nortadas: Voto Roubado!

23-01-2011
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Sobre o deputado José Paulo Carvalho (JPC), no texto anterior não o posso incluir, mas pelas piores razões. Sou eleitor no Porto e quando votei no CDS não votei especificamente nele para me representar. Aliás, só foram eleitos 2 deputados por este círculo, sendo ele o 4º. Perante a sua atitude, questiono-me agora se ele acha que o resultado que o CDS obteve no Porto se deve à sua presença num lugar não elegível, ou, se, por outro lado, as pessoas votaram no CDS sob a liderança de Paulo Portas. Será, por ventura, importante obter este esclarecimento perante a pessoa em questão…Relembro que José Paulo Carvalho foi uma “criação política” de Paulo Portas (PP), e que se hoje tem alguma visibilidade e protagonismo a ele o deve. Mais ainda, JPC não existia na vida política portuguesa, ao ponto de ter sido uma imposição de Portas às estruturas concelhia e distrital do Porto, que tudo fizeram para o excluir. Se hoje tomou esta decisão, foi porque Portas lhe deu “pernas para andar” na Política. No futuro, e terminado este mandato, resta-nos esperar para observar o seu protagonismo e notoriedade na Política em Portugal.Voltando um pouco atrás, há época em que Manuel Monteiro presidia ao CDS/PP, recordo que existiam vários deputados que não se reviam naquele CDS/PP. E o que aconteceu? Ao contrário de José Paulo Carvalho, continuaram militantes no partido mas saíram do Parlamento! Este sim foi um comportamento correcto de pessoas como Paulo Portas, António Lobo Xavier, Manuel Silva Carvalho e Manuela Moura Guedes (que julgo nunca ter sido militante). Para José Paulo Carvalho, a visão e forma de estar (que confesso que desconhecia até ontem) leva a crer o contrário: sair do partido que o elegeu, mas manter o palco.Além disso, não se conhece a José Paulo Carvalho grandes divergências com a linha de acção política deste Grupo Parlamentar, nem tão pouco que tenha votado contra a actual liderança protagonizada, e muito bem, por Diogo Feio.Outra questão que foi levantada tem a ver com a suposta semelhança com o caso da deputada Luísa Mesquita (LM). Mas aqui ficamos mesmo só pela suposta, porque nem vale a pena alongar muito. Lembro que ela foi mesmo saneada. Lembro que o grupo Parlamentar do PCP não a queria lá e fê-lo saber publicamente. Lembro que o Comité Central não a quis lá e usou da "liberdade de censura" comunista. Alguém vê similaridades? Eu confesso que não, apesar de achar que, mesmo assim, LM também deveria ter saído.O José Paulo Carvalho que me desculpe pela dureza, mas sinto o meu voto como eleitor no Porto defraudado, não me sinto em absolutamente nada representado por esta “independência”, confesso que sinto que o meu voto me foi roubado com a atitude de ontem. E faço esta referencia, porque votei no CDS e agora existe um deputado independente que usa e abusa do meu voto e nem me pede autorização para o utilizar em seu proveito próprio. Termino, sem ter resposta para algumas questões: - O que vai acontecer ao meu voto quando o CDS defender uma política que eu concordo e ele discorda? - O que vou sentir perante o meu voto quando ele criticar o partido em que votei, estando ele a usar do meu voto para o criticar?- Nas próximas eleições é altura de julgar o meu voto. Quem responde perante esta questão nas urnas, o CDS ou o José Paulo Carvalho?- Ele não sufragou nenhum programa político. Quais são linhas programáticas da sua acção política para o resto do mandato e o que defende?- Acordos com o PS, PSD, PCP ou BE vão existir?


Sobre o deputado José Paulo Carvalho (JPC), no texto anterior não o posso incluir, mas pelas piores razões. Sou eleitor no Porto e quando votei no CDS não votei especificamente nele para me representar. Aliás, só foram eleitos 2 deputados por este círculo, sendo ele o 4º. Perante a sua atitude, questiono-me agora se ele acha que o resultado que o CDS obteve no Porto se deve à sua presença num lugar não elegível, ou, se, por outro lado, as pessoas votaram no CDS sob a liderança de Paulo Portas. Será, por ventura, importante obter este esclarecimento perante a pessoa em questão…Relembro que José Paulo Carvalho foi uma “criação política” de Paulo Portas (PP), e que se hoje tem alguma visibilidade e protagonismo a ele o deve. Mais ainda, JPC não existia na vida política portuguesa, ao ponto de ter sido uma imposição de Portas às estruturas concelhia e distrital do Porto, que tudo fizeram para o excluir. Se hoje tomou esta decisão, foi porque Portas lhe deu “pernas para andar” na Política. No futuro, e terminado este mandato, resta-nos esperar para observar o seu protagonismo e notoriedade na Política em Portugal.Voltando um pouco atrás, há época em que Manuel Monteiro presidia ao CDS/PP, recordo que existiam vários deputados que não se reviam naquele CDS/PP. E o que aconteceu? Ao contrário de José Paulo Carvalho, continuaram militantes no partido mas saíram do Parlamento! Este sim foi um comportamento correcto de pessoas como Paulo Portas, António Lobo Xavier, Manuel Silva Carvalho e Manuela Moura Guedes (que julgo nunca ter sido militante). Para José Paulo Carvalho, a visão e forma de estar (que confesso que desconhecia até ontem) leva a crer o contrário: sair do partido que o elegeu, mas manter o palco.Além disso, não se conhece a José Paulo Carvalho grandes divergências com a linha de acção política deste Grupo Parlamentar, nem tão pouco que tenha votado contra a actual liderança protagonizada, e muito bem, por Diogo Feio.Outra questão que foi levantada tem a ver com a suposta semelhança com o caso da deputada Luísa Mesquita (LM). Mas aqui ficamos mesmo só pela suposta, porque nem vale a pena alongar muito. Lembro que ela foi mesmo saneada. Lembro que o grupo Parlamentar do PCP não a queria lá e fê-lo saber publicamente. Lembro que o Comité Central não a quis lá e usou da "liberdade de censura" comunista. Alguém vê similaridades? Eu confesso que não, apesar de achar que, mesmo assim, LM também deveria ter saído.O José Paulo Carvalho que me desculpe pela dureza, mas sinto o meu voto como eleitor no Porto defraudado, não me sinto em absolutamente nada representado por esta “independência”, confesso que sinto que o meu voto me foi roubado com a atitude de ontem. E faço esta referencia, porque votei no CDS e agora existe um deputado independente que usa e abusa do meu voto e nem me pede autorização para o utilizar em seu proveito próprio. Termino, sem ter resposta para algumas questões: - O que vai acontecer ao meu voto quando o CDS defender uma política que eu concordo e ele discorda? - O que vou sentir perante o meu voto quando ele criticar o partido em que votei, estando ele a usar do meu voto para o criticar?- Nas próximas eleições é altura de julgar o meu voto. Quem responde perante esta questão nas urnas, o CDS ou o José Paulo Carvalho?- Ele não sufragou nenhum programa político. Quais são linhas programáticas da sua acção política para o resto do mandato e o que defende?- Acordos com o PS, PSD, PCP ou BE vão existir?

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