Terceiro Estado

14-02-2011
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25 DE ABRIL...SEMPRE

Foi bonita a festa, pá

Fiquei contente

Ainda guardo renitente

Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá

Mas certamente

Esqueceram uma semente

Nalgum canto de jardim

As bofetadas dos paladinos do mercado livre

Os paladinos do mercado livre, que crêem que o mercado é uma selva em que só o mais forte pode vencer e os outros só têm que se adaptar ou deixar-se vencer, não hesitarão em “tirar o tapete” aos quase 2 milhões de pensionistas por velhice, aos 300 mil por invalidez e aos 700 mil por carência económica. São os mesmos de sempre. Depois da “avalanche” de 1929 e do “terramoto” dos subprimes de 2008, continuam a acreditar na “mão visível” que comanda as instituições económicas e financeiras de todo o mundo, descurando qualquer influência social nos processos económicos dizem automatizados mas que da crise só se levantam com a ajuda, pois claro, do Estado. Caímos, rebolamos, levantámo-nos e tornamos a cair. Levamos bofetadas sucessivas da tal “mão”, recuperamos e continuamos, masoquistamente, a levar dolorosas bofetadas, sem direito a insurgência. Do alto do cadeirão santificado, os sacristães economistas e economicistas, paladinos do mercado livre instalados à direita, defendem uma teoria económica sucessivamente falhada e sucessivamente paga por quem para ela não contribuiu. Os mesmos que louvam Milton Friedman que defendia que os trabalhadores deveriam aceitar condições indignas ou sub-humanas para trabalhar (leia-se, morrer aos poucos no local de trabalho) e que rejubilava com a desregulação dos mercados (no sector agro-alimentar tinha orgasmos), são os mesmos que agora defendem, com unhas e dentes, a não taxação sobre as mais-valias no “jogo da bolsa”, são os que defendem o fim da providência social e são, como não poderia deixar de ser, os que defendem passar monopólios naturais para os privados. Basicamente, efectivar o domínio dos sectores económico-financeiros sobre os sectores sócio-culturais e sobre as estruturas políticas. Os mesmos que apregoam as teses que nos levaram a este contexto económico-social rastejante, são os que se propõe, de forma absurdamente utópica e desprovida de senso, a levantar a este país. O projecto é claro. “Queimar em lume brando” José Sócrates, aproveitar a deriva ideológica de alguns dirigentes do governo do Partido Socialista e a sua autofagia para levar a cabo a maior canibalização do Estado Social de que há memória no nosso país democrático. A Extrema-Esquerda parece determinada em ajudar. O nosso Presidente da República, nunca dado a grandes liberalismos não deixando de ser de direita, se for reconduzido, não perderá tempo em regular o “mercado político português” e dar aos de S.Caetano o que é esperado desde a indigitação do novo S.Sebastião de Carcavelos. Dia 25 de Abril festeja-se o 36º aniversário da Revolução dos Cravos, que resultou na implementação de um Estado que não desiste das pessoas e que busca a solidariedade e a igualdade de oportunidades pelas vias democráticas. Neste momento, vivemos uma fase revolucionária perturbadoramente silenciosa que democraticamente abolirá o assistencialismo social e colocará todo o conceito humanista, que construímos, em jogo. Os paladinos do mercado livre, que crêem que o mercado é uma selva em que só o mais forte pode vencer e os outros só têm que se adaptar ou deixar-se vencer, não hesitarão em “tirar o tapete” aos quase 2 milhões de pensionistas por velhice, aos 300 mil por invalidez e aos 700 mil por carência económica.

Hoje, mais que nunca, gritamos Igualdade e Fraternidade!

Viva Abril! http://claudio-carvalho.com/politica/as-b ofetadas-dos-paladinos-do-mercado-livre Post Scriptum: Em 2009, os custos com o Rendimento Social de Inserção foram de 507 milhões de euros. O “salvamento” do BPN já vai para lá dos 5 mil milhões e meio de euros…

Pedro Arroja não há só um

Quando eu pensava que Pedro Arroja só havia um, eis que surge um Arroja de seu nome Paulo Otero que consegue superar o primeiro.

