Alegre: Cavaco só teve cooperação estratégica com a oposição nos casos das escutas e asfixia democrática

15-12-2010
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Manuel Alegre falava perante apoiantes num jantar no Mercado da Ribeira, em Lisboa, num discurso em que apelou à mobilização de toda a esquerda em torno da sua candidatura e a um combate aos indecisos e à abstenção nas próximas eleições presidenciais, a 23 de Janeiro.

Ao longo do seu discurso, Alegre, apoiado pelo PS e BE, procurou vincar diferenças entre o seu percurso pessoal e o do Presidente a República.

“Há diferentes visões do que é a função presidencial, porque o Presidente da República é um moderador e deve ser um mediador político e social. Eu tenho capacidade para ser um mediador social porque posso reunir com a CGTP, com a UGT e com a CIP [Confederação da Indústria Portuguesa] e porque sou capaz de falar com todas as forças políticas, sendo uma ponte de diálogo”, argumentou.

Em contraponto, Cavaco Silva, segundo Alegre, “errou na interpretação teórica dos poderes presidenciais, quando falou em cooperação estratégica”.

“Não houve cooperação estratégica. Aliás, as únicas vezes que houve cooperação estratégica não foi entre o Presidente e o Governo, mas entre o Presidente e a oposição quando se falava em asfixia democrática e ele veio com o problema das escutas”, declarou, recebendo palmas, sobretudo dos militantes socialistas.

Na sua intervenção, o candidato presidencial voltou a dizer que consigo na Presidência “ninguém toca no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública e nos direitos do trabalhadores”, caracterizando o actual Chefe de Estado como “um conservador” e “um seguidista” face à economia neoliberal.

Em outros pontos, Alegre recusou a existência de vencedores antecipados, manifestou a sua convicção de que forçará Cavaco Silva a uma segunda volta e falou das diferenças entre si e o Presidente da República ao nível do passado político.

“Não julgo nem condeno ninguém pelo seu passado, mas há uma diferença entre os que lutaram no passado e os que não lutaram. Não é desonra, não é crime, não é vergonha não se ter lutado, mas eu fui toda a vida um lutador político e social -- e Portugal precisa na Presidência da República de um lutador político, capaz de defender o Estado democrático e social”, declarou.

No primeiro discurso da noite, a cargo de Daniel Sampaio, mandatário para o distrito de Lisboa, surgiu um ataque cerrado ao actual Chefe de Estado.

Para o responsável da candidatura de Alegre, o único adversário nas eleições presidenciais será Cavaco Silva.

“Os apoiantes de Cavaco Silva pretendem fazer passar a ideia de que as eleições estão ganhas e temos de contrariar esta ideia. Há também uma crítica velada de Cavaco Silva aos políticos, como se ele não fossem político e não estivesse já há tantos anos no poder”, acusou.

Daniel Sampaio acusou ainda o Presidente da República de ser “a negação do debate” e de se afastar da “essência da democracia”.

“Cavaco Silva representa a sociedade conservadora, sem dimensão cultural. Temos um Presidente da República que não sabe usar a informática, mas sempre que se lhe pede uma opinião remete para o seu site”, acrescentou, provocando risos na sala.

No jantar de apoio a Alegre compareceram vários deputados do Bloco de Esquerda, casos de Jorge Costa, José Guilherme Gusmão, Helena Pinto e Pedro Soares, assim como o líder parlamentar, José Manuel Pureza.

Da parte do PS compareceram no jantar o ex-ministro Mário Lino, o governador civil de Lisboa, António Galamba, o ministro da Justiça, Alberto Martins, Marcos Perestrello (líder da FAUL), Vera Jardim, Susana Amador (presidente da Câmara de Odivelas), Maria da Luz Rosinha (presidente da autarquia de Vila Franca de Xira), Carlos Teixeira (presidente da Câmara de Loures), Joaquim Raposo (presidente da Câmara da Amadora) e Maria de Belém (mandatária nacional da candidatura).

