A Nossa Candeia: Do "dumping" proteccionista franco-alemão ao desmantelamento económico da UE...

20-05-2011
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Os mercados continuam a pressionar Portugal, sob influência da Alemanha e da França que, persistindo nos elos do eixo franco-alemão, exigem que o nosso país, à imagem da Grécia e da Irlanda, solicite intervenção externa dos Fundos Comunitários, deixando aberta a porta à entrada do FMI. A exigência, a que a revista Der Spiegel dá voz, aparentando uma análise económica que dissimula a intenção política dos países que querem reduzir a União Europeia a uma Comunidade Económica em que uma dúzia de Estados domina o mercado europeu (a quem interessou o alargamento apenas e só enquanto os Estados-membros garantiram o funcionamento linear da oferta e da procura, estimulando o consumo e promovendo o lucro dos seus accionistas) que viu na união política um instrumento interessante para a institucionalização de uma espécie de muralha de aço para a economia liberal... O esforço de demonstração da inviabilidade do projecto europeu comum e igualitário "inter pares" dos países mais ricos decorre, como bem sabemos, não de uma qualquer preocupação com o bem-estar das populações mas com o exercício concertado de nacionalismos proteccionistas contra os quais legislaram os que agora, subversivamente, os promovem... e se é verdade que muitas economias europeias estão ameaçadas, a realidade é que não podemos ceder à estratégia de usarem Portugal como um duplo exemplo: quer como condicionador do funcionamento de outras economias em dificuldades pelo medo da intervenção do FMI, quer como "caso" capaz de desdramatizar esta intervenção face ao eventual e mais que prevísivel período de sérias dificuldades com que a Hungria, a Bulgária e outros se irão defrontar no futuro próximo... veja-se a Roménia que acabou de ver disponibilizados 900 milhões pelo FMI e cuja população, já de si tão pobre!, nem imagina o preço que terá que pagar!... De facto, o eixo franco-alemão parece interessado em "salvar o coiro" do processo de desmantelamento desta união económica, assumindo sem reservas, através das exigências que fazem, que o interesse político da União Europeia não lhes interessa para nada e, naturalmente!, menos ainda, a Europa Social!


Os mercados continuam a pressionar Portugal, sob influência da Alemanha e da França que, persistindo nos elos do eixo franco-alemão, exigem que o nosso país, à imagem da Grécia e da Irlanda, solicite intervenção externa dos Fundos Comunitários, deixando aberta a porta à entrada do FMI. A exigência, a que a revista Der Spiegel dá voz, aparentando uma análise económica que dissimula a intenção política dos países que querem reduzir a União Europeia a uma Comunidade Económica em que uma dúzia de Estados domina o mercado europeu (a quem interessou o alargamento apenas e só enquanto os Estados-membros garantiram o funcionamento linear da oferta e da procura, estimulando o consumo e promovendo o lucro dos seus accionistas) que viu na união política um instrumento interessante para a institucionalização de uma espécie de muralha de aço para a economia liberal... O esforço de demonstração da inviabilidade do projecto europeu comum e igualitário "inter pares" dos países mais ricos decorre, como bem sabemos, não de uma qualquer preocupação com o bem-estar das populações mas com o exercício concertado de nacionalismos proteccionistas contra os quais legislaram os que agora, subversivamente, os promovem... e se é verdade que muitas economias europeias estão ameaçadas, a realidade é que não podemos ceder à estratégia de usarem Portugal como um duplo exemplo: quer como condicionador do funcionamento de outras economias em dificuldades pelo medo da intervenção do FMI, quer como "caso" capaz de desdramatizar esta intervenção face ao eventual e mais que prevísivel período de sérias dificuldades com que a Hungria, a Bulgária e outros se irão defrontar no futuro próximo... veja-se a Roménia que acabou de ver disponibilizados 900 milhões pelo FMI e cuja população, já de si tão pobre!, nem imagina o preço que terá que pagar!... De facto, o eixo franco-alemão parece interessado em "salvar o coiro" do processo de desmantelamento desta união económica, assumindo sem reservas, através das exigências que fazem, que o interesse político da União Europeia não lhes interessa para nada e, naturalmente!, menos ainda, a Europa Social!

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