Tolerâncias

admitir aturar: um povo destinado a prestar mais atenção ao futebol que à política ou às revistas cor-de-rosa do que a um livro. Também, sou tolerante perante um posicionamento político-ideológico radicalista e até, por muito que custe engolir, um posicionamento político aideológico (uma franja da classe política será sempre acanalhada pelo chico-espertismo que na sociedade se entranha... são daquelas verdades inabaláveis). Começo, ainda, a habituar-me ao facto da igualdade de oportunidades ser uma fachada, das nossas finanças públicas não irem ao sítio tão cedo e da solidariedade social, seja no formato político seja no formato filantrópico, nunca passar da mediania. Até consigo perceber passar por cima da hipocrisia e cinismo de alguma da nossa pretensa elite intelectual e o jornalismo de sarjeta tanto se me dá como se me deu. Só não consigo admitir é que nesta ocidental praia amaldiçoada, o sistema judicial considere que violar uma criança tenha o custo de 2€/hora, ou 48,6€/dia ou 1458,33333 €/mês durante 2 anos, com o bónus de pena suspensa. A este ponto chegamos, onde a violação tem um preço inferior à prostituição, onde a violação compensa, onde a vida de uma criança é insignificante, onde uma vida é descartável. Foda-se, Portugal. Existem certas peripécias muito aportuguesadas que possoaturar: um povo destinado a prestar mais atenção ao futebol que à política ou às revistas cor-de-rosa do que a um livro. Também, sou tolerante perante um posicionamento político-ideológico radicalista e até, por muito que custe engolir, um posicionamento político aideológico (uma franja da classe política será sempre acanalhada pelo chico-espertismo que na sociedade se entranha... são daquelas verdades inabaláveis). Começo, ainda, a habituar-me ao facto da igualdade de oportunidades ser uma fachada, das nossas finanças públicas não irem ao sítio tão cedo e da solidariedade social, seja no formato político seja no formato filantrópico, nunca passar da mediania. Até consigopassar por cima da hipocrisia e cinismo de alguma da nossa pretensa elite intelectual e o jornalismo de sarjeta tanto se me dá como se me deu.A este ponto chegamos, onde a violação tem um preço inferior à prostituição, onde a violação compensa, onde a vida de uma criança é insignificante, onde uma vida é descartável. Foda-se, Portugal.

Tempos de "fait-diverismo": A tia de Louçã

Não sou a pessoa mais satisfeita com o PEC deste PS, mas preocupa-me o meio mundo de virgens imaculadas que andam revoltadas com o facto do Primeiro-Ministro ter respondido à letra do provocadorzeco Francisco Louçã. Neste pseudo-moralismo puritano, pouco interessado em debater política, é tido como mais nobre a defesa de ideologias democraticamente castradoras do que a defesa da honra de forma mais assertiva. Mais, durante esta semana não os ouvimos saudar a subida da taxação das mais-valias tidas como eventualmente especulatórias e da implementação da taxação sobre as mais valias de acções detidas há mais de um ano... mas agora saem das tocas todas lampeiras. Haja paciência!...

sinto-me:

Manso

Mansa solidariedade....

Correm actualmente tempos muito difíceis na economia e para a sociedade. Acresce a todas estas adversidades que o País enfrenta o alargamento do fosso entre ricos e pobres, o aumento da percepção das desigualdades, o crescimento exponencial do sentimento de impotência, de falta de confiança nas instituições e a descrença no futuro. Tudo isto causa, naturalmente, um enorme sentimento de insegurança e o aumento da visibilidade de fenómenos até há pouco tempo residuais ou "escondidos", a fome e a mendicidade. Na mente de muitas famílias levantam-se sérias dúvidas sobre o que esperar do futuro, cresce a ansiedade, aumenta a preocupação! Uma sociedade capitalista fundada sobre o materialismo consumista numa economia de mercado livre cada vez mais desregrado ou desregulado, desenvolve-se através de dicotomias que implicam sempre um “derrotado”, alguém que não atingiu os objectivos, que ficou para trás, que falhou! Sobram os que desistem, os que perdem e os que "quase conseguiram" por oposição a uns poucos que "chegaram lá"! A solidariedade é um conceito demasiado vago e distante na sociedade do “salve-se quem puder”, muitas vezes até cínico, instrumental e hipócrita. O Estado por todos e cada um por si. Urge alterar comportamentos. É imperioso contribuir para um bem mais e melhor, colectivo e solidário. Assim, os partidos politicos devem também lutar contra esta corrente negativa prevalecente em parte da sociedade e assaz replicada pelos órgãos de comunicação social, através de políticas de proximidade, de acções concretas, de bons exemplos, mostrando que estão preocupados em trazer a solidariedade para o palco principal da acção politica. Devemos desta forma assumir as nossas responsabilidades através de acção directa, concreta, no terreno, ao lado de quem precisa. Seja na recolha e distribuição de roupas, de alimentos, na ajuda a reparar ou reconstruir habitações, na companhia e partilha de tempo com os mais idosos tantas vezes ignorados, desprezados e despejados pelas próprias famílias. Mesmo aqui. Mesmo ao nosso lado. No nosso prédio. Na mesma rua a que chamamos nossa. Sim a responsabilidade é nossa. Sim a culpa também é nossa. Não agir é ser conivente com a desgraça e a miséria alheia.