Manuel Alegre falava perante apoiantes num jantar no Mercado da Ribeira, em Lisboa, num discurso em que apelou à mobilização de toda a esquerda em torno da sua candidatura e a um combate aos indecisos e à abstenção nas próximas eleições presidenciais, a 23 de Janeiro.

Ao longo do seu discurso, Alegre, apoiado pelo PS e BE, procurou vincar diferenças entre o seu percurso pessoal e o do Presidente a República.

“Há diferentes visões do que é a função presidencial, porque o Presidente da República é um moderador e deve ser um mediador político e social. Eu tenho capacidade para ser um mediador social porque posso reunir com a CGTP, com a UGT e com a CIP [Confederação da Indústria Portuguesa] e porque sou capaz de falar com todas as forças políticas, sendo uma ponte de diálogo”, argumentou.

Em contraponto, Cavaco Silva, segundo Alegre, “errou na interpretação teórica dos poderes presidenciais, quando falou em cooperação estratégica”.

“Não houve cooperação estratégica. Aliás, as únicas vezes que houve cooperação estratégica não foi entre o Presidente e o Governo, mas entre o Presidente e a oposição quando se falava em asfixia democrática e ele veio com o problema das escutas”, declarou, recebendo palmas, sobretudo dos militantes socialistas.

Na sua intervenção, o candidato presidencial voltou a dizer que consigo na Presidência “ninguém toca no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública e nos direitos do trabalhadores”, caracterizando o actual Chefe de Estado como “um conservador” e “um seguidista” face à economia neoliberal.

Em outros pontos, Alegre recusou a existência de vencedores antecipados, manifestou a sua convicção de que forçará Cavaco Silva a uma segunda volta e falou das diferenças entre si e o Presidente da República ao nível do passado político.

“Não julgo nem condeno ninguém pelo seu passado, mas há uma diferença entre os que lutaram no passado e os que não lutaram. Não é desonra, não é crime, não é vergonha não se ter lutado, mas eu fui toda a vida um lutador político e social -- e Portugal precisa na Presidência da República de um lutador político, capaz de defender o Estado democrático e social”, declarou.

No primeiro discurso da noite, a cargo de Daniel Sampaio, mandatário para o distrito de Lisboa, surgiu um ataque cerrado ao actual Chefe de Estado.

Para o responsável da candidatura de Alegre, o único adversário nas eleições presidenciais será Cavaco Silva.

“Os apoiantes de Cavaco Silva pretendem fazer passar a ideia de que as eleições estão ganhas e temos de contrariar esta ideia. Há também uma crítica velada de Cavaco Silva aos políticos, como se ele não fossem político e não estivesse já há tantos anos no poder”, acusou.

Daniel Sampaio acusou ainda o Presidente da República de ser “a negação do debate” e de se afastar da “essência da democracia”.

“Cavaco Silva representa a sociedade conservadora, sem dimensão cultural. Temos um Presidente da República que não sabe usar a informática, mas sempre que se lhe pede uma opinião remete para o seu site”, acrescentou, provocando risos na sala.

No jantar de apoio a Alegre compareceram vários deputados do Bloco de Esquerda, casos de Jorge Costa, José Guilherme Gusmão, Helena Pinto e Pedro Soares, assim como o líder parlamentar, José Manuel Pureza.

Da parte do PS compareceram no jantar o ex-ministro Mário Lino, o governador civil de Lisboa, António Galamba, o ministro da Justiça, Alberto Martins, Marcos Perestrello (líder da FAUL), Vera Jardim, Susana Amador (presidente da Câmara de Odivelas), Maria da Luz Rosinha (presidente da autarquia de Vila Franca de Xira), Carlos Teixeira (presidente da Câmara de Loures), Joaquim Raposo (presidente da Câmara da Amadora) e Maria de Belém (mandatária nacional da candidatura).

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