DESCREDITO !: Cultura Geral ?

03-08-2010
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Freitas do Amaral, em artigo na VISÃO, defende a instituição de uma cadeira de Cultura Geral no Ensino Básico e Secundário.
Contudo, essa é uma proposta que não faz qualquer sentido.
1. Em primeiro lugar, porque, no entender do Professor de Direito Administrativo, essa disciplina se destinaria à transmissão de conhecimentos básicos sobre Música, Pintura, Escultura e Arquitectura.
Começa logo aqui o problema. Quais os conhecimentos a transmitir nessas áreas ? Já se está mesmo a ver que, relativamente à Música, teríamos programas totalmente baseados na transmissão de conhecimentos de natureza erudita, esquecendo a música popular e a sua assombrosa expansão no século passado. Aliás, não restam quaisquer dúvidas de que, por exemplo, Janis Joplin é muito mais relevante do que Emmanuel Nunes. O qual só conheço certamente por ser português...
2. Pior. Porquê apenas Música, Pintura, Escultura e Arquitectura ? Não é mais grave não se saber qual é a capital de Malta, país que integrará a União Europeia a partir do próximo ano, do que não saber quem foi Chaikovskyi ?
Não seria mais importante do que reconhecer diferentes correntes na Pintura, dar a conhecer quais as grandes ideologias sociopolíticas e político-económicas e quais as diferenças entre elas ?
3. E, pior ainda, porque já existe uma cadeira que deveria servir para estas situações. A de Desenvolvimento Pessoal e Social. Que merece sem dúvida alterações quanto ao seu programa. Que justifica claras melhorias. Mas não uma estranha e inútil duplicação.
Tenhamos pois bom senso.

Freitas do Amaral, em artigo na VISÃO, defende a instituição de uma cadeira de Cultura Geral no Ensino Básico e Secundário.
Contudo, essa é uma proposta que não faz qualquer sentido.
1. Em primeiro lugar, porque, no entender do Professor de Direito Administrativo, essa disciplina se destinaria à transmissão de conhecimentos básicos sobre Música, Pintura, Escultura e Arquitectura.
Começa logo aqui o problema. Quais os conhecimentos a transmitir nessas áreas ? Já se está mesmo a ver que, relativamente à Música, teríamos programas totalmente baseados na transmissão de conhecimentos de natureza erudita, esquecendo a música popular e a sua assombrosa expansão no século passado. Aliás, não restam quaisquer dúvidas de que, por exemplo, Janis Joplin é muito mais relevante do que Emmanuel Nunes. O qual só conheço certamente por ser português...
2. Pior. Porquê apenas Música, Pintura, Escultura e Arquitectura ? Não é mais grave não se saber qual é a capital de Malta, país que integrará a União Europeia a partir do próximo ano, do que não saber quem foi Chaikovskyi ?
Não seria mais importante do que reconhecer diferentes correntes na Pintura, dar a conhecer quais as grandes ideologias sociopolíticas e político-económicas e quais as diferenças entre elas ?
3. E, pior ainda, porque já existe uma cadeira que deveria servir para estas situações. A de Desenvolvimento Pessoal e Social. Que merece sem dúvida alterações quanto ao seu programa. Que justifica claras melhorias. Mas não uma estranha e inútil duplicação.
Tenhamos pois bom senso.

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