Ficar parado, impávido e sereno é ser "cúmplice" do "crime" de "desumanidade"! Sim, nós podemos fazer mais, ser mais, conseguir mais, basta querer. E eu quero muito mais para Portugal...tão mais! ligeiramente adaptado doutro texto meu, daqui

TENHAM LÁ PACIÊNCIA...

É esteril a discussão que se tem tentado promover sobre o eventual apoio do PS a Manuel Alegre ou, num outro sentido, da eventual ansiedade deste pelo apoio do partido a que pertence. E esteril porque desse debate não pode nascer nada que substantivamente seja positivo para ambas as partes, ou seja, para o PS e para Manuel Alegre. Importante será que cada um siga o seu caminho e se encontrem no horizonte das eleições presidenciais, na inevitabilidade de um encontro com data indefinida mas com matriz ideológica definida. Não concordo, com os que sustentam que Alegre impediu com o seu avanço, que o PS encontrasse um candidato presidencial que permitisse um apoio mais alargado. A verdade, é que o resultado obtido por Manuel Alegre nas ultimas eleições presidenciais, funcionou como primárias na definição de uma candidatura do PS às próximas presidenciais. Tivesse o autor do Canto e as Armas um resultado insignificante, face ao candidato apoiado pelo PS ( e por mim, já agora), e fácil seria entender que aí haveria espaço para um novo rosto presidencial. Mas, na verdade, se o resultado de Manuel Alegre anunciou,desde logo, uma recandidatura, foi na percentagem eleitoral obtida em 2006 que Alegre sentenciou qualquer veleidade de outro socialista ser candidato às próximas eleições presidenciais. E basta pensar em Guterres, Ferro Rodrigues, Constâncio, Sampaio ou mesmo Jaime Gama para perceber que ninguem estaria disponível para enfrentar a recandidatura de Cavaco Silva tendo que disputar um eleitorado de esquerda ou centro-esquerda com Manuel Alegre. Até porque este, vencidas "as primárias" não prescindiria de voltar a enfrentar Cavaco Silva. Dito isto, fácil é concluir que desde as ultimas presidenciais que nenhuma figura relevante do PS estaria disponível para ser candidato, conscientes que Alegre voltaria ao combate. E nem era preciso ser cartomante ou vidente. Bastaria assistir às recusas de Alegre em assumir outros papeis, nas legislativas ou nas europeias. E não concordo, embora admita na generalidade como válido, o argumento de que também o PSD apoiou a recandidatura de Mário Soares. Admitindo, em abstracto, que o apoio do partido do governo a uma recandidatura presidencial seria uma alternativa possível, a memória de factos recentes estendidos a um próximo mandato preclusivo de nova recandidatura transforma esse argumento num testamento suicida. Mesmo aceitando vivermos num tempo em que instantaneamente tudo se cria, e transforma, não acredito em absoluto que o PS consiga encontrar alternativa válida e consistente a Manuel Alegre, mesmo que seja admissivel pensar que, em abstracto, este não seria o melhor candidato presidencial para o PS. Mas também não concordo com a preocupante necessidade sentida por alguns apoiantes de Manuel Alegre em obter o apoio do PS rapidamente. Se Alegre determinou o seu tempo à revelia do tempo definido pelo seu partido, não deve agora fragilizar-se numa vã ansiedade desse apoio. Manuel Alegre sabe que o tempo corre a seu favor e deve ter solidaria compreensão com a prioridade do governo na resolução dos problemas económicos e sociais criados por uma crise mundial sem precedentes. Deve ter a noção de que os próximos 4 ou 5 meses são decisivos para esse combate e que o pior que o país poderia assistir era ocorrer nesse periodo uma crise política. Alegre deverá saber também, que o país espera do Presidente da República uma tranquila defesa dos valores constitucionais e da separação dos poderes, não querendo afastar um Presidente que tem da função presidencial uma ideia executiva por outro, seja de direita ou de esquerda. O que os portugueses pretendem é um Presidente garante dos valores e principios da Constituição e um Presidente estabilizador dos poderes democraticamente eleitos e moderador dos conflitos. Um Presidente solução e não um Presidente problema. E, por último, não deve Manuel Alegre preocupar-se com qualquer Nobre apelido. O PS e o país já tiveram o seu Nobre presidente, republicano, laico e socialista.E era Mário. E Soares também ! Como dizia o António Machado, o poeta sevilhano, " o caminho faz-se caminhando" pelo que o PS e Alegre devem serenamente seguir cada um os seus objectivos na forma e tempo por eles determinada. E ter o bom senso de se preocuparem apenas com os seus adverários.

