O anúncio não é uma surpresa, mas nem o Presidente do PSD, nem nenhum dirigente do partido o tinha ainda dito de forma clara. Aliás, Passos Coelho tinha afirmado na quarta-feira que os sociais-democratas ainda estavam a analisar a proposta da troika.
Passos, que poucas horas antes tinha dado uma entrevista à RTP1, não revelou nessa altura qual a posição que o PSD iria tomar, embora já não restassem grandes dúvidas que iria dar o “sim”.
Na entrevista no Canal 1 da televisão pública, Passos qualificou o programa de ajuda externa a Portugal como "necessário", "difícil" e "duro" e considerou que este "tem, à partida, melhores condições de sucesso do que aquele que foi feito na Grécia, e também n a Irlanda", porque põe "um acento tónico na questão do crescimento".
Passos Coelho admitiu ainda a redução do número de deputados na Assembleia da República dos actuais 230 para os 181 parlamentares.
A opção por um número ímpar, esclareceu, serviria para evitar empates nas votações parlamentares, além de que, desta forma, o parlamento "funcionaria melhor".
“O parlamento pode funcionar melhor. Não há um problema de representação e pode dar o exemplo: fazer melhor com menos”, acrescentou.
Durante o programa, Passos Coelho recordou os tempos que passou em Angola, nos primeiros anos da sua infância, e como se lembra ainda hoje “do cheiro da terra”, do pirão, farinha de milho com água, de como aprendeu a gostar de comida picante e de como adorava “ir com as empregadas ao mercado”, onde via a cor dos panos africanos e a alegria das pessoas.
Nilton fez também diversas referências à privatização da RTP, falada por diversas vezes pelo PSD, mas Passos Coelho nunca foi claro sobre as suas intenções nesta matéria se ganhar as eleições de 5 de Junho. “Aconteça o que acontecer, os bons profissionais não têm razão para estar preocupados”, disse a Nilton.
O apresentador sugeriu a Passos Coelho que se visse livre dos pavões de São Bento, caso ganhe as eleições, numa referência a uma recente entrevista de José Sócrates à TVI em que se ouviam os pavões a “cantar”. Aqui, Passos foi enigmático: “dos pavões e das peruas.”
O programa Cinco Para a Meia Noite é um espaço de humor que esta semana está a entrevistar os líderes dos partidos políticos com assento parlamentar. Além de Passos, já por lá passaram Jerónimo de Sousa (PCP) e Francisco Louçã (BE). Hoje é a vez de José Sócrates e, na sexta-feira, estará presente Paulo Portas.
Passos Coelho foi entrevistado pelo humorista Nilton, que foi mandatário da juventude de Fernando Nobre na última eleição presidencial. Nobre é agora cabeça de lista pelo PSD no circulo eleitoral de Lisboa.
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O anúncio não é uma surpresa, mas nem o Presidente do PSD, nem nenhum dirigente do partido o tinha ainda dito de forma clara. Aliás, Passos Coelho tinha afirmado na quarta-feira que os sociais-democratas ainda estavam a analisar a proposta da troika.
Passos, que poucas horas antes tinha dado uma entrevista à RTP1, não revelou nessa altura qual a posição que o PSD iria tomar, embora já não restassem grandes dúvidas que iria dar o “sim”.
Na entrevista no Canal 1 da televisão pública, Passos qualificou o programa de ajuda externa a Portugal como "necessário", "difícil" e "duro" e considerou que este "tem, à partida, melhores condições de sucesso do que aquele que foi feito na Grécia, e também n a Irlanda", porque põe "um acento tónico na questão do crescimento".
Passos Coelho admitiu ainda a redução do número de deputados na Assembleia da República dos actuais 230 para os 181 parlamentares.
A opção por um número ímpar, esclareceu, serviria para evitar empates nas votações parlamentares, além de que, desta forma, o parlamento "funcionaria melhor".
“O parlamento pode funcionar melhor. Não há um problema de representação e pode dar o exemplo: fazer melhor com menos”, acrescentou.
Durante o programa, Passos Coelho recordou os tempos que passou em Angola, nos primeiros anos da sua infância, e como se lembra ainda hoje “do cheiro da terra”, do pirão, farinha de milho com água, de como aprendeu a gostar de comida picante e de como adorava “ir com as empregadas ao mercado”, onde via a cor dos panos africanos e a alegria das pessoas.
Nilton fez também diversas referências à privatização da RTP, falada por diversas vezes pelo PSD, mas Passos Coelho nunca foi claro sobre as suas intenções nesta matéria se ganhar as eleições de 5 de Junho. “Aconteça o que acontecer, os bons profissionais não têm razão para estar preocupados”, disse a Nilton.
O apresentador sugeriu a Passos Coelho que se visse livre dos pavões de São Bento, caso ganhe as eleições, numa referência a uma recente entrevista de José Sócrates à TVI em que se ouviam os pavões a “cantar”. Aqui, Passos foi enigmático: “dos pavões e das peruas.”
O programa Cinco Para a Meia Noite é um espaço de humor que esta semana está a entrevistar os líderes dos partidos políticos com assento parlamentar. Além de Passos, já por lá passaram Jerónimo de Sousa (PCP) e Francisco Louçã (BE). Hoje é a vez de José Sócrates e, na sexta-feira, estará presente Paulo Portas.
Passos Coelho foi entrevistado pelo humorista Nilton, que foi mandatário da juventude de Fernando Nobre na última eleição presidencial. Nobre é agora cabeça de lista pelo PSD no circulo eleitoral de Lisboa.