Cavaco realça "situação insustentável" da economia nacional e apela à mobilização

12-04-2010
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O Presidente da República considera que a economia portuguesa chegou a "uma situação indesejável e insustentável" e que a sua "gravidade exige acção imediata". No prefácio do livro Roteiros IV - onde o chefe de Estado reúne as intervenções que fez no seu quarto ano de mandato -, publicado ontem no Jornal de Notícias, Cavaco Silva traça o panorama complicado que o país atravessa actualmente em termos económicos e sociais e apela à mobilização dos cidadãos e do tecido empresarial.

Cavaco parece sentir necessidade de justificar algumas críticas públicas mais duras ao Governo, lembrando que o Presidente da República "deve contribuir para um diagnóstico correcto e aprofundado das dificuldades e das oportunidades que a economia e a sociedade portuguesas enfrentam", mas também para a criação de "um ambiente propício à implementação das reformas estruturais" necessárias. Lembra que nos últimos anos a economia portuguesa tem "divergido sistematicamente", cita o patamar "historicamente muito elevado" do desemprego, o aumento da pobreza e da exclusão social, o agravamento da dívida pública, o endividamento das famílias e as dificuldades competitivas das empresas e da economia.

Mas, no texto, que é quase uma aula alargada de macroeconomia, Cavaco Silva insta o país a mobilizar-se com determinação urgentemente. "É essencial olharmos para além da actual crise. Evitando a repetição dos erros cometidos no passado, unindo esforços, mobilizando vontades", escreve. Defende que deve ser apresentado "um plano claro e credível de redução do défice e da dívida pública até 2013", e que as políticas públicas devem ser definidas "em função do seu contributo para o aumento da competitividade externa", ao mesmo tempo que se devem manter, mas tornar mais eficientes, as medidas de política social.

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O Presidente da República defende ainda o apoio às pequenas e médias empresas e a aposta do desenvolvimento local, sem esquecer que a recuperação económica deve ser encarada também "com uma perspectiva estrutural", e que é fulcral que o país mude para uma "cultura que busque o mérito, a inovação e a excelência".

Embora concordem com o cenário traçado por Cavaco, o PCP e o Bloco de Esquerda dizem que o Presidente também tem "responsabilidade" na situação do país ao ter apoiado decisões fundamentais do Governo que conduziram o país à "instabilidade profunda do ponto de vista económico e social", lembram a bloquista Helena Pinto e o comunista Rui Fernandes.

Já o líder parlamentar do CDS, Pedro Mota Soares, diz que Cavaco "fez um discurso de absoluto realismo" e destaca "quatro pontos" essenciais: o crescimento económico, os apoios sociais, o endividamento do Estado e o "problema da produtividade". "O CDS tem dito que o que é essencial é ter um modelo de crescimento económico assente nas micro, pequenas e médias empresas", destaca.

O Presidente da República considera que a economia portuguesa chegou a "uma situação indesejável e insustentável" e que a sua "gravidade exige acção imediata". No prefácio do livro Roteiros IV - onde o chefe de Estado reúne as intervenções que fez no seu quarto ano de mandato -, publicado ontem no Jornal de Notícias, Cavaco Silva traça o panorama complicado que o país atravessa actualmente em termos económicos e sociais e apela à mobilização dos cidadãos e do tecido empresarial.

Cavaco parece sentir necessidade de justificar algumas críticas públicas mais duras ao Governo, lembrando que o Presidente da República "deve contribuir para um diagnóstico correcto e aprofundado das dificuldades e das oportunidades que a economia e a sociedade portuguesas enfrentam", mas também para a criação de "um ambiente propício à implementação das reformas estruturais" necessárias. Lembra que nos últimos anos a economia portuguesa tem "divergido sistematicamente", cita o patamar "historicamente muito elevado" do desemprego, o aumento da pobreza e da exclusão social, o agravamento da dívida pública, o endividamento das famílias e as dificuldades competitivas das empresas e da economia.

Mas, no texto, que é quase uma aula alargada de macroeconomia, Cavaco Silva insta o país a mobilizar-se com determinação urgentemente. "É essencial olharmos para além da actual crise. Evitando a repetição dos erros cometidos no passado, unindo esforços, mobilizando vontades", escreve. Defende que deve ser apresentado "um plano claro e credível de redução do défice e da dívida pública até 2013", e que as políticas públicas devem ser definidas "em função do seu contributo para o aumento da competitividade externa", ao mesmo tempo que se devem manter, mas tornar mais eficientes, as medidas de política social.

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O Presidente da República defende ainda o apoio às pequenas e médias empresas e a aposta do desenvolvimento local, sem esquecer que a recuperação económica deve ser encarada também "com uma perspectiva estrutural", e que é fulcral que o país mude para uma "cultura que busque o mérito, a inovação e a excelência".

Embora concordem com o cenário traçado por Cavaco, o PCP e o Bloco de Esquerda dizem que o Presidente também tem "responsabilidade" na situação do país ao ter apoiado decisões fundamentais do Governo que conduziram o país à "instabilidade profunda do ponto de vista económico e social", lembram a bloquista Helena Pinto e o comunista Rui Fernandes.

Já o líder parlamentar do CDS, Pedro Mota Soares, diz que Cavaco "fez um discurso de absoluto realismo" e destaca "quatro pontos" essenciais: o crescimento económico, os apoios sociais, o endividamento do Estado e o "problema da produtividade". "O CDS tem dito que o que é essencial é ter um modelo de crescimento económico assente nas micro, pequenas e médias empresas", destaca.

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