Ou a Sábado está de "baixa" ou este post meteu algum "atestado" para estar apenas disponivel em "cache"...

Página desconhecida » 404 - Page not found

A página que solicitou foi mudada ou retirado do site. Pedimos desculpas pelo inconveniente.

Clique aquipara voltar à homepage. Se tentarmos a cache do mesmo endereço aparentemente apagado: "Opinião: Marta Rebelo arrasa camaradas do PS Por:SÁBADO 6 ABRIL 2010 "Os tempos cheiram a ciclo novo, e os enfileirados nas trincheiras esconsas começam a sair, porque a cenoura parece apetitosa demais para o coelho resistir", escreve a ex-deputada do PS, Marta Rebelo, num post do Blogue de Esquerda da SÁBADO sobre os camaradas socialistas que têm criticado publicamente o primeiro-ministro José Sócrates.

Num artigo intitulado "A marcha dos desalinhados", Marta Rebelo acusa directamente o deputado António José Seguro de "querer ser secretário-geral do partido" e de "andar nos corredores da AR a preparar essa batalha há muito tempo".

Contactado pela SÁBADO, Seguro não quis responder às declarações da antiga colega de bancada: "Isso não merece qualquer comentário".

Carlos César, presidente do governo regional dos Açores, e o ex-deputado, Ventura Leite são também alvo das críticas da socialista.

"Carlos César, que no sítio certo sempre disse a José Sócrates o que tinha a dizer (o problema é que em política partidária, os lugares certos invadem a polis em 2 segundos, via sms ou uma descidazinha rápida das escadas do Rato até aos jornalista no átrio), reclama hoje que o PS tome uma posição clara sobre o candidato presidencial que apoia."

A socialista analisa ainda o momento actual político do primeiro-ministro e os candidatos presidenciais do PS e PSD." Eu seguramente nada tenho contra a liberdade de opinião, apenas contra a atestada frágil competência e o absentismo de substancia. Fica aqui nota do erro que certamente por lapso levou esta falta de comparência deste post.

As "autonomias" estão a ficar "loucas"?

Até agora, havia um entendimento nos dois maiores partidos de que o processo de revisão constitucional fosse feito só após as presidenciais. O novo lider do PPD/PSD tem um novo calendário querendo que a mesma se realize antes das eleições presidenciais. Desta forma aumenta a pressão sobre a própria presidencia da República e chama a si maior protagonismo de que muito necessita dado ter sido banido pela anterior liderança das listas candidatas a deputados. Esta urgência é notóriamente instrumental mas também serve de cortina de fumo, Pedro Passos Coelho poderia começar por esclarecer o que pensa concretamente para o futuro sem ignorar o passado, privatizar a CGD, sim ou não?Privatizar a RTP,sim ou não? De caminho o novo lider do PPD/PSD poderia também comentar as declarações de Miguel Frasquilho que pretende reduzir os salários dos funcionários públicos.Aliás, sobre esta matéria vale a pena ler as declarações do chefe de gabinete de Alberto João Jardim, Luis Filipe Malheiro, que, sobre esta matéria disse que o “caricato” deputado (o seu companheiro Miguel Frasquilho) – que “graças aos seus tachos todos, está bem de vida, ainda por cima com a reforma vitalícia no papo” - a “ter a coragem de propor que as reformas vitalícias sejam imediatamente extintas e que cada um ganhe a reforma a que tem direito e para a qual descontou”. De caminho Luis Filipe Malheiro zurze forte e feio em Guilherme Silva. Antes de tratar da CRP se calhar Pedro Passos Coelho poderia tratar de arrumar a casa porque parece que as "autonomias" estão a ficar "loucas"!

