Resistente Existencial: (571) Bagão Félix

28-05-2010
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   ...deu uma entrevista ontem à RTP1. Alguns pontos de análise:      1 - O Governo televisivo - Bagão (e não só) segue o exemplo do PM. Cada vez que faz um movimento, tem de o tornar o mais bombástico possível em termos mediáticos. Conferências de imprensa, discursos retalhados para títulos de imprensa, entrevistas, the works. Curiosamente, gostam pouco do debate. Praticamente sempre que são chamados ao Parlamento os Ministro da coligação esquivam-se a aparecer.      2 - A cultura da distorção da verdade - O imperativo de contenção financeira de ontem já não o é. Sabemos que não é da retoma: o governo não conseguiu reduzir o défice real nem a despesa pública e pretende dar aumentos de salários pouco acima de zero. Na prática, fica o amargo de boca de nada ter servido. Agora vai-se gastar mais dinheiro por razões eleitorais (estejam atentos ao financiamento das autarquias).       3 - As soluções fáceis - O discurso do governo é o de culpar a herança pesada do Governo Socialista. Ainda há dias Guilherme Silva afirmou que não é correcto deixar as contas para os outros pagarem. O que pretende Bagão fazer? Endividar o estado para pagar as contas. E continua a venda de património.      4 - A falsa inocência - Bagão diz que a reforma de Mira Amaral é "obscena" e que é uma lei interna da CGD. Fala como se o Governo não tivesse nada que ver com o assunto, como se não se tratasse duma empresa pública. Bagão está no governo há mais de 2 anos.       5 - A promessa do costume - Falou do combate ao fisco e diz que terá de se caminhar para uma solução de abandono do sigilo fiscal. De novo um anúncio publicitário pré-eleitoral, mas com os ingredientes do costume: não sabemos como nem quando. Depois é fácil não cumprir.

   ...deu uma entrevista ontem à RTP1. Alguns pontos de análise:      1 - O Governo televisivo - Bagão (e não só) segue o exemplo do PM. Cada vez que faz um movimento, tem de o tornar o mais bombástico possível em termos mediáticos. Conferências de imprensa, discursos retalhados para títulos de imprensa, entrevistas, the works. Curiosamente, gostam pouco do debate. Praticamente sempre que são chamados ao Parlamento os Ministro da coligação esquivam-se a aparecer.      2 - A cultura da distorção da verdade - O imperativo de contenção financeira de ontem já não o é. Sabemos que não é da retoma: o governo não conseguiu reduzir o défice real nem a despesa pública e pretende dar aumentos de salários pouco acima de zero. Na prática, fica o amargo de boca de nada ter servido. Agora vai-se gastar mais dinheiro por razões eleitorais (estejam atentos ao financiamento das autarquias).       3 - As soluções fáceis - O discurso do governo é o de culpar a herança pesada do Governo Socialista. Ainda há dias Guilherme Silva afirmou que não é correcto deixar as contas para os outros pagarem. O que pretende Bagão fazer? Endividar o estado para pagar as contas. E continua a venda de património.      4 - A falsa inocência - Bagão diz que a reforma de Mira Amaral é "obscena" e que é uma lei interna da CGD. Fala como se o Governo não tivesse nada que ver com o assunto, como se não se tratasse duma empresa pública. Bagão está no governo há mais de 2 anos.       5 - A promessa do costume - Falou do combate ao fisco e diz que terá de se caminhar para uma solução de abandono do sigilo fiscal. De novo um anúncio publicitário pré-eleitoral, mas com os ingredientes do costume: não sabemos como nem quando. Depois é fácil não cumprir.

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