A caminho da servidão

28-05-2010
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A caminho da servidão

Governo aprova proposta para alterar regras de acesso ao sigilo bancário.

PS vai viabilizar projecto do Bloco de Esquerda para fim do sigilo bancário.

Por norma, os socialistas atrelam-se a tudo quanto é proposta dita fracturante do BE e, por maioria de razão, àquelas de efeito fácil na populaça e que indiciem repressão sobre os “ricos”, essa classe maldita cuja extinção – igualdade oblige – deve constituir um eterno objectivo do “povo de esquerda”. Ou seja, se um diz “mata”, outro diz “esfola”.

O PS, no fundo, é igual a si próprio, não tanto por convicção ideológica, mas pela sua habitual voracidade em maximizar a receita para sustento de um aparelho de Estado cada vez mais gordo e opressivo. Nada de novo, de resto: historicamente, verifica-se que o poder e fausto das oligarquias dominantes varia na razão directa da extorsão fiscal e na razão inversa dos direitos e liberdades individuais dos que coercivamente as sustentam.

O maior drama deste país não é, por conseguinte, o PS (ou o BE e PCP) que temos. É que os partidos à sua direita também se agachem, com irritante subserviência, perante os chamados “valores de esquerda”; que não tenham a coragem de os afrontar com aqueles que deveriam ser os seus, de que há muito se esqueceram, designadamente o direito à privacidade e à liberdade individual; que não ousem defender frontalmente as vantagens da privatização da segurança social e denunciar a fraude “madoffiana” que constitui o modelo de segurança social pública; que aceitem bovinamente a divulgação pública das chamadas “listas negras” de devedores ao fisco; que não se insurjam contra leis estúpidas como a da paridade, do tabaco ou do teor de sal no pão; que não defendam claramente o cancelamento dos mega-projectos, a forma mais escabrosa de concentração da riqueza em alguns à custa de todos; que abdiquem, em suma, de constituir uma verdadeira alternativa e de representar os muitos (porventura uma maioria silenciosa) que estão contra este status quo.

Por alguma razão, o PSD e o CDS não descolam nas sondagens, apesar da crise e dos sucessivos auto-golos que o adversário vai marcando. Para gerir um modelo estatista que eles já interiorizaram, o PS é, sem dúvida, bem mais eficiente.

A caminho da servidão

Governo aprova proposta para alterar regras de acesso ao sigilo bancário.

PS vai viabilizar projecto do Bloco de Esquerda para fim do sigilo bancário.

Por norma, os socialistas atrelam-se a tudo quanto é proposta dita fracturante do BE e, por maioria de razão, àquelas de efeito fácil na populaça e que indiciem repressão sobre os “ricos”, essa classe maldita cuja extinção – igualdade oblige – deve constituir um eterno objectivo do “povo de esquerda”. Ou seja, se um diz “mata”, outro diz “esfola”.

O PS, no fundo, é igual a si próprio, não tanto por convicção ideológica, mas pela sua habitual voracidade em maximizar a receita para sustento de um aparelho de Estado cada vez mais gordo e opressivo. Nada de novo, de resto: historicamente, verifica-se que o poder e fausto das oligarquias dominantes varia na razão directa da extorsão fiscal e na razão inversa dos direitos e liberdades individuais dos que coercivamente as sustentam.

O maior drama deste país não é, por conseguinte, o PS (ou o BE e PCP) que temos. É que os partidos à sua direita também se agachem, com irritante subserviência, perante os chamados “valores de esquerda”; que não tenham a coragem de os afrontar com aqueles que deveriam ser os seus, de que há muito se esqueceram, designadamente o direito à privacidade e à liberdade individual; que não ousem defender frontalmente as vantagens da privatização da segurança social e denunciar a fraude “madoffiana” que constitui o modelo de segurança social pública; que aceitem bovinamente a divulgação pública das chamadas “listas negras” de devedores ao fisco; que não se insurjam contra leis estúpidas como a da paridade, do tabaco ou do teor de sal no pão; que não defendam claramente o cancelamento dos mega-projectos, a forma mais escabrosa de concentração da riqueza em alguns à custa de todos; que abdiquem, em suma, de constituir uma verdadeira alternativa e de representar os muitos (porventura uma maioria silenciosa) que estão contra este status quo.

Por alguma razão, o PSD e o CDS não descolam nas sondagens, apesar da crise e dos sucessivos auto-golos que o adversário vai marcando. Para gerir um modelo estatista que eles já interiorizaram, o PS é, sem dúvida, bem mais eficiente.

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