25 DE ABRIL...SEMPRE

Foi bonita a festa, pá

Fiquei contente

Ainda guardo renitente

Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá

Mas certamente

Esqueceram uma semente

Nalgum canto de jardim

As bofetadas dos paladinos do mercado livre

Os paladinos do mercado livre, que crêem que o mercado é uma selva em que só o mais forte pode vencer e os outros só têm que se adaptar ou deixar-se vencer, não hesitarão em “tirar o tapete” aos quase 2 milhões de pensionistas por velhice, aos 300 mil por invalidez e aos 700 mil por carência económica. São os mesmos de sempre. Depois da “avalanche” de 1929 e do “terramoto” dos subprimes de 2008, continuam a acreditar na “mão visível” que comanda as instituições económicas e financeiras de todo o mundo, descurando qualquer influência social nos processos económicos dizem automatizados mas que da crise só se levantam com a ajuda, pois claro, do Estado. Caímos, rebolamos, levantámo-nos e tornamos a cair. Levamos bofetadas sucessivas da tal “mão”, recuperamos e continuamos, masoquistamente, a levar dolorosas bofetadas, sem direito a insurgência. Do alto do cadeirão santificado, os sacristães economistas e economicistas, paladinos do mercado livre instalados à direita, defendem uma teoria económica sucessivamente falhada e sucessivamente paga por quem para ela não contribuiu. Os mesmos que louvam Milton Friedman que defendia que os trabalhadores deveriam aceitar condições indignas ou sub-humanas para trabalhar (leia-se, morrer aos poucos no local de trabalho) e que rejubilava com a desregulação dos mercados (no sector agro-alimentar tinha orgasmos), são os mesmos que agora defendem, com unhas e dentes, a não taxação sobre as mais-valias no “jogo da bolsa”, são os que defendem o fim da providência social e são, como não poderia deixar de ser, os que defendem passar monopólios naturais para os privados. Basicamente, efectivar o domínio dos sectores económico-financeiros sobre os sectores sócio-culturais e sobre as estruturas políticas. Os mesmos que apregoam as teses que nos levaram a este contexto económico-social rastejante, são os que se propõe, de forma absurdamente utópica e desprovida de senso, a levantar a este país. O projecto é claro. “Queimar em lume brando” José Sócrates, aproveitar a deriva ideológica de alguns dirigentes do governo do Partido Socialista e a sua autofagia para levar a cabo a maior canibalização do Estado Social de que há memória no nosso país democrático. A Extrema-Esquerda parece determinada em ajudar. O nosso Presidente da República, nunca dado a grandes liberalismos não deixando de ser de direita, se for reconduzido, não perderá tempo em regular o “mercado político português” e dar aos de S.Caetano o que é esperado desde a indigitação do novo S.Sebastião de Carcavelos. Dia 25 de Abril festeja-se o 36º aniversário da Revolução dos Cravos, que resultou na implementação de um Estado que não desiste das pessoas e que busca a solidariedade e a igualdade de oportunidades pelas vias democráticas. Neste momento, vivemos uma fase revolucionária perturbadoramente silenciosa que democraticamente abolirá o assistencialismo social e colocará todo o conceito humanista, que construímos, em jogo. Os paladinos do mercado livre, que crêem que o mercado é uma selva em que só o mais forte pode vencer e os outros só têm que se adaptar ou deixar-se vencer, não hesitarão em “tirar o tapete” aos quase 2 milhões de pensionistas por velhice, aos 300 mil por invalidez e aos 700 mil por carência económica.

Hoje, mais que nunca, gritamos Igualdade e Fraternidade!

Viva Abril! http://claudio-carvalho.com/politica/as-b ofetadas-dos-paladinos-do-mercado-livre Post Scriptum: Em 2009, os custos com o Rendimento Social de Inserção foram de 507 milhões de euros. O “salvamento” do BPN já vai para lá dos 5 mil milhões e meio de euros…

Pedro Arroja não há só um

Quando eu pensava que Pedro Arroja só havia um, eis que surge um Arroja de seu nome Paulo Otero que consegue superar o primeiro.

