Jerónimo de Sousa acusa Sócrates de falta de coragem para desafiar poder económico

27-02-2011
marcar artigo

As declarações foram feitas durante o debate quinzenal na Assembleia da República, cujo tema, lançado por José Sócrates, foi o das políticas sociais.

“Desde Janeiro, [o Governo] cortou nas comparticipações na saúde 30 milhões de euros; despesas com pessoal, 8,2 por cento; abono de família, 16,8 por cento; subsídio de desemprego, 6,6 por cento; rendimento social de inserção, 23,9 por cento”, afirmou Jerónimo de Sousa, na sua intervenção no debate quinzenal na Assembleia da República.

O líder comunista condenou o que disse ser “a dependência e o silenciamento” de Sócrates perante “os lucros escandalosos, obscenos, tendo em conta as dificuldades que estão a exigir ao povo”.

“O senhor silencia, não diz nada, por falta de coragem de desafiar esse poder económico, que no tempo de crise não para de ver crescer os seus dividendos, uma ofensa a quem vive apenas do seu trabalho e da sua pensão”, disse Jerónimo de Sousa, que exortou o primeiro-ministro a calar “para sempre essa coisa de os sacrifícios serem para todos”.

E exemplificou com o caso da PT, cujos lucros “aumentaram no ano passado 8,3 vezes”, mas os impostos pagos foram de “apenas 78 milhões de euros, metade de 2009” - 186 milhões de euros, uma matéria em que não obteve resposta do primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, que tinha anteriormente anunciado cinco medidas para os jovens estagiários, entre as quais a garantia da inclusão no sistema social, criticou Jerónimo de Sousa por “insistir nessa cassete” e perguntou se o PCP “quer enganar os portugueses”, lembrando os cortes nos salários acima de 1500 euros e que atingiram reduções de 10 por cento nas remunerações mais elevadas, uma medida do Governo para “agir com justiça e distribuir com equidade os esforços”.

José Sócrates anunciou também que iriam ser abertos 50 mil estágios profissionais. Para Luís Filipe Meneses esta é uma forma de “gastar dinheiro inutilmente”, considerou hoje o ex-líder do PSD, defendendo que se deve apostar em formação complementar compatível com o mercado de trabalho.

“É o que se chama álcool em cima de fogo, ou deitar dinheiro em cima dos problemas. É gastar dinheiro inutilmente”, afirmou hoje o presidente da Câmara de Gaia à margem da cerimónia de inauguração da segunda fase da Marginal Atlântica entre as praias de Salgueiros e Madalena.

Para Menezes, seria mais útil “se pegassem nesse dinheiro e dessem uma formação complementar aos jovens que lhes permitisse um outro caminho no futuro, ser competitivos no mercado de trabalho, isso sim”.

Já Heloísa Apolónia, deputada ecologista, condenou hoje no Parlamento a construção da barragem do Tua, que considerou como um “crime ambiental e de mobilidade”.

“A barragem é um investimento que vai dar muitas oportunidades de emprego a muita empresa, essencial para a política energética do país, para reduzir a dependência do petróleo, e vai dar muito emprego e a muitos jovens”, defendeu o primeiro-ministro, que na semana passada lançou a primeira pedra para a construção da barragem.

Mas a deputada do Partido Ecologista Os Verdes considerou que esta é antes a “primeira pedrada na linha ferroviária do Tua, na navegabilidade do Douro, no Alto Douro Vinhateiro”.

Heloísa Apolónia considerou que, tal como a barragem do Sabor, a infra-estrutura vai da destruir o desenvolvimento e o potencial de desenvolvimento concreto das regiões. “Já contabilizou quantos empregos se podem perder com a perda de potencial de desenvolvimento turístico e agrícola da região?”, questionou.

As declarações foram feitas durante o debate quinzenal na Assembleia da República, cujo tema, lançado por José Sócrates, foi o das políticas sociais.

“Desde Janeiro, [o Governo] cortou nas comparticipações na saúde 30 milhões de euros; despesas com pessoal, 8,2 por cento; abono de família, 16,8 por cento; subsídio de desemprego, 6,6 por cento; rendimento social de inserção, 23,9 por cento”, afirmou Jerónimo de Sousa, na sua intervenção no debate quinzenal na Assembleia da República.

O líder comunista condenou o que disse ser “a dependência e o silenciamento” de Sócrates perante “os lucros escandalosos, obscenos, tendo em conta as dificuldades que estão a exigir ao povo”.

“O senhor silencia, não diz nada, por falta de coragem de desafiar esse poder económico, que no tempo de crise não para de ver crescer os seus dividendos, uma ofensa a quem vive apenas do seu trabalho e da sua pensão”, disse Jerónimo de Sousa, que exortou o primeiro-ministro a calar “para sempre essa coisa de os sacrifícios serem para todos”.

E exemplificou com o caso da PT, cujos lucros “aumentaram no ano passado 8,3 vezes”, mas os impostos pagos foram de “apenas 78 milhões de euros, metade de 2009” - 186 milhões de euros, uma matéria em que não obteve resposta do primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, que tinha anteriormente anunciado cinco medidas para os jovens estagiários, entre as quais a garantia da inclusão no sistema social, criticou Jerónimo de Sousa por “insistir nessa cassete” e perguntou se o PCP “quer enganar os portugueses”, lembrando os cortes nos salários acima de 1500 euros e que atingiram reduções de 10 por cento nas remunerações mais elevadas, uma medida do Governo para “agir com justiça e distribuir com equidade os esforços”.

José Sócrates anunciou também que iriam ser abertos 50 mil estágios profissionais. Para Luís Filipe Meneses esta é uma forma de “gastar dinheiro inutilmente”, considerou hoje o ex-líder do PSD, defendendo que se deve apostar em formação complementar compatível com o mercado de trabalho.

“É o que se chama álcool em cima de fogo, ou deitar dinheiro em cima dos problemas. É gastar dinheiro inutilmente”, afirmou hoje o presidente da Câmara de Gaia à margem da cerimónia de inauguração da segunda fase da Marginal Atlântica entre as praias de Salgueiros e Madalena.

Para Menezes, seria mais útil “se pegassem nesse dinheiro e dessem uma formação complementar aos jovens que lhes permitisse um outro caminho no futuro, ser competitivos no mercado de trabalho, isso sim”.

Já Heloísa Apolónia, deputada ecologista, condenou hoje no Parlamento a construção da barragem do Tua, que considerou como um “crime ambiental e de mobilidade”.

“A barragem é um investimento que vai dar muitas oportunidades de emprego a muita empresa, essencial para a política energética do país, para reduzir a dependência do petróleo, e vai dar muito emprego e a muitos jovens”, defendeu o primeiro-ministro, que na semana passada lançou a primeira pedra para a construção da barragem.

Mas a deputada do Partido Ecologista Os Verdes considerou que esta é antes a “primeira pedrada na linha ferroviária do Tua, na navegabilidade do Douro, no Alto Douro Vinhateiro”.

Heloísa Apolónia considerou que, tal como a barragem do Sabor, a infra-estrutura vai da destruir o desenvolvimento e o potencial de desenvolvimento concreto das regiões. “Já contabilizou quantos empregos se podem perder com a perda de potencial de desenvolvimento turístico e agrícola da região?”, questionou.

marcar artigo