Partidos da oposição criticam decisão por razões diferentes

22-09-2010
marcar artigo

A decisão de anular o concurso do troço Lisboa-Poceirão do TGV dividiu o Parlamento. À direita, PSD e CDS reclamaram ter razão antecipadamente, quando há meses contestaram estes grandes investimentos públicos por falta de condições financeiras; à esquerda, BE e PCP lamentaram a suspensão do projecto.

"O PSD sempre disse que o país não tinha condições financeiras para este projecto. O Governo chega tarde e a más horas a este processo e chega com o argumento de que não há condições financeiras", afirmou o deputado Jorge Costa, lembrando que "o Governo cada vez que vai a Bruxelas toma este tipo de decisões". Para o social-democrata não faz sentido construir a linha Caia-Poceirão, que "a fazer-se ficará ali no meio de nenhures".

O mesmo argumento foi usado por Paulo Portas, líder do CDS, que vai pedir um debate de urgência no Parlamento sobre este assunto. "Quem é que vai apanhar o TGV ao Poceirão e quem é que vai desembarcar no Poceirão sem ter maneira de chegar a Lisboa?", observou Portas, condenando ainda a intenção do Governo em voltar a lançar o concurso daqui a seis meses. "Alguém acredita que daqui a alguns meses a situação portuguesa estará melhor, o rating da República ou o nível de endividamento estarão melhores?", questionou o líder centrista, lembrando que "ninguém conhece os contratos em concreto".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

À esquerda, BE e PCP lembraram que a anulação ontem conhecida é uma confirmação de uma decisão de há quatro meses. O deputado bloquista Heitor Sousa criticou a opção do executivo. "Quando o Governo está confrontado com uma escolha de investimento, prefere o despesismo e o investimento inútil - como é o caso dos submarinos, que custarão 1100 milhões de euros - do que o investimento na economia e no emprego", acusou.

O deputado Bruno Dias, do PCP, defendeu que se trata "de um projecto indispensável" e que deveria avançar "sem demoras". Até porque "seria ridículo que Portugal tivesse uma linha de alta velocidade a acabar no Poceirão".

O PS, pela voz da deputada Ana Paula Vitorino, considerou o alarido em torno da anulação do concurso um fait-divers, uma vez que se trata de uma formalização de uma decisão tomada desde Maio e que "não coloca em causa o projecto".

A decisão de anular o concurso do troço Lisboa-Poceirão do TGV dividiu o Parlamento. À direita, PSD e CDS reclamaram ter razão antecipadamente, quando há meses contestaram estes grandes investimentos públicos por falta de condições financeiras; à esquerda, BE e PCP lamentaram a suspensão do projecto.

"O PSD sempre disse que o país não tinha condições financeiras para este projecto. O Governo chega tarde e a más horas a este processo e chega com o argumento de que não há condições financeiras", afirmou o deputado Jorge Costa, lembrando que "o Governo cada vez que vai a Bruxelas toma este tipo de decisões". Para o social-democrata não faz sentido construir a linha Caia-Poceirão, que "a fazer-se ficará ali no meio de nenhures".

O mesmo argumento foi usado por Paulo Portas, líder do CDS, que vai pedir um debate de urgência no Parlamento sobre este assunto. "Quem é que vai apanhar o TGV ao Poceirão e quem é que vai desembarcar no Poceirão sem ter maneira de chegar a Lisboa?", observou Portas, condenando ainda a intenção do Governo em voltar a lançar o concurso daqui a seis meses. "Alguém acredita que daqui a alguns meses a situação portuguesa estará melhor, o rating da República ou o nível de endividamento estarão melhores?", questionou o líder centrista, lembrando que "ninguém conhece os contratos em concreto".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

À esquerda, BE e PCP lembraram que a anulação ontem conhecida é uma confirmação de uma decisão de há quatro meses. O deputado bloquista Heitor Sousa criticou a opção do executivo. "Quando o Governo está confrontado com uma escolha de investimento, prefere o despesismo e o investimento inútil - como é o caso dos submarinos, que custarão 1100 milhões de euros - do que o investimento na economia e no emprego", acusou.

O deputado Bruno Dias, do PCP, defendeu que se trata "de um projecto indispensável" e que deveria avançar "sem demoras". Até porque "seria ridículo que Portugal tivesse uma linha de alta velocidade a acabar no Poceirão".

O PS, pela voz da deputada Ana Paula Vitorino, considerou o alarido em torno da anulação do concurso um fait-divers, uma vez que se trata de uma formalização de uma decisão tomada desde Maio e que "não coloca em causa o projecto".

marcar artigo