Tolerâncias

admitir aturar: um povo destinado a prestar mais atenção ao futebol que à política ou às revistas cor-de-rosa do que a um livro. Também, sou tolerante perante um posicionamento político-ideológico radicalista e até, por muito que custe engolir, um posicionamento político aideológico (uma franja da classe política será sempre acanalhada pelo chico-espertismo que na sociedade se entranha... são daquelas verdades inabaláveis). Começo, ainda, a habituar-me ao facto da igualdade de oportunidades ser uma fachada, das nossas finanças públicas não irem ao sítio tão cedo e da solidariedade social, seja no formato político seja no formato filantrópico, nunca passar da mediania. Até consigo perceber passar por cima da hipocrisia e cinismo de alguma da nossa pretensa elite intelectual e o jornalismo de sarjeta tanto se me dá como se me deu. Só não consigo admitir é que nesta ocidental praia amaldiçoada, o sistema judicial considere que violar uma criança tenha o custo de 2€/hora, ou 48,6€/dia ou 1458,33333 €/mês durante 2 anos, com o bónus de pena suspensa. A este ponto chegamos, onde a violação tem um preço inferior à prostituição, onde a violação compensa, onde a vida de uma criança é insignificante, onde uma vida é descartável. Foda-se, Portugal. Existem certas peripécias muito aportuguesadas que possoaturar: um povo destinado a prestar mais atenção ao futebol que à política ou às revistas cor-de-rosa do que a um livro. Também, sou tolerante perante um posicionamento político-ideológico radicalista e até, por muito que custe engolir, um posicionamento político aideológico (uma franja da classe política será sempre acanalhada pelo chico-espertismo que na sociedade se entranha... são daquelas verdades inabaláveis). Começo, ainda, a habituar-me ao facto da igualdade de oportunidades ser uma fachada, das nossas finanças públicas não irem ao sítio tão cedo e da solidariedade social, seja no formato político seja no formato filantrópico, nunca passar da mediania. Até consigopassar por cima da hipocrisia e cinismo de alguma da nossa pretensa elite intelectual e o jornalismo de sarjeta tanto se me dá como se me deu.A este ponto chegamos, onde a violação tem um preço inferior à prostituição, onde a violação compensa, onde a vida de uma criança é insignificante, onde uma vida é descartável. Foda-se, Portugal.

Tempos de "fait-diverismo": A tia de Louçã

Não sou a pessoa mais satisfeita com o PEC deste PS, mas preocupa-me o meio mundo de virgens imaculadas que andam revoltadas com o facto do Primeiro-Ministro ter respondido à letra do provocadorzeco Francisco Louçã. Neste pseudo-moralismo puritano, pouco interessado em debater política, é tido como mais nobre a defesa de ideologias democraticamente castradoras do que a defesa da honra de forma mais assertiva. Mais, durante esta semana não os ouvimos saudar a subida da taxação das mais-valias tidas como eventualmente especulatórias e da implementação da taxação sobre as mais valias de acções detidas há mais de um ano... mas agora saem das tocas todas lampeiras. Haja paciência!...

sinto-me:

Manso

Mansa solidariedade....

Correm actualmente tempos muito difíceis na economia e para a sociedade. Acresce a todas estas adversidades que o País enfrenta o alargamento do fosso entre ricos e pobres, o aumento da percepção das desigualdades, o crescimento exponencial do sentimento de impotência, de falta de confiança nas instituições e a descrença no futuro. Tudo isto causa, naturalmente, um enorme sentimento de insegurança e o aumento da visibilidade de fenómenos até há pouco tempo residuais ou "escondidos", a fome e a mendicidade. Na mente de muitas famílias levantam-se sérias dúvidas sobre o que esperar do futuro, cresce a ansiedade, aumenta a preocupação! Uma sociedade capitalista fundada sobre o materialismo consumista numa economia de mercado livre cada vez mais desregrado ou desregulado, desenvolve-se através de dicotomias que implicam sempre um “derrotado”, alguém que não atingiu os objectivos, que ficou para trás, que falhou! Sobram os que desistem, os que perdem e os que "quase conseguiram" por oposição a uns poucos que "chegaram lá"! A solidariedade é um conceito demasiado vago e distante na sociedade do “salve-se quem puder”, muitas vezes até cínico, instrumental e hipócrita. O Estado por todos e cada um por si. Urge alterar comportamentos. É imperioso contribuir para um bem mais e melhor, colectivo e solidário. Assim, os partidos politicos devem também lutar contra esta corrente negativa prevalecente em parte da sociedade e assaz replicada pelos órgãos de comunicação social, através de políticas de proximidade, de acções concretas, de bons exemplos, mostrando que estão preocupados em trazer a solidariedade para o palco principal da acção politica. Devemos desta forma assumir as nossas responsabilidades através de acção directa, concreta, no terreno, ao lado de quem precisa. Seja na recolha e distribuição de roupas, de alimentos, na ajuda a reparar ou reconstruir habitações, na companhia e partilha de tempo com os mais idosos tantas vezes ignorados, desprezados e despejados pelas próprias famílias. Mesmo aqui. Mesmo ao nosso lado. No nosso prédio. Na mesma rua a que chamamos nossa. Sim a responsabilidade é nossa. Sim a culpa também é nossa. Não agir é ser conivente com a desgraça e a miséria alheia.

