicada às Terras Secas para o Desenvolvimento, declarou que 41% das terras do planeta estão afectadas pela desertificação, sendo habitadas por 1.700 milhões de pessoas.“O que falta é vontade política”, afirmou o perito libanês, que solicitou aos governos maior investimento em ciência e tecnologia com vista ao desenvolvimento de sistemas de medição da degradação das terras e métodos para o uso sustentável do solo, em particular na agricultura e pecuária. “Os políticos devem convencer-se do custo de não fazer nada. É muito mais difícil inverter o processo de desertificação do que preveni-lo!”.Todas as recomendações dos cientistas serão abordadas pelo Comité de Ciência e Técnica da Convenção da ONU de Luta contra a Desertificação e pelo plenário da IX Conferência das Partes, que termina na próxima semana em Buenos Aires.Ver Lusa doc. nº 10158472, 25/09/2009 - 01:05


Uma ‘tempestade perfeita’ resultante da convergência das alterações climáticas, da degradação dos solos e de uma crise alimentar está para breve e colocará à prova a sobrevivência humana, alertaram quinta-feira peritos mundiais em desertificação, reunidos em Buenos Aires.O apelo aos governos para que adoptem ‘urgentemente’ medidas para controlar o fenómeno foi um dos denominadores comuns da I Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação, na capital argentina.Para a tempestade contribuirão ainda “uma crise da biodiversidade” e “uma crise populacional”, alertou o director do Instituto Internacional de Investigação de Cultivo para Zonas Tropicais Semi-Áridas. O investigador filipino afirmou que a degradação das terras - causada pelo clima mas também por práticas humanas como a agricultura intensiva não sustentável, “vai acabar por ter impacto na segurança alimentar” e na “sobrevivência das pessoas”.“Estamos a perder tempo. Não podemos continuar como até agora ou essa tempestade cai-nos em cima”. Na opinião do perito, o objectivo de reduzir para metade a fome até 2015 não será cumprido e a situação vai piorar porque as áreas de solo degradado estão a crescer à taxa de um por cento anual, com a consequente perda de produtividade. “Temos de proteger os recursos naturais para poder alimentar mais 2.000 a 3.000 milhões de pessoas até 2050”.Também presente no encontro, o director do Consórcio da Ciência Aplicada às Terras Secas para o Desenvolvimento, declarou que 41% das terras do planeta estão afectadas pela desertificação, sendo habitadas por 1.700 milhões de pessoas.“O que falta é vontade política”, afirmou o perito libanês, que solicitou aos governos maior investimento em ciência e tecnologia com vista ao desenvolvimento de sistemas de medição da degradação das terras e métodos para o uso sustentável do solo, em particular na agricultura e pecuária. “Os políticos devem convencer-se do custo de não fazer nada. É muito mais difícil inverter o processo de desertificação do que preveni-lo!”.Todas as recomendações dos cientistas serão abordadas pelo Comité de Ciência e Técnica da Convenção da ONU de Luta contra a Desertificação e pelo plenário da IX Conferência das Partes, que termina na próxima semana em Buenos Aires.Ver Lusa doc. nº 10158472, 25/09/2009 - 01:05

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