Refer rejeita culpa na morte de homem no Entroncamento

15-06-2011
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A Refer, empresa responsável pela gestão das infra-estruturas ferroviárias em Portugal, afastou ontem responsabilidades na morte de um homem, de 88 anos, que tinha sido colhido por um comboio Alfa na estação do Entrocamento. O acidente mortal aconteceu anteontem e a empresa garante que as condições de segurança estavam a ser respeitadas e os avisos foram feitos.

"As condições de segurança no local estavam asseguradas, foram feitos os avisos normais sobre a aproximação de um comboio Alfa que não pára na estação", disse à Lusa o director de comunicação da Refer, José Santos Lopes. Este responsável alegou que alguns passageiros que se encontravam naquela estação e um manobrador tentaram avisar o homem de 88 anos para que não atravessasse a linha naquele momento, mas este não se terá apercebido ou nem terá ouvido, até porque usava um aparelho auditivo, que já foi entregue pela Refer à Polícia Judiciária.

"O maquinista até vinha a uma ve-locidade mais reduzida e fez uma travagem de emergência", contou José Santos Lopes. Porém, os esforços feitos do maquinista não permitiram evitar o atropelamento. O homem de 88 anos regressava de Lisboa, onde tinha ido visitar uma filha, e morreu ao ser colhido pelo comboio quando se preparava para atravessar a linha para ir buscar a sua bicicleta.

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O director de comunicação escusou-se a fazer comentários sobre a exigência da Câmara Municipal do Entroncamento que, na sequência do acidente, emitiu no domingo à noite um comunicado em que exigia a "imediata demissão" do presidente da Refer, Luís Pardal.

No documento da autarquia, assinado pelo presidente, Jaime Ramos (PSD), Alexandre Zagalo (PS) e Carlos Matias (Bloco de Esquerda), o executivo municipal sublinha que há muito vêm "denunciando a omissão criminosa de medidas que garantam a segurança de utentes e trabalhadores" naquela estação. "Perante as deploráveis condições de segurança, esta é uma tragédia há muito anunciada", sustentam os signatários do comunicado, que lamentam o facto de nunca terem obtido uma resposta do presidente da Refer, "que nunca se dignou responder sequer aos alertas e apelos sobre este problema, feitos por todas as forças políticas representadas no executivo". O presidente da autarquia, Jaime Ramos, disse ontem à RTP que há ano e meio que está pedida uma reunião com Luís Pardal. E defendeu a construção de passagens desniveladas para que haja maior segurança no atravessamento das 11 linhas ali existentes.

Os autarcas reiteram o pedido para que se façam os investimentos "necessários e urgentes" face à "falta gritante de condições de segurança" na estação do Entroncamento.

A Refer, empresa responsável pela gestão das infra-estruturas ferroviárias em Portugal, afastou ontem responsabilidades na morte de um homem, de 88 anos, que tinha sido colhido por um comboio Alfa na estação do Entrocamento. O acidente mortal aconteceu anteontem e a empresa garante que as condições de segurança estavam a ser respeitadas e os avisos foram feitos.

"As condições de segurança no local estavam asseguradas, foram feitos os avisos normais sobre a aproximação de um comboio Alfa que não pára na estação", disse à Lusa o director de comunicação da Refer, José Santos Lopes. Este responsável alegou que alguns passageiros que se encontravam naquela estação e um manobrador tentaram avisar o homem de 88 anos para que não atravessasse a linha naquele momento, mas este não se terá apercebido ou nem terá ouvido, até porque usava um aparelho auditivo, que já foi entregue pela Refer à Polícia Judiciária.

"O maquinista até vinha a uma ve-locidade mais reduzida e fez uma travagem de emergência", contou José Santos Lopes. Porém, os esforços feitos do maquinista não permitiram evitar o atropelamento. O homem de 88 anos regressava de Lisboa, onde tinha ido visitar uma filha, e morreu ao ser colhido pelo comboio quando se preparava para atravessar a linha para ir buscar a sua bicicleta.

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O director de comunicação escusou-se a fazer comentários sobre a exigência da Câmara Municipal do Entroncamento que, na sequência do acidente, emitiu no domingo à noite um comunicado em que exigia a "imediata demissão" do presidente da Refer, Luís Pardal.

No documento da autarquia, assinado pelo presidente, Jaime Ramos (PSD), Alexandre Zagalo (PS) e Carlos Matias (Bloco de Esquerda), o executivo municipal sublinha que há muito vêm "denunciando a omissão criminosa de medidas que garantam a segurança de utentes e trabalhadores" naquela estação. "Perante as deploráveis condições de segurança, esta é uma tragédia há muito anunciada", sustentam os signatários do comunicado, que lamentam o facto de nunca terem obtido uma resposta do presidente da Refer, "que nunca se dignou responder sequer aos alertas e apelos sobre este problema, feitos por todas as forças políticas representadas no executivo". O presidente da autarquia, Jaime Ramos, disse ontem à RTP que há ano e meio que está pedida uma reunião com Luís Pardal. E defendeu a construção de passagens desniveladas para que haja maior segurança no atravessamento das 11 linhas ali existentes.

Os autarcas reiteram o pedido para que se façam os investimentos "necessários e urgentes" face à "falta gritante de condições de segurança" na estação do Entroncamento.

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