Ficar parado, impávido e sereno é ser "cúmplice" do "crime" de "desumanidade"! Sim, nós podemos fazer mais, ser mais, conseguir mais, basta querer. E eu quero muito mais para Portugal...tão mais! ligeiramente adaptado doutro texto meu, daqui

TENHAM LÁ PACIÊNCIA...

É esteril a discussão que se tem tentado promover sobre o eventual apoio do PS a Manuel Alegre ou, num outro sentido, da eventual ansiedade deste pelo apoio do partido a que pertence. E esteril porque desse debate não pode nascer nada que substantivamente seja positivo para ambas as partes, ou seja, para o PS e para Manuel Alegre. Importante será que cada um siga o seu caminho e se encontrem no horizonte das eleições presidenciais, na inevitabilidade de um encontro com data indefinida mas com matriz ideológica definida. Não concordo, com os que sustentam que Alegre impediu com o seu avanço, que o PS encontrasse um candidato presidencial que permitisse um apoio mais alargado. A verdade, é que o resultado obtido por Manuel Alegre nas ultimas eleições presidenciais, funcionou como primárias na definição de uma candidatura do PS às próximas presidenciais. Tivesse o autor do Canto e as Armas um resultado insignificante, face ao candidato apoiado pelo PS ( e por mim, já agora), e fácil seria entender que aí haveria espaço para um novo rosto presidencial. Mas, na verdade, se o resultado de Manuel Alegre anunciou,desde logo, uma recandidatura, foi na percentagem eleitoral obtida em 2006 que Alegre sentenciou qualquer veleidade de outro socialista ser candidato às próximas eleições presidenciais. E basta pensar em Guterres, Ferro Rodrigues, Constâncio, Sampaio ou mesmo Jaime Gama para perceber que ninguem estaria disponível para enfrentar a recandidatura de Cavaco Silva tendo que disputar um eleitorado de esquerda ou centro-esquerda com Manuel Alegre. Até porque este, vencidas "as primárias" não prescindiria de voltar a enfrentar Cavaco Silva. Dito isto, fácil é concluir que desde as ultimas presidenciais que nenhuma figura relevante do PS estaria disponível para ser candidato, conscientes que Alegre voltaria ao combate. E nem era preciso ser cartomante ou vidente. Bastaria assistir às recusas de Alegre em assumir outros papeis, nas legislativas ou nas europeias. E não concordo, embora admita na generalidade como válido, o argumento de que também o PSD apoiou a recandidatura de Mário Soares. Admitindo, em abstracto, que o apoio do partido do governo a uma recandidatura presidencial seria uma alternativa possível, a memória de factos recentes estendidos a um próximo mandato preclusivo de nova recandidatura transforma esse argumento num testamento suicida. Mesmo aceitando vivermos num tempo em que instantaneamente tudo se cria, e transforma, não acredito em absoluto que o PS consiga encontrar alternativa válida e consistente a Manuel Alegre, mesmo que seja admissivel pensar que, em abstracto, este não seria o melhor candidato presidencial para o PS. Mas também não concordo com a preocupante necessidade sentida por alguns apoiantes de Manuel Alegre em obter o apoio do PS rapidamente. Se Alegre determinou o seu tempo à revelia do tempo definido pelo seu partido, não deve agora fragilizar-se numa vã ansiedade desse apoio. Manuel Alegre sabe que o tempo corre a seu favor e deve ter solidaria compreensão com a prioridade do governo na resolução dos problemas económicos e sociais criados por uma crise mundial sem precedentes. Deve ter a noção de que os próximos 4 ou 5 meses são decisivos para esse combate e que o pior que o país poderia assistir era ocorrer nesse periodo uma crise política. Alegre deverá saber também, que o país espera do Presidente da República uma tranquila defesa dos valores constitucionais e da separação dos poderes, não querendo afastar um Presidente que tem da função presidencial uma ideia executiva por outro, seja de direita ou de esquerda. O que os portugueses pretendem é um Presidente garante dos valores e principios da Constituição e um Presidente estabilizador dos poderes democraticamente eleitos e moderador dos conflitos. Um Presidente solução e não um Presidente problema. E, por último, não deve Manuel Alegre preocupar-se com qualquer Nobre apelido. O PS e o país já tiveram o seu Nobre presidente, republicano, laico e socialista.E era Mário. E Soares também ! Como dizia o António Machado, o poeta sevilhano, " o caminho faz-se caminhando" pelo que o PS e Alegre devem serenamente seguir cada um os seus objectivos na forma e tempo por eles determinada. E ter o bom senso de se preocuparem apenas com os seus adverários.

