Paulo Portas acusou Francisco Louçã de irresponsabilidade. O líder bloquista retorquiu dizendo que o CDS “degradou a solidariedade”.
Foi um debate aceso, aquele que opôs Francisco Louçã a Paulo Portas. Sob a moderação de Clara de Sousa, os dois candidatos puseram em cima da mesa os temas do trabalho e do congelamento dos subsídios e pensões, com várias acusações de "irresponsabilidade" pelo meio".
Francisco Louçã acusou o líder democrata-cristão de ter assinado um memorando de entendimento que contém medidas "ruinosas" para a economia, notando que "as medidas que destroem a economia, não criam empregos". E foi mais longe, dizendo que ao assinar um documento que prevê, entre outas coisas, o congelamento das pensões e a flexibilização dos despedimentos, o CDS-PP "consegue degradar a noção de solidariedade".
Já Paulo Portas pediu ao responsável do Bloco medidas concretas para resolver a actual situação. Porque, notou, "quando o ministro das Finanças disse ‘daqui a quatro semanas não temos dinheiro', cada um de nós teve uma atitude diferente: eu fui falar com as instituições internacionais", lembrou, acrescentando que "o senhor entregou as suas ideias nas mãos de José Sócrates".
E acusou ainda o Bloco de querer reestruturar a dívida nacional, o que "pura e simplesmente leva á ruína dos mais pobres, dos trabalhadores, das pequenas e médias empresas". Uma acusação a que Francisco Louçã respondeu peremptoriamente dizendo que Portas "quis aproveitar a chegada do FMI para realizar o sonho de direita: facilitar os despedimentos e congelar as reformas".
O antagonismo dos dois líderes ficou sobretudo marcado na questão dos chamados subsídios de reinserção, com Paulo Portas a defender uma fiscalização apertada e um "regime transitório" dos mesmos, enquanto Francisco Louçã acusou os partidos de direita de não "respeitarem a dignidade dos mais pobres". É que para o líder bloquista a ideia de se atribuir ‘vales-refeição' aos subsidiários deste tipo de apoios é "colocar uma etiqueta" e é um "ataque à sua dignidade", sobretudo porque, notou, "eles não têm voz".
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Paulo Portas acusou Francisco Louçã de irresponsabilidade. O líder bloquista retorquiu dizendo que o CDS “degradou a solidariedade”.
Foi um debate aceso, aquele que opôs Francisco Louçã a Paulo Portas. Sob a moderação de Clara de Sousa, os dois candidatos puseram em cima da mesa os temas do trabalho e do congelamento dos subsídios e pensões, com várias acusações de "irresponsabilidade" pelo meio".
Francisco Louçã acusou o líder democrata-cristão de ter assinado um memorando de entendimento que contém medidas "ruinosas" para a economia, notando que "as medidas que destroem a economia, não criam empregos". E foi mais longe, dizendo que ao assinar um documento que prevê, entre outas coisas, o congelamento das pensões e a flexibilização dos despedimentos, o CDS-PP "consegue degradar a noção de solidariedade".
Já Paulo Portas pediu ao responsável do Bloco medidas concretas para resolver a actual situação. Porque, notou, "quando o ministro das Finanças disse ‘daqui a quatro semanas não temos dinheiro', cada um de nós teve uma atitude diferente: eu fui falar com as instituições internacionais", lembrou, acrescentando que "o senhor entregou as suas ideias nas mãos de José Sócrates".
E acusou ainda o Bloco de querer reestruturar a dívida nacional, o que "pura e simplesmente leva á ruína dos mais pobres, dos trabalhadores, das pequenas e médias empresas". Uma acusação a que Francisco Louçã respondeu peremptoriamente dizendo que Portas "quis aproveitar a chegada do FMI para realizar o sonho de direita: facilitar os despedimentos e congelar as reformas".
O antagonismo dos dois líderes ficou sobretudo marcado na questão dos chamados subsídios de reinserção, com Paulo Portas a defender uma fiscalização apertada e um "regime transitório" dos mesmos, enquanto Francisco Louçã acusou os partidos de direita de não "respeitarem a dignidade dos mais pobres". É que para o líder bloquista a ideia de se atribuir ‘vales-refeição' aos subsidiários deste tipo de apoios é "colocar uma etiqueta" e é um "ataque à sua dignidade", sobretudo porque, notou, "eles não têm voz".