LOURES / ODIVELAS: 11 de Setembro, para que não se esqueça…

18-12-2009
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Nesta altura do ano, não se fala noutra coisa que não seja o 11 de Setembro de 2001, data em que 2 aviões colidiram com as torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. Recordo também uma outra tragédia que no mesmo dia, em 1973, se abateu sobre o Chile.Em 1970 Salvador Allende vence as eleições presidenciais no Chile. O seu projecto é acabar com um Chile rico mas cheio de gente pobre. Por via legal, combate os «donos» das riquezas do país, o endividamento e a dependência do capital estrangeiro, o desemprego, a subalimentação e a fome. Depressa enfrenta o boicote e a sabotagem dos meios financeiros nacionais e internacionais e a hostilidade das classes médias e do poderoso vizinho do norte, os EUA.Ler aqui: DOSSIER – Golpe no Chile 11 Setembro 1973Ler e ouvir: Último discurso de Salvador Allende"Yo pisaré las calles nuevamente" homenaje a SalvadorUm golpe contra os trabalhadores e o povoRelembramos alguns factos e lições cruciais na memória histórica da classe operária a 35 anos do sangrento golpe patronal encabeçado por Augusto Pinochet.“A História é nossa, e fazem-na os povos”O Presidente Allende, em 11 de Setembro de 1973A 11 de Setembro de 1973 foi orquestrado o sangrento golpe de Estado no Chile, no qual Pinochet, a patronal, os militares, o imperialismo americano, a igreja, os media, a justiça e a direita junto à Democracia Cristã (DC) – partido patronal com peso nas classes médias–, organizaram-se contra os trabalhadores e o povo pobre, os verdadeiros protagonistas da ascensão dos anos 70, culminando na queda do governo da Unidade Popular (UP) e Salvador Allende. Seu objectivo foi liquidar a possibilidade histórica de que os trabalhadores avançassem na experiência com os Cordões Industriais, como organismos de auto-organização e de poder operário, e em progressivo questionamento ao governo de Allende e da UP, que em três anos, começava a mostrar que sua política de via pacífica ao socialismo almejava a conciliação de classes e não a luta por uma república de trabalhadores, sem patrões."Quando, nos momentos mais duros dos nossos mil dias, a provocação do fascismo, da direita, do imperialismo ianque, fazia com que a ira se instalasse perigosamente nos nossos ânimos, o companheiro Presidente aconselhava-nos: "Vão para vossas casas, beijem as vossas mulheres, acariciem os vossos filhos." Agora, a trinta e cinco anos da grande traição, que a proximidade dos nossos, que a recordação dos que faltam, e o orgulho de tudo o que fizemos sejam os grandes convocantes do que devemos lembrar. Que as palavras "Companheira" e "Companheiro" soem como uma carícia, e bebamos com orgulho o vinho digno das mulheres e dos homens que deram tudo, que deram tudo pensando que não era o suficiente."Ler aqui: DOSSIER – Golpe no Chile 11 Setembro 1973Ler e ouvir: Último discurso de Salvador AllendeOuvir aqui, as canções de Victor Jara assassinado a 16 Setembro de 1973 na sequência do golpe militar no Chile.


Nesta altura do ano, não se fala noutra coisa que não seja o 11 de Setembro de 2001, data em que 2 aviões colidiram com as torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. Recordo também uma outra tragédia que no mesmo dia, em 1973, se abateu sobre o Chile.Em 1970 Salvador Allende vence as eleições presidenciais no Chile. O seu projecto é acabar com um Chile rico mas cheio de gente pobre. Por via legal, combate os «donos» das riquezas do país, o endividamento e a dependência do capital estrangeiro, o desemprego, a subalimentação e a fome. Depressa enfrenta o boicote e a sabotagem dos meios financeiros nacionais e internacionais e a hostilidade das classes médias e do poderoso vizinho do norte, os EUA.Ler aqui: DOSSIER – Golpe no Chile 11 Setembro 1973Ler e ouvir: Último discurso de Salvador Allende"Yo pisaré las calles nuevamente" homenaje a SalvadorUm golpe contra os trabalhadores e o povoRelembramos alguns factos e lições cruciais na memória histórica da classe operária a 35 anos do sangrento golpe patronal encabeçado por Augusto Pinochet.“A História é nossa, e fazem-na os povos”O Presidente Allende, em 11 de Setembro de 1973A 11 de Setembro de 1973 foi orquestrado o sangrento golpe de Estado no Chile, no qual Pinochet, a patronal, os militares, o imperialismo americano, a igreja, os media, a justiça e a direita junto à Democracia Cristã (DC) – partido patronal com peso nas classes médias–, organizaram-se contra os trabalhadores e o povo pobre, os verdadeiros protagonistas da ascensão dos anos 70, culminando na queda do governo da Unidade Popular (UP) e Salvador Allende. Seu objectivo foi liquidar a possibilidade histórica de que os trabalhadores avançassem na experiência com os Cordões Industriais, como organismos de auto-organização e de poder operário, e em progressivo questionamento ao governo de Allende e da UP, que em três anos, começava a mostrar que sua política de via pacífica ao socialismo almejava a conciliação de classes e não a luta por uma república de trabalhadores, sem patrões."Quando, nos momentos mais duros dos nossos mil dias, a provocação do fascismo, da direita, do imperialismo ianque, fazia com que a ira se instalasse perigosamente nos nossos ânimos, o companheiro Presidente aconselhava-nos: "Vão para vossas casas, beijem as vossas mulheres, acariciem os vossos filhos." Agora, a trinta e cinco anos da grande traição, que a proximidade dos nossos, que a recordação dos que faltam, e o orgulho de tudo o que fizemos sejam os grandes convocantes do que devemos lembrar. Que as palavras "Companheira" e "Companheiro" soem como uma carícia, e bebamos com orgulho o vinho digno das mulheres e dos homens que deram tudo, que deram tudo pensando que não era o suficiente."Ler aqui: DOSSIER – Golpe no Chile 11 Setembro 1973Ler e ouvir: Último discurso de Salvador AllendeOuvir aqui, as canções de Victor Jara assassinado a 16 Setembro de 1973 na sequência do golpe militar no Chile.

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