Ou a Sábado está de "baixa" ou este post meteu algum "atestado" para estar apenas disponivel em "cache"...

Página desconhecida » 404 - Page not found

A página que solicitou foi mudada ou retirado do site. Pedimos desculpas pelo inconveniente.

Clique aquipara voltar à homepage. Se tentarmos a cache do mesmo endereço aparentemente apagado: "Opinião: Marta Rebelo arrasa camaradas do PS Por:SÁBADO 6 ABRIL 2010 "Os tempos cheiram a ciclo novo, e os enfileirados nas trincheiras esconsas começam a sair, porque a cenoura parece apetitosa demais para o coelho resistir", escreve a ex-deputada do PS, Marta Rebelo, num post do Blogue de Esquerda da SÁBADO sobre os camaradas socialistas que têm criticado publicamente o primeiro-ministro José Sócrates.

Num artigo intitulado "A marcha dos desalinhados", Marta Rebelo acusa directamente o deputado António José Seguro de "querer ser secretário-geral do partido" e de "andar nos corredores da AR a preparar essa batalha há muito tempo".

Contactado pela SÁBADO, Seguro não quis responder às declarações da antiga colega de bancada: "Isso não merece qualquer comentário".

Carlos César, presidente do governo regional dos Açores, e o ex-deputado, Ventura Leite são também alvo das críticas da socialista.

"Carlos César, que no sítio certo sempre disse a José Sócrates o que tinha a dizer (o problema é que em política partidária, os lugares certos invadem a polis em 2 segundos, via sms ou uma descidazinha rápida das escadas do Rato até aos jornalista no átrio), reclama hoje que o PS tome uma posição clara sobre o candidato presidencial que apoia."

A socialista analisa ainda o momento actual político do primeiro-ministro e os candidatos presidenciais do PS e PSD." Eu seguramente nada tenho contra a liberdade de opinião, apenas contra a atestada frágil competência e o absentismo de substancia. Fica aqui nota do erro que certamente por lapso levou esta falta de comparência deste post.

As "autonomias" estão a ficar "loucas"?

Até agora, havia um entendimento nos dois maiores partidos de que o processo de revisão constitucional fosse feito só após as presidenciais. O novo lider do PPD/PSD tem um novo calendário querendo que a mesma se realize antes das eleições presidenciais. Desta forma aumenta a pressão sobre a própria presidencia da República e chama a si maior protagonismo de que muito necessita dado ter sido banido pela anterior liderança das listas candidatas a deputados. Esta urgência é notóriamente instrumental mas também serve de cortina de fumo, Pedro Passos Coelho poderia começar por esclarecer o que pensa concretamente para o futuro sem ignorar o passado, privatizar a CGD, sim ou não?Privatizar a RTP,sim ou não? De caminho o novo lider do PPD/PSD poderia também comentar as declarações de Miguel Frasquilho que pretende reduzir os salários dos funcionários públicos.Aliás, sobre esta matéria vale a pena ler as declarações do chefe de gabinete de Alberto João Jardim, Luis Filipe Malheiro, que, sobre esta matéria disse que o “caricato” deputado (o seu companheiro Miguel Frasquilho) – que “graças aos seus tachos todos, está bem de vida, ainda por cima com a reforma vitalícia no papo” - a “ter a coragem de propor que as reformas vitalícias sejam imediatamente extintas e que cada um ganhe a reforma a que tem direito e para a qual descontou”. De caminho Luis Filipe Malheiro zurze forte e feio em Guilherme Silva. Antes de tratar da CRP se calhar Pedro Passos Coelho poderia tratar de arrumar a casa porque parece que as "autonomias" estão a ficar "loucas"!

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